Fonte: Diário do Povo - 03/08/08
"A previdência é um instituto dos trabalhadores. No PI, o problema são os desempregados"
O problema maior e mais grave, apontado pelo chefe de benefícios do INSS do Estado, é a grande quantidade de trabalhadores informais que não contribuem individualmente com a previdência e não são amparados no que se refere à aposentadoria, auxilio doença, pensão por morte, pensão por invalidez, auxílio-reclusão."A previdência é um instituto dos trabalhadores, o nosso principal problema no Piauí é a grande quantidade de pessoas que ignora que terão problemas no futuro e não conseguirão se aposentar. Tem gente que pensa que é só ter 65 anos de idade, se homem, e 60 mulher, que consegue aposentadoria, sem nunca ter contribuído, é necessário que essas pessoas procurem o INSS e se informem, quem ganha até um salário mínimo contribui com R$ 45,65 por mês e fica amparado pela previdência social", reclama Carlos Augusto.
Segundo ele, a seguridade social não pode ser entendida como prejuízo, uma vez que é fortuna para a dignidade dos trabalhadores, e a previdência é apenas um dos tripés desta garantia constitucional, bem como a Saúde Pública e a Assistência Social. "Se formos analisar a previdência social em suas contas separadas, pode-se chegar a um discurso equivocado de que ela dá prejuízo, mas na verdade, muitas vezes as contas estão em superávit, uma vez que o dinheiro arrecadado não é só para aplicar no pagamento de benefícios", explica.
Desemprego e informalida-de no trabalho são problemas de todos os municípios do Piauí, de acordo com dados da Fundação Cepro, no ano passado foram criados em todo o Piauí apenas 7.901 empregos formais, o que em relação aos 3 milhões de habitantes do estado, é quantidade mínima. Na visão da Geógrafa Maria Tereza de Alencar, professor da Uespi, isso mostra a exclusão social que o piauiense sofre. "Na realidade há uma má atuação dos gestores com a coisa pública, a criação de novos postos de trabalho depende também da atuação do Estado, os trabalhadores rurais não precisavam de contribuição para se aposentar, mas os trabalhadores urbanos em sua maioria não têm trabalho que lhes garantam como contribuir com a previdência. Isso é reflexo também da pobreza.
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