sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Situação de professores no Brasil é preocupante, afirma consultor da Unesco

Fonte: Agência Brasil

Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário "preocupante", de acordo com o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha.

Ao comentar o estudo "Professores do Brasil: Impasses e Desafios", lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).

O especialista destaca, entretanto, que é preciso "elevar o status" do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria --50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.

O estudo alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.

Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.

"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

Manifestantes fazem "nu pedagógico" em protesto no Dia dos Professores em SP

Fonte: ANDRÉ MONTEIRO
da Folha Online
Atualizado às 16h11.

Professores de cinco entidades representativas fizeram um protesto inusitado na tarde desta quinta-feira na cidade de São Paulo. Os profissionais promoveram um "nu pedagógico" na praça da República (centro), em frente à Secretaria Estadual de Educação.

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Mas, ao invés de tirar a roupa, eles vestiram uma espécie de avental de cor bege com silhuetas de um corpo nu desenhadas na frete e no verso.

"Tiramos a roupa metaforicamente para colocar à nu a educação praticada em São Paulo", disse Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto, presidente da Udemo (sindicato que inclui diretores e coordenadores de educação). A manifestação acontece na data em que é lembrado o Dia do Professores.

As entidades reivindicam, entre outras coisas, um reajuste salarial de 27,5% para os professores da rede estadual de ensino, revisão do plano de carreira da categoria, e a retirada do projeto de lei complementar número 29 que, segundo os manifestantes, congela os salários dos professores. O projeto já está pronto para ser votado na Assembleia Legislativa, e a expectativa é que entre em pauta na próxima terça-feira (20).

Cerca de 10 mil professores eram esperados para o protesto, mas os organizadores afirmam que a chuva e a impossibilidade de deixar as salas de aula impediram a participação de grande parte dos manifestantes. Policiais militares estimam que cerca de 400 pessoas estiveram no local --o protesto foi pacífico.

Participam do protesto integrantes do Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), Apase (Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo), CPP (Centro do Professorado Paulista), Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo), e da Apampesp (Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo).

Para sinalizar o que chamaram de "luto pela educação", os manifestantes soltaram cerca de 2.000 balões de cor preta no final do protesto, por volta das 16h.

Outro lado

A Secretaria Estadual de Educação informou que não comentaria o protesto nem as reivindicações dos professores.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Política Nacional de Saúde do Trabalhador

Sobre a Saúde do Trabalhador

Fonte: Site Portal da Saúde / Ministério da Saúde

Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde.

Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005, compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações.

A Renast é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores. Ela é composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) - ao todo, até setembro de 2008, 173 unidades espalhadas por todo o País - e por uma rede de 500 serviços sentinela de média e alta complexidade capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).

Os Cerest recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da Saúde, de R$ 30 mil para serviços regionais e R$ 40 mil para as unidades estaduais, para realizar ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho.

Além disso, em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem:
I - Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde;
II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador;
III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;
IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador;
V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;
VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador.

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