Fonte: Jornal Pequeno on-line - 27/07/08
O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho é comemorado hoje, 27, em virtude de nesse dia, no ano de 1972, o então ministro do Trabalho Júlio Barata, ter publicado as portarias 3.236 e 3.237, regulamentando assim, a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho e atualizou o artigo 164 da CLT. Trinta e seis anos depois, um levantamento estatístico de auxílio-doença feito pela Previdência Social, considerando casos de acidentes de trabalho, mostra que cerca de 70% de todos os casos registrados são frutos de lesões ou distúrbios relacionados ao trabalho cotidiano e deixam inválidos, por ano, cerca de cinco mil trabalhadores, apenas no mercado formal.
Neste cenário, os Programas de Qualidade de Vida e as Campanhas de prevenção tornam-se fundamentais para que as empresas previnam acidentes de trabalho entre seus funcionários e criem meios para melhorar e humanizar o ambiente corporativo, o que torna os profissionais mais saudáveis, respeitados, motivados e produtivos; evitando assim, danos à saúde dos funcionários e prejuízos para as empresas. “Doenças ocupacionais como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), doenças ergonômicas e o próprio stress, são facilitadores para a ocorrência de acidentes de trabalho mais graves, principalmente quando não tratadas a tempo”, explicou a fisioterapeuta Maria da Consolação Rios da Silva.
Ela também é responsável por um projeto firmado entre o UDI Hospital e a Faculdade Cest, onde alunos do 7º período do curso de fisioterapia levam até os funcionários dos setores de faturamento, administração, digitação, financeiro e RH do hospital, exercícios de alongamentos, movimentos marcados e dirigidos à prevenção, especialmente a LER. Iniciado em março desse ano o trabalho já tem dado resultados. “Houve uma diminuição da abstinência ao serviço, redução do número de visitas ao médico e os nossos funcionários têm sentido grandes melhoras na saúde e na qualidade de vida do profissional”, afirmou a técnica de segurança do UDI Hospital, Fabrícia Gaspar.
Investimento em equipamentos, reuniões diárias, treinamentos constantes, normas internas e constante vigilância na área operacional são medidas que já fazem parte da rotina de uma empresa que está preocupada com os índices de acidentes de trabalho. A segurança dentro da empresa é sinônimo de qualidade para a mesma e de bem-estar para os trabalhadores. Financeiramente, também é vantajosa: treinamento e infra-estrutura de segurança exigem investimentos, mas por outro lado evitam gastos com processos, indenizações e tratamentos de saúde em casos que poderiam ter sido evitados. “Temos placas indicativas em toda a empresa identificando as áreas de risco, acessos de saída de emergência, riscos de piso escorregadio, além das placas com os indicadores de contagem de dias sem acidentes. Além disso, o Sifema mantém uma ambulância no distrito industrial do Pequiá, a qual serve a população e em casos de emergência atende as Siderúrgicas. Com esta política o distrito ganha em atendimento emergencial”, explicou o superintendente administrativo da Fergumar, Adelcio Kobuta.
Situada na cidade de Açailândia, a Siderúrgica Fergumar possui um efetivo médio de 240 funcionários e para cuidar da segurança de todos eles, em seu departamento de segurança podem ser encontrados um engenheiro de Segurança, dois técnicos de Segurança, uma enfermeira e um médico do trabalho. As medidas adotadas por eles fazem com que a siderúrgica não registre nenhum acidente há 26 dias. O recorde foi de 162 dias. Vale ressaltar que eles consideram acidente qualquer tipo de lesão sofrida por um funcionário, independente de afastamento ou não das atividades funcionais.
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