Fonte: G1 - 19/06/08
O Brasil ainda contaria com 8 mil escravos trabalhando no campo. O alerta é da Organização Mundial contra a Tortura, uma coalizão de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que lançou seu relatório anual com o apoio do presidente de Timor Leste, José Ramos Horta, e o arcebispo Desmond Tutu. A entidade faz o alerta diante da avaliação das condições e violações dos direitos humanos no Brasil. A Organização contra a Tortura admite que o governo vem tomando importantes medidas para lidar com o problema, mas alerta que a situação no campo no Brasil ainda é "grave".
Em seu levantamento, a entidade aponta para casos de ativistas que foram assassinados por pressionarem por seus direitos. A organização, com sede na Suíça, ainda alerta que o número de trabalhadores rurais sendo expulsos de suas terras continua alto e mina os esforços de reforma agrária. "O Brasil continua fortemente marcado pela violência, corrupção e onipresença da impunidade", afirma a entidade.
Outro problema destacado é o envolvimento da polícia e das forças de ordem em todos o País, seja no campo como nas favelas. Para a entidade, os crimes - como assassinatos e tortura - são cometidos "com freqüência" pela polícia. A entidade também critica a falta de formação adequada dos policiais e o fato de as favelas estarem controladas por "milícias paramilitares". Para completar, esquadrões da morte são formados por policiais e impõe sua lei "em total impunidade".
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