segunda-feira, 23 de junho de 2008

Instituto diz que repasse é feito de forma clara

Fonte: Folha de S. Paulo - 23/06/08

Outro lado
(Resposta sobre a matéria anterior : Sindicatos recebem verba para defender o Amianto)


O repasse de recursos de empresas de exploração e industrialização do amianto para entidades sindicais é feito de forma transparente, por meio de um acordo público, cujo objetivo é "levar informação à sociedade sobre o uso controlado" do minério no Brasil. A afirmação é de representantes do Instituto Brasileiro do Crisotila, empresários e sindicalistas da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto, que são unânimes em dizer:
1) o uso do minério é seguro; 2) não há casos registrados de doenças profissionais causadas por essa matéria-prima desde a década de 80; 3) as empresas que utilizam amianto fizeram investimentos em equipamentos industriais e individuais para ampliar a proteção à saúde; 4) não há pesquisas científicas que assegurem que as fibras sintéticas não oferecem riscos à saúde; e 5) o que motiva a eliminação do amianto no país é uma "guerra comercial" travada por empresas que desenvolveram tecnologias alternativas.
"O instituto é um órgão tripartite, formado por empresários, trabalhadores e representantes do governo. As ações que os sindicalistas fazem são voltadas para o uso controlado. Não há prática anti-sindical alguma. Cursos, viagens e participação em seminários são bancados para representantes do instituto", afirma Marina Júlia de Aquino, presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila.
Élio A. Martins, presidente da Eternit, afirma que a transferência de recursos não é feita diretamente aos sindicatos. "O acordo proporciona recursos necessários para que os trabalhadores possam exercer a fiscalização do uso seguro do amianto nas empresas."
Emílio Alves Ferreira Jr., presidente da CNTA (comissão dos trabalhadores), diz que as empresas e o instituto ajudam a custear os cursos, mas o treinamento e a fiscalização ficam com os sindicalistas. Para Adelman Araújo Filho, presidente do sindicato dos trabalhadores de Minaçu, o ambiente de trabalho foi modificado e não oferece riscos. "O ambiente é molhado, não há poeira. O trabalhador tem equipamentos individuais de proteção."
A Prefeitura de Minaçu (GO) afirma também que não há casos de doenças causadas pelo amianto entre moradores da cidade. (CR e FF)

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