sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Morre no Rio o ex-ministro Jamil Haddad

Morre no Rio o ex-ministro Jamil Haddad

Fonte: Do G1, no Rio

Ele era presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Enterro será no final da tarde, no Cemitério São João Batista.

O presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ex-ministro da Saúde Jamil Haddad morreu na madrugada desta sexta-feira (11), em casa, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Haddad estava com 83 anos e faleceu de infarto.

O corpo do ex-ministro vai ser velado na capela 2 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. O enterro está marcado para 17h desta sexta-feira (11).

A assessoria do governo do estado do Rio informou que vai ser decretado luto de três dias.

Haddad nasceu no Rio em 2 de abril de 1926. Ele se formou em ortopedia em 1949, na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Haddad ingressou na política em 1962, quando foi eleito deputado estadual então estado da Guanabara.

Em 1983, foi prefeito do Rio entre março e dezembro. Em 1982, como senador, participou da Assembléia Constituinte. Foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 1988, do qual recebeu o título de presidente de honra.

No governo de Itamar Franco, ele foi nomeado para o Ministério da Saúde, onde permaneceu até 1993. Durante sua passagem pelo governo federal, foi o autor do decreto dos medicamentos genéricos. Em entrevistas, ressaltava que a regulamentação dos genéricos em 1999 foi apenas a consequência da iniciativa tomada seis anos antes.

Em 2003, foi convidado a assumir a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses.

Em nota, o PSB ressaltou que "Jamil Haddad dedicou toda sua vida pública às lutas democráticas em favor dos trabalhadores, contra a ditadura militar e combatendo as desigualdades sociais. Como militante, trabalhou pela reconstrução e afirmação do socialismo no Brasil".

Consumo das famílias mantém crescimento e tem 24ª alta consecutiva

Fonte:CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O consumo das famílias segue em crescimento, ainda que em ritmo menor do que o observado no ano passado, antes do agravamento da crise econômica, em meados de setembro. No terceiro trimestre, houve alta de 2% frente aos três meses imediatamente anteriores.

Já em relação ao período de julho a setembro do ano passado, a elevação chegou a 3,9%, o 24º crescimento consecutivo. O consumo das famílias é relevante na composição do PIB pela ótica da demanda.
Neste ano, na comparação com período correspondente em 2008, verificou-se aumento de 1,5% no consumo das famílias no primeiro trimestre, e de 3% no trimestre seguinte. Os dados fazem parte do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A economia brasileira cresceu novamente no terceiro trimestre deste ano, com alta de 1,3% frente aos três meses imediatamente anteriores. Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB teve recuo de 1,2%.

No acumulado do ano, o consumo das famílias registra aumento de 2,8% em relação ao período de janeiro a setembro de 2008. No ano passado, esse mesmo dado apontava alta de 8,2%.

A gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que o aumento da massa salarial e a recuperação do crédito vem mantendo em alta o desempenho do consumo das famílias.

"O consumo das famílias também teve desaceleração após a crise, mas nunca ficou negativo, sendo sustentado pelo aumento da renda, pela nível de emprego e pela recuperação do crédito", afirmou.

Ao mesmo tempo, o consumo da administração pública aumentou em 2008. De janeiro a setembro, acumula alta de 3,3%, na comparação com os nove primeiros meses do ano passado. Já no acumulado de janeiro a setembro de 2008, esse consumo havia crescido 2,1% sobre igual período em 2007.

A economia brasileira cresceu novamente no terceiro trimestre deste ano, com alta de 1,3% frente aos três meses imediatamente anteriores. Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB teve recuo de 1,2%.
O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

Setores

O investimento, medido pela chamada FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), subiu 6,5% no terceiro trimestre, se comparado ao segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2008, houve retração de 12,5%. No acumulado dos nove primeiros meses, a queda foi de 14,2%, e nos últimos 12 meses, a redução chega a 10,2%.

A taxa de investimento no trimestre passado representou 17,7% da formação do PIB. No mesmo período de 2008, a taxa representava 20,1%.

Indústria

O setor industrial teve alta de 2,9% frente ao segundo trimestre. Em relação ao período de julho a setembro do ano passado, a indústria despencou 6,9%. De janeiro a setembro, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 7,1%.

Já o setor de serviços registrou incremento de 1,6% na comparação com o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB dos serviços subiu 2,1%, assim como no acumulado de janeiro a setembro, cujo avanço chegou a 1,9%. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, verifica-se também alta de 1,9%.

O setor agropecuário, por sua vez, caiu 2,5% na comparação com o período de abril a junho deste ano. Em relação ao terceiro trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 9%. A retração do setor chegou a 5,3% quando o desempenho de janeiro a setembro é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado retrocesso de 4%.

Produção da indústria paulista cresce 3,2% em novembro, aponta FGV

Fonte:da Folha Online

A produção da indústria de São Paulo cresceu 3,2% em novembro na comparação com o mês anterior, na análise com ajuste sazonal. Os dados fazem parte do SPI (Sinalizador da Produção Industrial), indicador divulgado nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e pela AES Eletropaulo que antecipa as tendências da atividade industrial no Estado.

Com esse resultado, a variação percentual em relação ao mesmo mês do ano anterior passaria de queda de 5,1% em outubro para alta de 4,4% em novembro. Na comparação dos últimos 12 meses com os 12 meses anteriores, a taxa passaria de -11,1%, para -10,6% entre outubro e novembro.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados no último dia 4, a produção industrial no Estado de São Paulo cresceu 2,1% em outubro, na comparação com o mês anterior.

O setor industrial no país como um todo teve alta de 2,9% frente ao segundo trimestre, de acordo com o IBGE, em dados divulgados ontem. Em relação ao período de julho a setembro do ano passado, a indústria despencou 6,9%. De janeiro a setembro, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 7,1%.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mudança climática causará até 1 bilhão de migrações, diz relatório

Fonte:LAURA MACINNIS
da Reuters, em Genebra

A mudança climática deve levar até 1 bilhão de pessoas a deixarem suas casas nas próximas quatro décadas, disse um estudo divulgado nesta terça-feira (8) pela Organização Internacional para a Migração (OIM).

O relatório, lançado no segundo dia da conferência climática da ONU em Copenhague, estima que 20 milhões de pessoas já ficaram desabrigadas no ano passado por causa de desastres naturais, que devem se agravar devido à mudança climática.

O texto alerta que poucos "refugiados climáticos" têm condições de deixar seus países para tentar a vida em lugares mais ricos. O que ocorre, na verdade, é que eles se deslocam para cidades já superpopuladas, aumentando a pressão sobre países pobres.

"Além da luta imediata diante do desastre, a migração pode não ser uma opção para os grupos mais pobres e vulneráveis", disse o texto.

Ilhas

"Em geral, os países esperam gerir internamente a migração ambiental, à exceção de pequenos Estados insulares, nos quais em alguns casos [o aquecimento] já levou ao desaparecimento de algumas ilhas sob a água, forçando a migração internacional."

As estimativas sobre a migração decorrente de fenômenos climáticos variam de "25 milhões a 1 bilhão de pessoas [...] nos próximos 40 anos". O texto, no entanto, informa que a cifra mais baixa parece já estar ultrapassada.

O número de desastres naturais mais do que dobrou nos últimos 20 anos, e a OIM disse que a desertificação, a poluição da água e outros problemas tendem a tornar áreas cada vez maiores do planeta inabitáveis conforme o efeito estufa se alastrar.

"Uma maior mudança climática, com temperaturas globais previsivelmente subindo entre 2ºC e 5ºC até o final deste século, pode ter um grande impacto sobre o movimento das pessoas", disse o relatório, patrocinado pela Fundação Rockefeller.

O estudo aponta Afeganistão, Bangladesh, a maior parte da América Central e partes da África Ocidental e do Sudeste Asiático como as áreas mais propensas às grandes migrações por fatores climáticos.

Nesta semana, o alto comissário da ONU para refugiados, Antonio Guterres, alertou que metade dos refugiados do mundo já vive em cidades onde há aumento de tensões xenófobas, como Cabul, Bogotá, Abidjan e Damasco.

Planalto adia Programa Nacional de Direitos Humanos

SÃO PAULO - O Palácio do Planalto adiou para o dia 15 o lançamento da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos, que estava agendado para ocorrer hoje - véspera do 61.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A alegação oficial para a mudança foi a dificuldade para se coordenar a agenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a dos 29 ministros que devem participar do evento.

Porém, nos bastidores políticos a razão foi outra: a queda de braço entre os ministros Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e Nelson Jobim (Defesa) em torno de alguns pontos do programa. Dias atrás circulou a informação de que, em decorrência das divergências, Jobim não participaria da cerimônia de lançamento.

O ponto principal da discórdia é o capítulo denominado Direito à Memória e à Verdade. Trata da recuperação dos arquivos dos tempos da ditadura - especialmente aqueles que, segundo Vannuchi, ainda estão em poder dos militares - e da responsabilização criminal de agentes do Estado que se envolveram com torturas e mortes de opositores do regime.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Missão oficial à China rende primeiro acordo de transferência tecnológica na Saúde

Fonte: Portal da Saúde - 09/12/2009 , às 16h39

Missão oficial à China rende primeiro acordo de transferência tecnológica na Saúde


Acordo entre a brasileira EMS e a chinesa Shanghai Biomabs permitirá a produção no Brasil de biofármacos de última geração

A missão brasileira liderada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que está na China desde o início da semana com objetivo de estreitar as relações comerciais no setor produtivo da Saúde entre os dois países, já apresenta os primeiros resultados. Nesta quarta-feira (9), a EMS, maior farmacêutica brasileira, assinou um acordo de transferência de tecnologia com o laboratório chinês Shanghai Biomabs para a fabricação no Brasil de seis produtos biotecnológicos de última geração. Dentre esses produtos estão os chamados anticorpos monoclonais, medicamentos biológicos com indicação para tratamento de doenças graves e de alto custo em seus tratamentos, especialmente cânceres diversos, artrite reumatoide e osteoporose, entre outras.

O primeiro produto alvo dessa parceria será o Etanercepte, cuja indicação principal é a artrite reumatóide, e que hoje gera gastos anuais da ordem de R$ 80 milhões ao Ministério da Saúde, principal comprador do medicamento.

“A entrada de uma empresa brasileira neste mercado ampliará a concorrência, o que deverá levar à redução do preço do medicamento, uma vez que hoje ele é fornecido ao Brasil por apenas uma fabricante multinacional. Além disso, a transferência de tecnologia fortalece o complexo industrial brasileiro e contribui para a redução da nossa dependência externa em relação à tecnologia de ponta em saúde”, afirma o ministro Temporão.

Estima-se que 850 mil pessoas sofram de artrite reumatóide no país. Cada ampola de 50 mg do medicamento custa hoje ao ministério R$ 708,00. Levando-se em conta que o tratamento mensal é composto por quatro ampolas, o custo do tratamento por cada paciente chega a custar à pasta, mensalmente, R$ 2.832,00.

Até o mês passado, o ministério financiava 90% do valor do remédio por meio de transferência de recursos aos estados, aos quais cabia sua aquisição. Portaria recém-publicada pelo Ministério da Saúde transfere para a pasta a responsabilidade pela compra centralizada deste medicamento, o que deverá trazer uma economia de R$ 29 milhões ao ano para os cofres públicos.

Segundo a diretora de Relações Externas da EMS, Telma Salles, a expectativa é iniciar a produção do Etanercepte em território nacional em até cinco anos.

A cerimônia de assinatura do acordo entre as duas empresas, a ser realizada na tarde desta quarta-feira, em Pequim, contará com a presença do ministro e de sua delegação, a qual integram ainda representantes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e representantes de indústrias farmacêuticas brasileiras.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS – Além dos representantes do governo, participam da comitiva liderada pelo ministro Temporão à China entidades ligadas à indústria farmacêutica que representam mais de 300 empresas nacionais. Nesta quarta-feira, a a delegação brasileira promoveu um workshop sobre oportunidades de negócios no setor de saúde do Brasil, que contou com a participação de mais de 120 empresários chineses em busca de conhecimento sobre o segmento no país. Além disso, os representantes dos dois países participaram de uma rodada de encontros de negócios.

“Não viemos aqui para simplesmente discutir ampliação do comércio bilateral da indústria entre Brasil e China. Queremos construir um caminho de parcerias para desenvolver e produzir tecnologias de interesse da saúde pública brasileira”, afirmou Temporão. Ele lembrou que, recentemente, um acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e um laboratório da Ucrânia para a produção nacional de insulina gerou redução de 70% no preço do produto adquirido por pregão.

Atualmente, o mercado farmacêutico movimenta R$ 28 bilhões por ano, apresentando altas taxas de crescimento anual e situando-se entre os 10 maiores do mundo. Para o setor de produtos médicos no Brasil, o faturamento é de cerca de R$ 8 bilhões por ano.

Esta é a terceira missão internacional do ministro da Saúde com o intuito de fortalecer os negócios no segmento. Em julho de 2008, Temporão levou empresários do setor à Índia; e, em setembro deste ano, liderou missão à Inglaterra, onde o governo brasileiro assinou acordo com a multinacional GlaxoSmithKline para investimentos de R$ 183,7 milhões no desenvolvimento de novas vacinas.

“A idéia é atrair empresas ao Brasil, ampliar nossos processos de transferência de tecnologia, usando o nosso mercado, que é cada vez maior; o poder de compra do estado; e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como grande financiador, para que possamos ampliar a produção no Brasil”, afirma o ministro.

A balança comercial do setor de saúde no Brasil deve fechar este ano com um déficit de US$ 8 bilhões. Mas, conforme ressaltou o ministro, a preocupação é principalmente com o déficit de conhecimento. “Nossa prioridade é reduzir a defasagem de conhecimento e desenvolver tecnologia no Brasil.”

De acordo com ele, o mercado brasileiro está pronto para atrair novos investimentos por uma série de fatores, entre eles: sua capacidade reguladora, gerenciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); potencial do setor, que movimenta 8% do PIB (R$ 160 bilhões) e emprega 9 milhões de pessoas; capacidade de financiamento, por meio do BNDES que tem uma carteira de R$ 3 bilhões disponíveis para a indústria farmacêutica; e políticas lançadas entre 2007 e o início deste ano, que tratam da Inovação e Pesquisa, da Política Industrial e da Saúde, esta última lançada pelo ministério, que possui um capítulo especial para o complexo produtivo.

DE OLHO NO SUS – Em encontro com a delegação brasileira, nesta terça-feira (8), o ministro da saúde chinês, Chen Zhu, manifestou interesse em visitar o Brasil no próximo ano para conhecer pessoalmente o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde). A China iniciou, em abril passado, um plano de reforma de seu sistema de saúde, que tem como principal objetivo ampliar a cobertura da atenção básica, especialmente para a população rural – que representa mais da metade de sua população e que tem acesso precário aos serviços de saúde - e caminhar para o acesso universal, a exemplo do SUS, que, em 20 anos de existência, incluiu mais de 140 milhões de pessoas que não tinham qualquer acesso à saúde no Brasil.

Chen Zhu também sugeriu que os dois países impulsionem o intercâmbio entre seus institutos médicos e universidades para fortalecer a pesquisa científica e sugeriu iniciar discussões para a criação de um instituto de pesquisa comum, por meio da Fiocruz. Para Temporão, a área de princípios ativos encontrados em plantas – fitofármacos – tem grande potencial de cooperação bilateral, e deverá constar na agenda da Fiocruz em parceria com institutos de pesquisa e produção chineses.

Nesta quinta-feira, a delegação brasileira visitará a sede administrativa da Medicina Tradicional Chinesa. Parte da delegação brasileira terá ainda uma agenda de visita à agência reguladora chinesa de alimentos e medicamentos, a State Food and Drug Administration (SFDA), para troca de conhecimentos na área de regulação sanitária.

Assessora em viagem – Priscila Lambert (61) 9144-3654.

MANIFESTO pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil

MANIFESTO
pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica
dirigida ao público infantil

Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.

A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.

http://publicidadeinfantilnao.org.br/



Sociedade se mobiliza pelo fim da publicidade infantil


http://publicidadeinfantilnao.org.br/


Sociedade se mobiliza pelo fim da publicidade infantil

Entidades civis e Organizações Não Governamentais de diferentes ramos de atuação estão fazendo uma campanha nacional de mobilização pelo fim da propaganda dirigida a crianças de até 12 anos de idade. Trata-se do Manifesto "Publicidade Infantil NÃO - pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil".

Segundo os manifestantes, a criança é hipervulnerável por ainda estar em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico.

Entre apoiadores e organizadores, a campanha tem a participação da Agência Nacional do Direitos da Infância (Andi), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros.

"Em defesa dos diretos da infância e para a construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades afirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos", afirma o manifesto.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) apóia a proposta e pede a todos os conselhos estaduais, conselheiros e observadores que assinem o manifesto. O pedido é extensivo a todos os militantes da segurança alimentar e nutricional.

Apóie, assine, divulgue.

O manifesto pode receber a adesão de qualquer pessoa, física ou jurídica. Basta acessar a página da campanha na Internet:
http://publicidadeinfantilnao.org.br/.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Presidência da República


OIT - técnico elogia Brasil

O crescimento econômico não tem sentido se não permite diminuir a pobreza, essa a conclusão a que chegaram os técnicos da Organização Internacional do Trabalho, no relatório deste ano do Mundo do Trabalho, que analisa as consequências da crise e de como dela se deve sair do ponto de vista das relações com o mundo do trabalho.

Nesse sentido, foi elogiado, na apresentação do relatório, o modelo econômico brasileiro que procurou melhorar os laços entre o crescimento, o desenvolvimento e a diminuição da pobreza, disso resultando uma baixa do desemprego, diminuição da informalidade laboral e retomada do crescimento, consequências da campanha pelo trabalho decente e no reforço da proteção social.

O relatório foi divulgado no Palácio das Nações, em Genebra, pelo diretor de estudos sociais da OIT, Raymond Torres e suas conclusões vão no sentido de uma rejeição do modelo de desenvolvimento, adotado nos últimos anos e que desprezava a participação do Estado.

Pensava-se a que a proteção social era uma obstáculo ao crescimento economico, disse Raymond Torres, que a regulamentação laboral se fazia em detrimento do mercado do trabalho e que o salário mínimo era inimigo do emprego, ora aprendemos com as recentes experiências de reforma que podemos muito bom combinar uma proteção social inteligente, regulamentação do trabalho bem feita e um salário mínimo num nível aceitável com um desenvolvimento do emprego.

"Temos de aproveitar a crise para solucionar alguns problemas já antes existentes como a questão do emprego informal", diz Raymond Torres, mesmo porque na atual situação a tendência é de se perpetuar a situação dos desempregados e a informalidade no mundo do trabalho.

Fonte: Correio do Brasil

Famílias gastam 10 vezes mais com remédios do que o governo no Brasil

Fonte: Folha Online - 09/12/2009 - 10h06

Famílias gastam 10 vezes mais com remédios do que o governo no Brasil

DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio

Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira revela que as famílias gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo no país. Segundo o estudo, enquanto as famílias tiveram gastos de R$ 44,7 bilhões em 2007, o governo consumiu R$ 4,7 bilhões, no mesmo período, com remédios de uso humano.

De acordo com pesquisadores do instituto, os dados do levantamento não contabilizam os gastos da rede hospitalar com prestação de serviço.

A pesquisa "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007" ainda mostrou que os gastos das famílias com remédios (R$ 44,7 bilhões) é quase igual aos gastos com consultas, laboratórios e outros serviços não hospitalares (R$ 46,1 bilhões). Já a administração gasta apenas R$ 1,3 bilhão com com consultas e laboratórios.

Dados do estudo ainda apontam que as famílias gastam R$ 11,6 bilhões com planos de saúde, inclusive seguro saúde, e R$ 22,3 bilhões com serviços de atendimento hospitalar.

O estudo aponta também que, no mesmo período, a proporção dos gastos das famílias com a área de saúde caiu de 58,84% para 57,4%, enquanto os gastos do governo com o setor teve um leve aumento: passou de 40,1% para 41,6%.

De acordo com pesquisadores do IBGE, apesar do avanço do governo com relação ao aumento dos gastos, a participação pública no país ainda é pequena quando comparada com outros países, que possuem em média 70% dos gastos cobertos pelo governo e 30% pelas famílias.

"O Brasil tem um padrão que tem o México e outros países com o mesmo tipo de perfil, um gasto proporcionalmente maior das famílias do que o gasto do próprio governo", destacou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Angélica Borges dos Santos.

Por medida provisória, Lula dá ganho real a aposentado

Por: Folha Online
O presidente Lula deve editar na próxima semana uma MP (medida provisória) concedendo reajuste nominal de 8,7% (5,1% acima da inflação) a partir de janeiro para o salário mínimo, elevando o valor de R$ 465 para pelo menos R$ 505, informa reportagem de Valdo Cruz e Gustavo Patu para a Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). A MP também dará metade desse ganho real aos benefícios da Previdência Social superiores ao mínimo.

Com anúncio do reajuste, que passa a valer a partir de 1º de janeiro do ano que vem, Lula barra a votação do projeto na Câmara Federal que prevê um valor maior ao mínimo em 2010. O objetivo é oferecer um reajuste menor sem o desgaste de vetar o aumento previsto pelo Congresso Nacional.

A equipe do governo ainda não decidiu, porém, se será editada só uma MP, com o reajuste do mínimo e das aposentadorias, ou duas. Foi decidido que a MP do mínimo incluirá uma política de reajuste do salário mínimo válida até 2023, com revisões periódicas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Acesse o vídeo sobre o Mutirão pela Inclusão

Fonte:Cristiane Alves (Sindicato dos Metalurgicos de Osasco)
Qui, 03 de Dezembro de 2009 10:32
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro, o Espaço da Cidadania e seus parceiros lançaram o vídeo "2º Mutirão pela Inclusão", que traz um panorama sobre o que foi o evento que reuniu 44 entidades, empresas, órgãos públicos, escolas e sindicatos no Osasco Plaza Shopping para se informar sobre inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e, especificamente, no mercado de trabalho. O lançamento do vídeo aconteceu na OAB-Osasco, num encontro com a presença de cerca de cem pessoas.

Em sete horas de Mutirão, realizado em 21 de setembro, cerca de 2 mil pessoas conheceram as iniciativas voltadas para a inclusão realizadas em São Paulo e na região de Osasco. Teatro, exposição fotógrafica, audiodescrição, apresentações musicais e até um cavalo utilizado na equoterapia chamaram a atenção do público para as possibilidades e a necessidade da inclusão.

A edição e produção do vídeo é do empreendimento solidário Novo Parafuso, uma cooperativa composta por jovens formados pela Associação Eremim (apoiada pelo Sindicato).

Para mais informações, entre em contato com o Espaço da Cidadania pelo tel. (11) 3685-0915 ou pelo e-mail ecidadania@ecidadania.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Acesse o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=-4HV_GnGHpc

O Brasil dos políticos

Fonte:LISBOA - O colunista Charles Krauthammer, provavelmente o melhor analista da política americana em atividade, concedeu entrevista à revista alemã "Der Spiegel" onde faz piada com o Brasil. Diz ele que, no coração sentimental do mundo, o Brasil é "o país do futuro". O mesmo acontece em relação a Obama. O presidente americano é uma espécie de "Brasil dos políticos": uma promessa nunca cumprida e eternamente adiada.

A metáfora é boa. Mas, primeiro, sejamos sentimentais: eu apreciei a eleição de Obama. Apesar das minhas simpatias por John McCain. Um país indelevelmente marcado pela escravatura e que manteve a segregação racial pelo século 20 adentro teria na eleição de Obama um dos seus momentos mais gloriosos. Antes de ser anti-Obama, eu sou um vergonhoso pró-americano ("sorry", selvagens). E nenhum outro país do mundo, sem uma maioria demográfica negra, seria capaz de eleger um negro para a chefia do Estado. Exato: nem o Brasil.

Acontece que Obama não foi apenas eleito. Na sua cabeça mitómana, ele acreditou que tinha um mandado dos céus para mudar a América e o mundo a golpes de retórica e boa-vontade.

Como afirma Krauthammer na entrevista, Obama foi eleito em circunstâncias excepcionais: seis semanas depois do colapso financeiro; e, claro, oito anos depois dos consulados Bush e das guerras no Afeganistão e no Iraque, que dividiram a América. Mas isso não impediu Obama de acreditar na sua própria natureza messiânica.

Doze meses depois, o que dizer da obra do messias? Pouca coisa.

Internamente, e apesar de contar ainda com a aprovação de metade dos americanos, a governação Obama limitou-se a importar os piores clichés do credo social-democrata que, obviamente, não se ajustam à tradição "liberal" da América. Taxar ainda mais os ricos e esticar o braço (e a despesa) do governo central pode fazer as delícias do europeu estatista. Não faz as delícias de um país que, mesmo nos seus momentos progressistas mais extremos (com Woodrow Wilson ou Franklin Roosevelt), nunca ultrapassou certos limites. A reforma da saúde proposta por Obama (preço: 1 trilhão de dólares na próxima década) é apenas um exemplo, e o melhor exemplo, de uma medida socialista que o Congresso não poderia engolir. Como, visivelmente, não engoliu.

E na política externa? Verdade que Obama venceu o Nobel, uma excentricidade de cinco noruegueses que ainda vivem traumatizados pelo fantasma do presidente Bush. Mas, tirando esses cinco idiotas, até Obama ficou embaraçado com o prémio. Não custa perceber por que.

Nas guerras herdadas, o cenário é bisonho: se esquecermos o Iraque, onde a presença americana se prolongará até 2012 (no mínimo), Obama não sabe o que fazer ao Afeganistão e agoniza diariamente com os pedidos dos seus generais para aumentar o número de homens no terreno. As indecisões de Obama servem apenas para animar as milícias talibãs e afugentar os aliados, com a Grã-Bretanha à cabeça.

O resto afina pela mesma pauta: não há acordo, ou possibilidade de acordo, entre Israel e as autoridades palestinas; o Paquistão, uma potência nuclear, está hoje mais perto de cair em mãos terroristas; a Coreia do Norte continua a testar os seus mísseis e, direta ou indiretamente, a ameaçar os seus vizinhos; e a telenovela nuclear iraniana está próxima de um desfecho triunfal que lançará o Oriente Médio na corrida às armas e, com o provável ataque de Israel, em nova guerra regional.

No cimo do bolo, escusado será dizer que Guantánamo não fechou as portas e que os suspeitos de terrorismo continuam a ser presos nos quatro cantos do mundo, sem a protecção da lei e dos tribunais.

Barack Obama é "o Brasil dos políticos"? A metáfora é boa, disse. Agora acrescento: a metáfora é injusta para o Brasil. Olhando para o último ano, qualquer pessoa racional conclui que o Brasil tem mais futuro do que a presidência do evangelista Obama.

São Paulo deve ter o maior volume de chuva do ano nesta terça

Fonte:colaboração para a Folha Online

O tempo fica nublado e com chuva intensa no decorrer do dia na cidade de São Paulo nesta terça-feira, de acordo com o CGE (centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura. O volume de água deve ser um dos maiores do ano.

Segundo o órgão, o volume de chuva esperado para todo mês é de 200 milímetros (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado), no entanto, apenas hoje já choveu 98 milímetros em um dos pontos de medição, localizado na ponte do Piqueri, na marginal Tietê. A temperatura mínima foi de 18º C e a máxima será de 23ºC.

Uma zona de convergência de umidade manterá a grande quantidade de nuvens e a condição para chuva entre os estados do Norte e Centro-Oeste do país, além de São Paulo, parte de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Pode chover forte em algumas regiões e haverá acumulado significativo de chuva em algumas cidades.

Áreas de instabilidade causam pancadas de chuva no noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná.

Pancadas de chuva também atingem o Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia. Nas demais áreas do país, o dia terá sol e variação de nuvens.

Retirada de incentivos pode gerar demissões no País, alerta OIT

GENEBRA - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta para o risco de que uma retirada prematura dos incentivos fiscais - como a isenção de IPI - no Brasil acabe gerando uma nova onda de demissões no setor industrial, como ocorreu no início de 2009. Outro sério problema para a recuperação é a persistência da falta de qualificação dos trabalhadores brasileiros diante da baixa escolaridade média. Até junho, a entidade estima que crise econômica mundial já fez com que 20 milhões de pessoas fossem demitidas de seus trabalhos no mundo. Nos países emergentes, a volta aos níveis de emprego anteriores ao da crise ocorreria em 2011. Os países ricos teriam de esperar até 2013 ou 2014.

A OIT, diante de uma recuperação que ainda considera como fráfil, apelou na segunda-feira para que os pacotes de estímulo em todo o mundo não seja retirados. Se isso ocorrer, outras 43 milhões de pessoas serão expulsas do mercado de trabalho. 5 milhões de trabalhadores perderão seus empregos quase que imediatamente.

Por enquanto, a retomada no Brasil está sendo alimentada pelos incentivos ao consumo no mercado doméstico e um pacote de estímulo equivalente a 1,5% do PIB. O aumento de 6% no salário minimo também beneficiou 40% dos trabalhadores. Para a OIT, o Brasil está demonstrando que a elevação do salário não está gerando uma maior informalidade, já que essa taxa também vem caindo.

Mas os desafios no País são importantes. O primeiro deles está relacionado com a manutenção de incentivos, como a isenção de IPI na compra de carros e eletrodomésticos. A medida garantiu vendas e, portanto, preservou postos de trabalho.

Para a OIT, o principal desafio do governo a partir de agora será de como irá retirar o incentivo sem gerar uma queda brusca de novo no mercado de trabalho. "O desafo para o governo continua sendo o de retirar o estímulo sem reduzir o crescimento e geração de empregos"", afirmou a OIT.

Outro desafio que o Brasil enfrenta é a falta de trabalhadores qualificados. A OIT estima que a baixa escolaridade é um obstáculo para maior produtividade do trabalhador brasileiro. Em média uma pessoa no Brasil frequenta por 7,3 anos a escola. Nos países ricos, a taxa chega a 12 anos.

O resultado é a persistência da falta de mão de obra qualificada no País, ainda que o desemprego caia. Outro alerta da OIT está relacionado com o número de pessoas recebendo seguro desemprego. No Brasil, 93% dos desempregados não conta com qualquer tipo de ajuda. Nos países ricos, a taxa é de 55%. No Chile, Uruguai e Costa Rica, a taxa é de 80%.

No início da crise, a OIT havia estimado que até 59 milhões de pessoas perderiam seus trabalhos entre 2008 e 2009. No total, um recorde de 239 milhões de pessoas não teriam trabalho até o final do ano. Isso significaria uma taxa média de desemprego no mundo de 7,4%. O recorde anterior foi de 2003, com 6,5%.

Diante dos pacotes de incentivos, a entidade admite que muitos empregos foram salvos. Na Alemanha, por exemplo, empresas receberam verbas públicas para manter os trabalhadores nas fábricas. Mesmo assim, em dois anos, a ampliação de desempregados será de quase 40 milhões de pessoas. O estrago só será arrumado no início de 2014 nos países ricos.

Regiões

Na Europa, 6,1 milhões de empregos foram perdidos desde março de 2008. Nos Estados Unidos, 8,1 milhões de pessoas foram demitidas desde dezembro de 2007 e a taxa de desemprego passou de 5,3% para 10,2%.

O apelo pela manutenção dos pacotes também é direcionada ao Brasil, China e Índia. Juntos, essas economias foram responsáveis pela metade dos novos desempregados no primeiro trimestre do ano. A projeção é de que, nos países emergentes, os níveis de emprego voltarão ao período pré-crise apenas no início de 2011. O cenário é mais favorável que o dos países ricos. "Mas há o risco de uma retirada prematura dos pacotes prolongue a crise no setor de empregos", disse a OIT, em um documento publicado na segunda-feira.

"É bom que haja um crescimento de novo na economia mundial. Mas a crise de empregos não acabou", alertou Raymond Torres, diretor da OIT para políticas de emprego. "Em muitas empresas, os empregos apenas foram mantidos graças aos incentivos dados por governos", disse. "Se essas medidas forem agora retiradas, sem um crescimento sustentável, milhões perderão seus trabalhos", afirmou.

Apenas nos três primeiros meses de 2009, 1 milhão de empregos foram perdidos na América Latina. No Brasil, 490 mil trabalhadores foram demitidos entre janeiro e junho, uma das quedas mais pronunciadas. Mas a OIT admite que a crise do desemprego no Brasil foi de curta duração. No terceiro trimestre, 417 mil empregos foram gerados.

A OIT elogiou o fato de que o País está superando a queda nos postos de trabalho e que está superando os problemas de forma ainda mais rápida que outros mercados emergentes. Entre março e setembro, a taxa de desemprego caiu de 9% para 7,7%.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hypermarcas paga R$ 1,3 bilhão e leva a Neo Química

Hypermarcas paga R$ 1,3 bilhão e leva a Neo Química
SÃO PAULO - Desbancando a Pfizer e outros concorrentes, a Hypermarcas fechou a compra da Neo Química e, com isso, cresce no segmento de medicamentos similares e genéricos.

O valor do negócio passa de R$ 1,3 bilhão e envolve o pagamento de R$ 686 milhões em dinheiro, mais 7,3% do capital da Hypermarcas em ações, o que equivale a outros R$ 681 milhões, considerando o preço atual do papel de R$ 38,95.

A transação cria o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no país. "Essa aquisição permite que a unidade de negócios Farma da Hypermarcas tenha o mais completo portfólio do mercado", disse o presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, por meio de comunicado.


De acordo com Fato Relevante divulgado pela companhia, o negócio se dará pela incorporação das ações da Neo Química pela Hypernova Medicamentos Participações, uma subsidiária integral da Hypermarcas.

Cumprida essa etapa, a Hypermarcas desembolsa os R$ 686 milhões em três parcelas, sendo a primeira parte na data de implementação da operação e as demais no primeiro e segundo aniversários corrigidas pelo CDI. A companhia ainda fará um aumento de capital, para emitir as 17,5 milhões de ações, ou 7,3% do capital, que fazem parte do acordo.

As empresas também celebraram um acordo que coloca os atuais acionistas do Laboratório Neo Química no bloco de controle da Hypermarcas.

Fundado em 1959, o Neo Química foi um dos primeiros laboratórios a obter registro para produzir e comercializar medicamentos genéricos no Brasil. O faturamento bruto anualizado da empresa para 2009 totaliza R$ 380 milhões, com lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de cerca de R$ 95 milhões.

Após a aquisição, o setor de medicamentos deve representar 40% do faturamento total da Hypermarcas. O setor de beleza e higiene pessoal deve responder por outros 40%. Alimentos e higiene e limpeza, combinados, devem contribuir com os 20% restantes.

(Eduardo Campos | Valor)

Começa cúpula sobre clima para definir novas metas contra mudança climática

Fonte: da Folha Online

A cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudança climática, destinada a discutir metas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, foi iniciada nesta segunda-feira, em Copenhague, na Dinamarca.

A maior reunião já realizada sobre o aquecimento global, que reúne 15 mil pessoas, delegados de 192 países, ambientalistas e ONGs, se propõe a superar a grande brecha entre países ricos e pobres para combater os efeitos das emissões de CO2 nas próximas décadas.

O encontro, que contará com a presença do presidente americano, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, será liderada pelo primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen e deve ainda definir a resposta mundial ao aquecimento global que ameaça o planeta.

O debate, contudo, não será fácil. Serão duas semanas de negociações, que chegarão ao fim em 18 de dezembro na presença de mais de cem chefes de Estado e de Governo.

A conferência começou, após 45 minutos de atraso, com a exibição de um filme sobre os povos do mundo que enfrentam as consequências do aquecimento global.

A missão da conferência, histórica por seu tamanho, é limitar a dois graus centígrados o aumento da temperatura média da superfície da Terra, o que faz necessária uma drástica redução das emissões de gases do efeito estufa.