Fonte: Folha de São Paulo 08/11/08
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e a Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) cobram soluções preventivas por parte do Estado para coibir a violência nas escolas."Há casos que são de polícia, mas o problema maior é de ordem social. Ele exorbita a questão da educação e passa a ser um problema do Estado como um todo", disse o presidente da Apamagis, Henrique Nelson Calandra, que acredita que a Secretaria da Educação não pode se abster do problema com a justificativa de que suas causas vão além do ambiente escolar.
Para a presidente estadual da Apeoesp, Maria Isabel Noronha, a violência nas escolas está mais evidente e muitos casos não chegam nem a ser registrados na polícia. "O principal motivo disso é que o Estado passou a desautorizar o professor, que perdeu o status de educador. Como, então, um aluno pode respeitá-lo?", disse.
Segundo Maria Isabel, o poder público deveria investir na contratação de outros profissionais para atuar no ambiente escolar. "Hoje, o professor funciona como psicólogo, pai, mãe e assistente social", disse.
A Secretaria de Educação informou que casos de agressão como o de Barretos devem ser resolvidos pela polícia, mas que mantém programas para tentar reduzir o problema. Exemplos são o Justiça Restaurativa e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência -em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.
Somente nas regiões de Barretos e Ribeirão Preto são 104 mil alunos e 5.300 professores, em 127 escolas. Segundo a secretaria, os casos de agressão caíram de 217 em 2006, para 180 no ano passado.
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