Estimativa é que o esquema tenha causado prejuízo de R$ 12 milhões aos cofres públicos
Médicos peritos, contadores e servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) estão entre os detidos nesta terça-feira (14) em uma operação contra fraudes de benefícios da previdência em Alagoas. A Polícia Federal cumpriu 24 mandados de prisão contra os suspeitos na cidade de Maceió.
A estimativa é que o esquema tenha causado prejuízo de R$ 12 milhões aos cofres públicos. Existem evidências de que a quadrilha vinha atuando há três anos.
A Polícia Federal não informou os nomes dos presos, porque o processo corre em segredo de Justiça. Entre eles pá três médicos peritos e três servidores da agência do Centro do INSS.
Em nota, a PF diz que a participação dos contadores consistia na criação de vínculos empregatícios falsos para os beneficiários e na criação de empresas fantasmas para fornecer os vínculos trabalhistas.
A quadrilha se beneficiava do esquema recebendo indevidamente auxílio-doença ou benefícios por invalidez.
Os acusados foram enquadrados pelos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção ativa e passiva, além de falsa perícia. As prisões somadas, em caso de condenação, podem chegar a 40 anos.
A operação CID-F recebeu esse nome a partir da sigla da Classificação Internacional de Doenças. O código é usado pelos médicos para identificar a doença do paciente no prontuário de licença e para a concessão de benefícios. A terminação -F foi usada porque, segundo informação da PF, a maioria dos beneficiários do esquema simulava transtornos mentais.
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