quinta-feira, 15 de julho de 2010

Emprego formal soma 1,47 milhão no 1º semestre e bate recorde

Em junho, criação de empregos soma 212,9 mil e não é a maior da história.

Com isso, foi interrompida uma sequência de cinco meses de recordes.

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta quinta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho revelam que foram criadas 1,47 milhão vagas de emprego com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, valor que representa o novo recorde histórico para o período.

Até o momento, o melhor primeiro semestre da série, que começa em 1992, aconteceu em 2008, quando foram abertas 1,36 milhão de vagas formais de trabalho. No ano passado, com a crise financeira internacional, foram criadas 299 mil vagas formais.


Nesta quarta-feira (14), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia estimado que a criação de empregos formais, nos seis primeiros meses deste ano, somaria 1,5 milhão de empregos formais.

'Acomodação' em junho

Apesar do recorde registrado no primeiro semestre deste ano, o mês de junho não foi o melhor da história. No mês passado, foram criados 212,9 mil postos formais de emprego, informou o Ministério do Trabalho.

No mesmo mês de 2008, o atual recorde para junho, foram abertas 309,44 mil vagas. Com isso, foi interrompida uma sequência de cinco meses seguidos de recorde. O emprego vinha registrando recordes seguidos, contra o mesmo mês de anos anteriores, desde janeiro deste ano.

"O resultado de junho representa uma acomodação. O mercado teve um comportamento atípico de crescimento muito forte nos cinco primeiros meses, e no último mês do primeiro semestre [junho], teve uma acomocação de alguns setores, como a construção civil, a indústria, os serviços, e no setor de educação", disse o ministro Carlos Lupi.

Segundo ele, o emprego voltará a "crescer bem" em julho, mas afirmou que não dá para garantir que voltará a ser registrado recorde para o mês. "Acredito que vai ser recorde, mas não posso afirmar porque temos demissão em educação. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tendem a crescer muito com a safra da soja e com setor de exportação de carne", acrescentou ele.

Previsão para 2010

O Ministério do Trabalho informou que está mantida a previsão de que sejam criados 2,5 milhões de empregos formais em todo ano de 2010. Se confirmada a marca, será novo recorde histórico. Deste modo, informa que restam ser criados 1,02 milhão de empregos com carteira assinada no segundo semestre deste ano. "Acredito em um segundo semestre bom, igual ou um pouquinho melhor do que 2009, o que vai significar mais 1 milhão de empregos criados", disse Lupi.

ONU comemorará Dia Internacional de Nelson Mandela em 18 de julho

No dia 18 de julho, a ONU comemorará em todo o mundo o Dia Internacional de Nelson Mandela, data em que o líder completa 92 anos, com o objetivo de promover a cultura da paz e da liberdade representada pela figura do ex-presidente sul-africano, segundo um comunicado da organização divulgado hoje.


Na África do Sul, funcionários da ONU dedicarão ao menos uma hora de seu tempo para trabalhar no lar Tebogo para crianças incapacitadas, no povoado de Orange Farm, nos arredores de Johanesburgo, e promoverão no local "o espírito do Dia de Mandela".

O Dia Internacional de Nelson Mandela foi instituído em novembro de 2009 pela Assembleia Geral da ONU, "pela contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura da paz e da liberdade", e foi o primeiro reconhecimento desse tipo da organização a um indivíduo, segundo a nota.


Segundo o texto, o Conselho de Segurança da ONU também reconheceu a dedicação de Mandela "ao serviço da humanidade na resolução de conflitos, relações entre raças, promoção e proteção dos direitos humanos, reconciliação, igualdade entre os sexos e os direitos das crianças e de outros grupos vulneráveis".

A nota faz especial referência à luta de Mandela contra o regime segregacionista do apartheid, cuja eliminação também esteve entre os objetivos da ONU desde sua criação e que foi derrubado em 1994, com sua eleição como primeiro presidente negro da África do Sul.

Entre as celebrações previstas pela ONU para o Dia de Mandela, em 16 de julho o Conselho de Segurança realizará uma reunião plenária informal, na qual serão tocadas músicas e exibidos vídeos e fotografias relacionados com o líder sul-africano.

Em muitos escritórios da ONU pelo mundo, serão organizados debates sobre a figura de Mandela e será exibido o filme "Invictus", que destaca o trabalho de reconciliação entre raças do Nobel da Paz durante o Mundial de Rugby de 1995, vencido pela África do Sul.

Entre os atos destacados, na conflituosa região de Darfur, no oeste do Sudão, a ONU organizou um torneio batizado "Futebol para a Paz", que será seguido por um show do músico Omar Ilhsas.



EXEMPLO

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Mandela é um "exemplo vivo dos principais valores das Nações Unidas. Um cidadão global exemplar".

Por sua parte, a família de Mandela anunciou que o ex-presidente sul-africano comemorará seu 92º aniversário em casa, em Johanesburgo, com pessoas próximas.

Um total de 95 crianças do povoado de Mvezo, no sudeste do país, onde nasceu Mandela, e da cidade próxima de Qunu viajarão para Johanesburgo para "passar o dia com ele", afirmou sua neta Zwelivelile Mandela, que disse que toda a família se reunirá com o líder.

Mathole Motshekga, líder do grupo parlamentar do governante Congresso Nacional Africano (CNA), ao qual pertence Mandela, anunciou que as principais comemorações oficiais do aniversário do ex-presidente serão realizadas em Mvezo, uma comunidade pobre na Província do Cabo Oriental.

Ele afirmou ainda que o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, assistirá às comemorações em Mvezo, para promover a campanha "Faça de Cada Dia o Dia de Mandela", que pretende estimular as pessoas a tornarem seus dias cada vez melhores.

País tem geração histórica de empregos, com 1,5 milhão de vagas no semestre

A economia do país teve uma geração histórica de empregos formais no semestre, com 1,473 milhão de vagas criadas neste período, batendo o desempenho registrado em 2008, quando foram criados 1,361 milhão de postos de trabalho. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prevê que em todo o ano de 2010 a cifra atinja a casa dos 2,5 milhões.

No ano passado, foram criados 299 mil postos de trabalho, o pior resultado desde 1999, início da série histórica do Ministério. Os números fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho.

Somente em junho o Caged registrou a criação de 212.952 postos de trabalho, o segundo melhor resultado para o mês na série histórica deste cadastro.

Em 12 meses, o Ministério contabilizou a criação de 2,168 milhões de vagas, o que significa uma expansão de 6,7% sobre a base de empregados formais do país.

Ainda de acordo com o Ministério, a maior taxa (11,98%) na geração de empregos ocorreu no setor agrícola no semestre. Em termos absolutos, porém, a maior contribuição para o aumento dos empregos formais veio do setor de serviços, com a criação de 490.028 vagas em seis meses.

O setor de comércio adicionou 230 mil novos postos de trabalho, enquanto a indústria de transformação2394.148 vagas na mão de obra empregada.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brasileiros estão entre os mais estressados do globo

Fonte: Folha de São Paulo
Os brasileiros lidam pior com o estresse do que outros povos. Por aqui, as taxas daquilo que é definido como estresse extremo são mais altas que na maioria do países.
Esse último nível de estresse, ou "burn out", caracteriza-se por um esgotamento mental intenso, geralmente associado ao trabalho.
Na população economicamente ativa do Brasil, 30% já chegaram a esse estado causado por uma pressão excessiva, segundo dados da Isma - Brasil, associação internacional que pesquisa dados sobre estresse.
Nesse quesito, o Brasil está atrás apenas do Japão, onde 70% das pessoas já perderam o controle sobre o estresse.
As altas taxas desse país são explicadas pela rotina de trabalho e pela cultura: jornada mais longa e maior dificuldade para verbalizar e expressar opiniões e emoções.
"As normas sociais são muito rígidas naquele país. Escândalos profissionais terminam em demissão e até mesmo em suicídio da pessoa envolvida", diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma.
ESFORÇO E RECOMPENSA
Por aqui, a dificuldade de contrabalançar as tensões do dia a dia ocorre principalmente por causa da sobrecarga de tarefas e do medo de demissão, fatores de estresse apontados com mais frequência pelos entrevistados.
O favoritismo nos ambientes profissionais, em que se leva em conta mais a relação pessoal do que o mérito do trabalho gera um sentimento de injustiça que contribui para o aparecimento do "burn out", segundo a psicóloga.
"No Brasil, em geral, não existe um equilíbrio entre esforço e recompensa. Você percebe isso quando o trabalhador vai para o exterior e é muito elogiado", diz Rossi.
NA SAÚDE
Entre quem sofre de "burn out", os índices de depressão, sentimento de incapacidade e exaustão são bem mais elevados do que no restante da população.
"Esses dados são assustadores. Vemos muitas pessoas cometendo tantos erros e com tanto descaso no trabalho, que isso pode mesmo ser sintoma de "burn out'", diz a psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora da PUC- Campinas.
Ironicamente, o problema atinge profissionais altamente motivados, idealistas e que se dedicam excessivamente ao trabalho. Sentimentos de decepção podem desencadear o estresse exagerado.
"Reconheça o que é importante e não se imponha uma carga de trabalho acima do necessário", aconselha Lipp.
1/3 TEM SAÚDE AFETADA PELO PROBLEMA
Um levantamento realizado em locais públicos de todo o Brasil mostrou que 35% dos avaliados apresentavam níveis de estresse que já traziam algum comprometimento à saúde. A pesquisa foi feita em 2009 pelo Centro Psicológico de Controle do Stress e avaliou aleatoriamente cerca de 3.000 pessoas

Lula defende projeto contra palmadas e diz que "beliscão dói pra cacete"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu apoio do Congresso nesta quarta-feira para aprovar projeto de lei do governo que inclui "castigo corporal" e "tratamento cruel e degradante" como violações dos direitos na infância e adolescência. Hoje, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) fala em "maus tratos", mas não especifica os castigos que não podem ser aplicados por pais, mães e responsáveis.


Lula afirmou que o projeto será criticado pelos setores conservadores da sociedade, mas que o governo está preparado para esse debate.


"Beliscão é uma coisa que dói pra cacete", disse e complementou que se considera uma pessoa "abençoada" por nunca ter apanhado dos pais. "Meu pai era um homem bruto, quem viu o filme [Lula, o Filho do Brasil] sabe, mas nunca apanhei dele e nunca bati nos meus filhos", afirmou.

Lula disse que falta conversa entre pais e filhos, principalmente para discutir sobre sexo. Afirmou que os pais não têm tempo para os filhos, mas conseguem encontrar tempo para "tomar cerveja".

O presidente aproveitou o evento de comemoração dos 20 anos do ECA, no CCBB, sede provisória do governo, para rebater críticas ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado em dezembro do ano passado.

"Viram a quantidade de críticas que fomos vitimas? De ataques que esse companheiro [Paulo Vannuchi, ministro da Secretaria de Direitos Humanos[ recebeu na questão da terra, da comunicação. Fui pegar o que foi feito em 2006 e em 2002 e era muito mais radical [do que fizemos]", afirmou. A diferença, disse Lula, sem citar o antecessor, é que o governo Fernandeo Henrique propôs medidas radicais que não executaria, mas seu governo pretendia colocar em prática o que estava no PNDH.

Fonte: Folha de São Paulo