terça-feira, 17 de novembro de 2009

Excesso de trabalho pode causar problemas físicos e psicológicos

Problemas musculares lideram o ranking de pedidos de licença.Ocorrência de doenças ligadas ao sistema nervoso está cinco vezes maior

Como é possível saber se estamos trabalhando demais? O que é excesso de trabalho para um, pode não ser para outro. Por isso, é importante refletir sobre quais são os limites físicos e psicológicos.

Tem ficado extremamente cansado? Com dores no corpo? Dor de cabeça? Muita sonolência? O trabalho está sem sentido? Às vezes, nem tem vontade de ir trabalhar. Esses podem ser indícios de que está com uma carga de trabalho muito pesada.

“Na década de 90 nós tínhamos um grande aumento de lesões por esforços repetitivos. Para o século XXI, posso dizer com segurança que as questões dos aspectos psicológicos são as que estão influenciando mais a vida dos trabalhadores” explica a médica Vera Zaher.

Pelos números dos auxílios-doença do Ministério do Trabalho, os problemas musculares continuam liderando o ranking de pedidos de licença. De 2006 para 2008 houve um aumento de mais de 500% (de 19.956 para 117.353).

Mas o que vem chamando a atenção dos médicos nos últimos anos é que a ocorrência de doenças relacionadas ao sistema nervoso está cinco vezes maior. Em dois anos subiu de 1.835 para 9.306 pedidos.

E nesse mesmo período, os transtornos mentais e comportamentais tiveram um aumento de mais de 1.900%. Foram pouco mais de 600 pedidos de licença para mais de 12 mil (de 612 para 12.818).


Veja o que fazer se a carga de trabalho estiver pesada demais :

-Converse com o seu supervisor
-Tenha disciplina
-Cumpra os horários e deixe claro para a chefia quando a tarefa é feita
-Tente se manter concentrado
-Ache um tempo para você e descubra tarefas para se desligar do trabalho
-Aproveite os momentos com a família

Fonte: G1

Procuradoria entra com ação para que parlamentares devolvam salários acima do teto

Fonte: GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Ministério Público Federal no Mato Grosso abriu investigação contra parlamentares que estariam recebendo salários acima do teto do funcionalismo público federal, fixado em R$ 25,7 mil.

O senador Jayme Campos (DEM-MT), que está licenciado do Senado, e os deputados Carlos Bezerra (PMDB-MT) e Thelma de Oliveira (PSDB-MT) estariam recebendo, além do salário parlamentar de R$ 16,5 mil, pensão de R$ 12,2 mil por serem ex-governadores ou cônjuges de ex-governadores do Estado.

Quatro procuradores do Ministério Público pedem, na ação, a adequação dos rendimentos dos parlamentares ao teto máximo do funcionalismo --uma vez que cada um recebe o valor de pouco mais de R$ 3.000 acima do teto. Os procuradores também pedem a devolução do dinheiro acima do teto desde 2007, quando os senadores teriam passado a receber o benefício da pensão.

Segundo a Procuradoria, os parlamentares acumularam cerca de R$ 300 mil além do teto entre 2007 e 2009. A ação é assinada pelos procuradores Ana Carolina Oliveira Tannús Diniz, Douglas Santos Araújo, Thiago Lemos de Andrade e Vanessa Ribeiro Scarmagnani.

No Mato Grosso, de acordo com o Ministério Público, é previsto desde 1998 o pagamento de pensão vitalícia para ex-governadores ou ocupantes do cargo. Para os procuradores, causa "perplexidade" o fato de que a pensão pode ser paga a ex-governadores que tenham exercido interinamente o cargo ainda que por um só dia, com a assinatura de apenas um ato de governo.

Também é previsto o pagamento da pensão a cônjuges de ex-governadores que já morreram, como é o caso de Thelma de Oliveira --mulher do ex-governador Dante de Oliveira.

Licença

Campos de afastou do Senado em agosto. No pedido de licença encaminhado à Casa, o senador alegou motivos particulares para se afastar da Casa por 120 dias --o que suspendeu o pagamento de seu salário no Senado.

Desde agosto, o parlamentar não recebe acima do teto salarial, mas acumulou o benefício desde 2007, quando assumiu a cadeira na Casa --assim como os dois deputados.

O TCU (Tribunal de Contas da União) realiza desde agosto auditoria na folha de pagamento do Senado para verificar a legalidade dos salários pagos pela instituição.

Em nota, o TCU afirma que a auditoria foi solicita pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para apurar eventuais irregularidades nos salários pagos pela instituição aos seus servidores. Segundo o TCU, a auditoria entrou na fase de execução para identificar supostos desvios.

Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" afirma que a despesa do Senado com valores acima do teto constitucional (fixado em R$ 25,7 mil) nos salários de 472 funcionários já consumiu R$ 50 milhões nos últimos anos, segundo a auditoria do TCU.

Ministros de 40 países realizam última reunião antes da cúpula de Copenhague

Fonte:da Efe, em Copenhague (Dinamarca)

Os ministros de Clima e do Meio Ambiente de 40 países iniciaram nesta segunda-feira (16), em Copenhague, uma reunião de dois dias que é o último encontro oficial previsto antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 15, que será realizada em dezembro na capital dinamarquesa.

Na reunião, batizada de "pré-COP", serão abordados os principais temas incluídos na agenda da conferência da ONU, informou o Ministério do Clima dinamarquês, cuja titular, Connie Hedegaard, atuará como anfitriã do encontro.

A lista de participantes inclui "países centrais" no processo negociador, como Estados Unidos, China e Índia, mas também países africanos e ilhas-Estado afetadas por um hipotético aumento do nível do mar, causado pelas mudanças climáticas.

"A pré-COP é o lugar onde realmente temos que ir ao centro das discussões, incluindo os assuntos problemáticos. Não temos mais tempo disponível", afirmou Hedegaard.

A ministra dinamarquesa ressaltou que o fato de uma representação política de alto nível estar reunida em Copenhague reflete que existe uma "vontade real" de trabalhar para se chegar a um acordo sobre o clima na cúpula de dezembro.

Adiamento

No entanto, até mesmo o anfitrião de Copenhague, o primeiro-ministro da Dinamarca Lars Lokke Rasmussen, propôs neste domingo (15) em evento com 19 líderes mundiais, incluindo os EUA e China, que um acordo legal e definitivo deve ser adiado.

Esperava-se que o acordo determinasse uma meta global de corte de emissões de dióxido de carbono, que entrasse em vigor depois da expiração do protocolo de Kioto, em 2012.

A reunião será realizada a portas fechadas, mas a previsão é de que Hedegaard e Yvo de Boer, secretário-executivo da convenção da ONU sobre o clima, realizem uma entrevista coletiva na terça-feira (17), após o encerramento do encontro.

Lula cobra EUA e China e diz que Brasil vai apresentar sua meta em Copenhague

Fonte:da Efe, no Rio de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (16) que espera que Estados Unidos, China e os outros países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que expressaram seu pessimismo sobre um acordo sobre o clima, assumam compromissos básicos na cúpula de dezembro, em Copenhague.

Lula ratificou que confia no êxito da cúpula de Copenhague e que assistirá à reunião.

Em seu programa de rádio, o presidente assegurou que de todo modo o governo brasileiro apresentará em Copenhague seu "compromisso voluntário" de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.

Apesar de os países do Apec terem considerado no domingo (15) que é "pouco realista" pensar em um acordo definitivo em Copenhague, Lula, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", disse que espera que na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática, que será realizada em Copenhague em dezembro, seja alcançada pelo menos a definição de "princípios básicos".

"Espero que em Copenhague eles consigam avançar para, pelo menos, assumir alguns princípios básicos para que possamos conseguir reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa", disse Lula, em seu programa semanal de rádio.

Lula lamentou que EUA e China, os dois principais responsáveis pelas emissões mundiais de gases poluentes, não tenham alcançado avanços sobre um acordo sobre a mudança climática na reunião que realizaram ontem em Cingapura.

Os líderes de 19 países do Apec, incluindo o americano Barack Obama e o chinês Hu Jintao, consideraram "pouco realista" alcançar um acordo legalmente vinculativo em Copenhague e em seu lugar apoiaram uma solução "em dois tempos", explicou o conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Froman.

Em Copenhague, segundo os membros da Apec, seria buscado um acordo "politicamente vinculativo" que inclua "todos os aspectos principais das negociações", mas os compromissos específicos, como os números sobre a redução de emissões poluentes, ficariam para uma cúpula posterior.

Meta brasileira

Sobre o "compromisso voluntário" do governo brasileiro de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020, o presidente ressaltou que se trata de uma decisão "muito importante" e que foi tomada por "conta própria".

"Uma parte disso começa já com o compromisso que assumimos de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, mas também vamos fazer esforços na agricultura, [...] que pode produzir mais sem fazer emissões de gases de efeito estufa", disse.

Lula destacou que o Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia de 12.900 quilômetros quadrados no ano passado para 7 mil quilômetros quadrados este ano, "em uma demonstração extraordinária de que o plano está tendo resultado e que vamos seguir trabalhando para que seja ainda mais bem-sucedido".

"Vamos preservar uma parte do cerrado, o que também vai contribuir com a diminuição [das emissões]. E mudaremos a lógica da produção de aço: em vez de usar carvão mineral vamos usar carvão vegetal", acrescentou.

O presidente disse ainda que o Brasil também dará prioridade às usinas hidroelétricas, que são menos poluentes, e que reduzirá o uso das termelétricas a diesel.

"Isso será uma contribuição extraordinária que o Brasil oferecerá ao mundo", declarou.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

País supera a marca de 1 milhão de empregos criados em 2009

Fonte: Robson Bonin
Do G1, em Brasília

Em outubro, Brasil criou 230.956 mil postos de trabalho.
Número de vagas geradas é positivo pelo nono mês.

O Brasil gerou 230.956 mil novos empregos formais em outubro, e ultrapassou a marca de 1 milhão de postos de trabalho criados em 2009, informou nesta segunda-feira (16) o Ministério do Trabalho. Com o resultado deste mês, o saldo acumulado de novos empregos já totaliza 1.163.607. O resultado de outubro foi fruto da diferença entre 1.433.915 admissões, contra 1.202.959 demissões.



No levantamento apresentado mês passado, os números referentes a setembro - 252,617 mil novos empregos - representaram um recorde no ano e o maior desde setembro de 2008 (282,841 mil).



Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi o melhor outubro da história no número de vagas criadas. A exemplo do que ocorreu em setembro, o setor da indústria de transformação, com 74.552, foi a principal responsável pelo crescimento de postos de trabalho no mês. Até agosto, o setor que mais vinha gerando emprego no Brasil este ano era o de serviços.


Após o bom desempenho de setembro e outubro, Lupi havia elevado a previsão para a geração de novos empregos formais este ano de 1 milhão, que calculava até agosto, para 1,1 milhão. Os números de outubro já fazem Lupi afirmar que novembro poderá ser outro ano histórico para a geração de postos de trabalho: "Ouso afirmar que vai ser um mês recorde. Vamos ter o melhor novembro da história."


O número atual de postos de trabalho ainda é muito inferior ao de 2008 (1,45 milhão) e ao recorde de 2007 (1,61 milhão). Lupi prevê que o mês de dezembro será negativo em cerca de 200 mil postos, o que vai segurar a média em 1,1 milhão de postos. "Vamos ter um número negativo, mas vai ser menos que nos outros anos", diz Lupi. Em outubro de 2008, a criação de empregos somou 61.401.


O Brasil já superou os cerca de 800 mil postos de trabalho formais perdidos entre novembro do ano passado e janeiro de 2009, em consequência da crise econômica global. Em setores como a indústria, a redução da produtividade levou empresas a demitir funcionários, o que se refletiu no número de empregos a partir de outubro de 2008. Em fevereiro, o país iniciou a trajetória de recuperação.

Meta para 2010

Com os números de outubro, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se mostra empolgado com o crescimento do mercado de trabalho e já prevê que em 2010 o país deva superar a marca de 2 milhões de postos de trabalho, praticamente o dobro do registrado até agora no ano.


"Temos que acabar com o complexo de ser pequeno. Por isso, planejo 2 milhões de empregos para 2010. Viveremos o melhor ano do presidente Lula e da história da geração de empregos. É só continuar acreditando no país", afirmou Lupi.


O ministro não considerou uma surpresa o fato de o país ter superado a meta de 1 milhão de postos de trabalho em outubro. Para Lupi, o bom resultado já estava previsto: "Não me surpreende esse número porque, desde março, nós tínhamos lembrando a solidez da economia e da força do mercado nacional."


Em relação ao mercado internacional, Lupi comemorou os dados lembrando que o país foi o primeiro das nações que integram o G20 a gerar mais de um milhão de postos de trabalho: "Isso mostra que o Brasil foi o único país do G20 que gerou mais de 1 milhão de empregos formais."

Setores

A geração significativa de postos de trabalho para o mês de outubro ocorreu por conta da expansão recorde em cinco dos oitos setores de atividade econômica do país. Depois da indústria de transformação, o segundo melhor desempenho foi do setor de serviços (mais 69.581 postos), com o comércio (68.516) e a construção civil (26.156) na sequência. Aexceção foi a agropecuária, que teve um número negativo (-11.569).

Regiões

As cinco regiões do país elevaram o nível de emprego, apresentando quatro saldos recordes e um segundo maior saldo para o mês. Entre os estados, 14 registraram recordes de geração de postos de trabalho e oito tiveram o segundo maior saldo para o mês.


O Sudeste, com 108.035 postos, foi a região com maior crescimento. Destaque para São Paulo (69.146), Rio de Janeiro (16.705) e Minas Gerais (15.898), todos com desempenho recorde no período.


O Nordeste teve o segundo melhor resultado, com 49.334 postos criados. O Sul veio em terceiro com 49.165 empregos formais. Norte (15.130) e Centro-Oeste (9.292) completam a lista.

Dezembro

O Ministério do Trabalho prevê uma queda na geração de empregos para o mês de dezembro, período em que há um número elevado de demissões. "Temos sempre, no mês de novembro, o começo da diminuição da geração de trabalho. O índice de trabalho em dezembro é negativo em 300 mil por conta dos contratos temporários. Mas nesse ano o número negativo vai ser menor", avalia Lupi.

Lula, Dilma e Minc discutem em SP meta para Copenhague

Fonte:da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) vão discutir sobre a cúpula de Copenhague nesta sexta-feira (13), a partir das 15 horas, no escritório regional da Presidência da República em São Paulo.

De acordo com o blog de Josias de Souza, Dilma deve fazer o anúncio oficial da meta brasileira para redução dos gases-estufa logo após essa reunião.

A assessoria da Presidência afirma que não está confirmado anúncio após a reunião, mas considera apenas que ele é possível.

Na terça-feira (10), Minc havia declarado que a propostas brasileira seria cortar cerca de 40% do gás-estufa, confirmando afirmação anterior de Dilma, da segunda-feira (9).

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que acontecerá de 7 a 18 de dezembro em Copenhague, Dinamarca, busca chegar a um acordo sobre as emissões de gases de efeito estufa, substituindo em 2012 o Protocolo de Kyoto.

No entanto, a última rodada de negociações antes da conferência de Copenhague, encerrada sexta-feira passada (6) em Barcelona, na Espanha, deixou muitas incógnitas sobre o futuro acordo internacional, que podem precisar de mais um ano para uma solução.

O primeiro-ministro dinamarquês Lars Loekke Rasmussen enviou nesta quinta-feira (12) a 191 chefes de Estado e de governo os convites para participar da cúpula.

Pesquisa sobre a Saúde dos Professores no RS

Líderes de países ricos descartam acordo definitivo em Copenhague

Metas obrigatórias de redução de emissões devem ficar só para 2010, em uma próxima conferência

Claudia Trevisan

Fonte: Estadao.com.br

Líderes políticos da região asiática, dos Estados Unidos e da Europa descartaram ontem a possibilidade de assinar um novo tratado climático internacional em Copenhague, no mês que vem. No linguajar diplomático, fala-se agora em um acordo "politicamente vinculante", em vez de "legalmente vinculante", o que ficaria para uma próxima conferência, em 2010.

Na prática, isso significa que as metas obrigatórias de redução de emissões de gases do efeito estufa para a segunda fase do Protocolo de Kyoto seriam definidas só no ano que vem.

"Dado o fator de tempo e a situação de alguns países específicos, deveríamos, nas próximas semanas, focar esforços no que é possível fazer, sem nos deixar distrair por aquilo que não é possível", disse o primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen. Anfitrião do encontro do próximo mês, Rasmussen fez ontem uma viagem não programada a Cingapura, para conversar com os governantes das 21 nações que compõem a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) - grupo que inclui os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases do efeito estufa.

O possível, segundo Rasmussen, seria um acordo político em Copenhague que estabelecesse diretrizes básicas e um novo prazo para negociação de metas específicas de redução de emissões. O impossível seria fechar essas metas já no mês que vem, antes que o projeto de lei sobre mudança climática dos Estados Unidos possa ser votado no Congresso americano.

"Mesmo que não consigamos definir todos os detalhes de um instrumento legalmente vinculante, eu acredito que um acordo político de caráter obrigatório, com compromissos específicos de mitigação e financiamento, fornecerá bases sólidas para ação imediata nos próximos anos", disse Rasmussen.

Esse documento político, que poderia ter de cinco a oito páginas, criaria mecanismos para o enfrentamento imediato do problema, "antes mesmo que uma nova estrutura legal seja acordada, assinada, ratificada e efetivada", completou o primeiro-ministro dinamarquês.

A opinião dos governantes que se reuniram sábado e domingo em Cingapura foi transmitida pelo vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Froman. "Os líderes avaliaram que seria irrealista esperar um amplo acordo internacional legalmente vinculante entre agora e o início de Copenhagen (no dia 7)", disse o norte-americano, segundo as agências internacionais.

Na verdade, as negociações começaram há dois anos, após a conferência de Bali, na Indonésia, que estabeleceu 2009 como prazo legal para renovação das metas do Protocolo de Kyoto. Vários países industrializados, porém, condicionam a definição de suas metas à participação dos Estados Unidos - algo que depende da votação da lei americana no Congresso.

A disposição internacional de aprovar metas ambiciosas e obrigatórias de corte de emissões diminuiu depois da crise econômica de 2008. Os países ricos estão preocupados com a situação econômica e resistem a assumir compromissos que possam prejudicar a retomada do crescimento.

O tema está na agenda do presidente americano Barack Obama, que desembarcou ontem em Pequim para um encontro com o presidente chinês, Hu Jintao. Anteontem, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, criticaram uma suposta estratégia dos colegas americano e chinês de negociar um acordo climático bilateral, em detrimento de um tratado internacional em Copenhague.