sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Críticos elogiam Lula e falam em "decepção" sobre Obama

Fonte: Terra Portal
Lúcia Müzell
Direto de Copenhague

Um discursou logo após o outro no plenário da Conferência do Clima de Copenhague, na Dinamarca, mas os resultados das falas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama foram diametralmente opostos nos corredores do Bella Center, onde acontece o evento. Enquanto Lula entusiasmou os poucos otimistas que ainda restam no centro de conferências, Obama foi alvo de críticas e decepcionou os que esperavam que ele pudesse mudar o rumo das negociações na reta final.

As diferenças já puderam ser vistas durante os pronunciamentos: Lula teve quatro vezes o discurso interrompido por aplausos, enquanto Obama nenhuma vez - apesar de as palavras do americano serem as mais aguardado de todo o evento. Ao final dos discursos, mais uma vez as palmas enfáticas para o brasileiro se distanciaram dos aplausos meramente protocolares dispensados ao americano.

"O Lula mandou muito bem e abriu a porta para quem sabe as negociações tomarem outro rumo", disse Paulo Adário, um dos coordenadores do Greenpeace Brasil. Adário elogiou a postura de vanguarda que o Brasil assumiu, ao oferecer contribuição financeira para o Fundo Global de Mudanças Climáticas para os países pobres. "A gente sabe que o Brasil não é mais nenhum Haiti e vínhamos cobrando isso há anos do presidente. Ele fez o que a gente esperava dele."

O coordenador da ONG Vitae Civilis, Rubens Harry Born, destacou que a fala improvisada de Lula fez toda a diferença. "Ele foi ele mesmo, falou com o coração e passou uma mensagem muito legal de comprometimento. Acho que essa postura pode ter efeitos nas negociações", afirmou Born.

O francês Fabrice Bourger, membro da delegação do seu país, achou que o país deu um exemplo "sem precedentes" e que o discurso de Lula o aproxima ainda mais dos europeus. "Foi constrangedor para os outros países. Mas, sinceramente, nós não esperávamos outra coisa de Lula", afirmou Bourger. "Ele se destaca de todos os outros líderes com essa posição aberta ao diálogo, sem perder a firmeza e a determinação."

Obama: "mico da história"
Já as palavras em relação a Obama foram bem diferentes. "Arrogante", "estúpido", "burocrático" e autor de um "mico histórico" são apenas algumas das definições empregadas nos corredores da COP-15.

"Uma parte, foi de palavras da boca para a fora (como a frase de que "não se pode mais perder tempo" para salvar planeta). E a outra, um verdadeiro absurdo. Foi um mico histórico", disse Born. Para o coordenador da Vitae Civilis, Obama só reforçou o discurso intransigente que os Estados Unidos vinham defendendo na Cúpula do Clima e não trouxe nenhuma novidade. E ainda usou como desculpa para a falta de ação um argumento que todos os países democráticos poderiam utilizar, se quisessem: o de que não pode fazer nada sem a aprovação prévia do Congresso de seu país.

Adário, do Greenpeace, foi ainda mais duro. "A postura do Obama naquele púlpito foi socialmente arrogante e politicamente estúpida. Não está nem perto de assumir a posição de liderança que as pessoas esperavam dele", afirmou, destacando que as três condições impostas pelo americano para que assine um acordo - transparência, verificação das ações e metas de redução baixas - devem manter as negociações travadas.

Também a ausência de especificações sobre quanto os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir para fundo internacional de financiamento decepcionaram. Obama garantiu apenas que o país vai entrar com recursos, mas não detalhou nem quanto, nem quando. Bourger, negociador francês, preferiu não se estender nos comentários, mas não escondeu a decepção. "Acho que os esforços da Europa não foram suficientes para mudar nem um milímetro da posição americana."

Também o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou o presidente americano e disse que o seu discurso "foi uma desgraça". "O Obama foi muito frustrante. Parecia até que o Lula tinha mais responsabilidades do que ele no plano climático mundial, de tanto que o Obama falou mal¿.

COP-15
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 7 a 18 de dezembro, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.

Acidentes de trabalho crescem 13,4% entre 2007 e 2008

O número de acidentes de trabalho registrados em 2008 aumentou 13,4% em relação a 2007. Em 2008 foram registrados 747.663 casos, contra 659.523 no ano anterior, segundo o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, divulgado hoje (15) pelo Ministério da Previdência Social. O documento foi elaborado em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwartz, afirmou que entre as seis principais causas de acidentes, quatro envolvem ferimentos nos punhos e nas mãos dos trabalhadores, mostrando que os processos de trabalho e a manipulação de objetos precisam ser redesenhados. O número de óbitos em 2008 foi de 2.757 casos, contra 2.845 em 2007, uma redução de 3,1%. Os casos de incapacidade permanente, no entanto, aumentaram em 28,6% em 2008 (12.071) em relação a 2007 (9.389).

O secretário vê também a necessidade de investimento em prevenção e maior preparo dos trabalhadores para evitar queimaduras, esmagamentos, amputações, cortes e inflamações e também mortes. Segundo ele, o Brasil registra hoje dados melhores do que na década de 90, embora os números ainda sejam preocupantes e exijam grande esforço das empresas, dos trabalhadores e do governo para o combate aos acidentes.

Helmut Schwartz lembrou que a partir de janeiro de 2010 as empresas receberão incentivos por meio da flexibilização das alíquotas do seguro de acidente de trabalho em casos de redução do número desses acidentes. Atualmente, elas pagam 1% sobre a folha de pagamento quando o índice de acidentes é baixo, 2% quando é médio e 3% quando os índices são altos. A instituição feita neste ano do fator acidentário de prevenção, que será informado pelas empresas anualmente, permitirá a flexibilização da alíquota, beneficiando as empresas que reduzirem os números de acidentes com o pagamento de alíquota menor.

Fonte: Agência Brasil

OIT: 43% dos homens trabalham mais de 44 horas semanais

Relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que 25,2% das mulheres e 43,2% dos homens no Brasil trabalham mais de 44 horas por semana. Segundo o estudo, a jornada semanal chega a ser de mais de 48 horas para 13,7% das pessoas do sexo feminino e para 25,2% daquelas do sexo masculino.

De acordo com a publicação Perfil do Trabalho Decente no Brasil, a média semanal de trabalho das mulheres entre 1992 e 2007 foi de 36,4 horas e a dos homens, de 44,4 horas.

A OIT alerta ainda que o número de horas semanais que as mulheres dedicam aos afazeres domésticos supera em 12,5 o dos homens. Se for considerada a dupla jornada, as mulheres trabalham em média cinco horas a mais do que os homens.

A jornada semanal de 48 horas de trabalho havia sido estabelecida no Brasil em 1943, mas, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi reduzida a 44 horas. Dez anos depois, foi aprovada a Lei nº 9.601, que criou o chamado banco de horas (sistema de compensação de horas extras).

Em momentos de grande atividade da empresa, a jornada de trabalho pode ser ampliada em até duas horas extras por dia, sem que esse período trabalhado a mais seja remunerado, mas compensado posteriormente em momentos de redução da produção, por meio de folgas ou de diminuição da jornada diária até a quitação das horas excedentes.

Fonte: Terra

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OIT: taxar emissões de CO2 pode aumentar empregos

A criação de uma taxa para onerar as emissões de gases de efeito estufa pode aumentar o nível de empregos no mundo, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A taxação de carbono será uma das propostas discutidas durante a 15° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começou hoje e vai até o dia 18 em Copenhague, na Dinamarca. Na reunião, 192 países tentarão chegar um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto após 2012.

A conta da OIT considera o repasse da arrecadação com a taxação do carbono para criação de subsídios que diminuam a carga trabalhista das empresas e, assim, estimular a abertura de novos postos de trabalho.

Até 2014, a medida poderia aumentar em 0,5% o nível de emprego, com mais de 14,3 milhões de novas vagas. De acordo com a OIT, a expansão depende da aplicação de políticas “verdes” combinadas com práticas de trabalho decente.

“Esses empregos não se criarão automaticamente. São necessários programas que promovam a transição nos mercados de trabalho e as competências profissionais necessárias para que esses novos empregos se tornem realidade”, diz a entidade.

Atualmente, segundo a OIT, cerca de 40% dos empregos do mundo estão em setores de altas emissões de carbono, num total de 600 mil trabalhadores.

Fonte: Abril

Obama procura Lula para buscar "resultado positivo" em Copenhague

Fonte: Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou nesta quarta-feira (16) por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de seus esforços para impulsionar um resultado positivo da cúpula sobre mudança climática (COP15), que acontece em Copenhague.

"O presidente Obama destacou ao presidente Lula a importância de os dois países continuarem trabalhando para conseguir um acordo concreto que signifique um verdadeiro progresso e determinar uma ação global para enfrentar a ameaça da mudança climática", segundo informou a Casa Branca.

Na conversa, Obama disse que o Brasil tem um papel-chave. E tratou sobre as medidas tomadas pelos EUA e sobre o compromisso para um acordo em Copenhague, em respeito à redução das emissões, o financiamento e um regime de cumprimento transparente e internacionalmente observável.

O presidente americano também telefonou para o primeiro-ministro de Granada, Tillman Thomas, com o mesmo objetivo, declarou a Casa Branca.

COP-15

Os EUA endureceram sua postura nas já difíceis negociações na cúpula da ONU sobre mudança climática (COP-15), realizada em Copenhague, ao se negar a mudar as datas de referência para a redução de gases do efeito estufa, segundo o grupo ambientalista Greenpeace.

O coordenador político para a América Latina da organização ambientalista, Gustavo Ampugnani, disse nesta quarta-feira (16) que Washington apresentou na madrugada de terça-feira um documento com uma cruz no lugar da data a partir da qual se deve partir para calcular as emissões de dióxido de carbono (CO2).

Antes de ir a Copenhague, Washington tinha oferecido reduzir suas emissões de CO2 em 17% até 2020 em relação a 2005, o que representa 4%, em comparação com os parâmetros usados pela União Europeia (UE) e por outros países industrializados, que partem de 1990.

Na terça-feira (15), o enviado norte-americano para as mudanças climáticas, Todd Stern, disse que os EUA não pretendem aumentar, suas metas de redução de emissões de gases-estufa até 2020.

Stern também defendeu a oferta que apresentaram para a redução das emissões de gases estufa, que, de acordo com os americanos, é "comparável às demais" e, em alguns casos, até melhor que a da UE --apesar de ser, na prática, inferior.

Com esse ponto de partida dos EUA e diante do bloqueio atual das negociações na cúpula, a única solução é que os mais de cem chefes de Estado e de governo que começaram a chegar à capital dinamarquesa assumam diretamente as negociações, disse Ampugnani.

Com Efe

OIT vê progresso em acordos coletivos no Brasil

O sucesso contínuo na reposição salarial por meio de acordos coletivos nos últimos anos abre caminho para formas não judiciais de solução de conflitos. Acordos e convenções coletivas cada vez mais efetivos, firmados longe dos tribunais, refletem o amadurecimento de empresas, empregados e sindicatos na negociação de interesses, o que pavimenta o caminho para a aceitação da arbitragem e da conciliação para resolver divergências trabalhistas.

A opinião é de especialistas no Direito do Trabalho que se depararam com os números mais recentes da Organização Internacional do Trabalho sobre a qualidade de trabalho no Brasil. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (16/12), a entidade aponta que, em 2007, 88% dos acordos e convenções coletivas acompanhadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) asseguraram a recomposição de perdas salariais ao menos referentes ao ano-base anterior. Foi o melhor resultado desde 1996, sendo 2007 o quarto ano seguido em que as perdas foram compensadas dessa forma, o maior período em que essas negociações garantiram reposições e aumento real de salários. A pesquisa avaliou dados de 1992 a 2007.

Os acordos foram mais frequentes na indústria (94%), em seguida no comércio (85%) e no setor de serviços (81%). Entre os reajustes que superaram a inflação, 70% ficaram abaixo de 2% de ganho real, e 2,5% conseguiram superar os 4% de aumento.

“Há um amadurecimento de ambos os lados”, diz o advogado Geraldo Baraldi, do escritório Demarest & Almeida Advogados. Na sua opinião, trabalhadores, empresas e sindicatos demonstram entender que é mais fácil lavar a roupa suja dentro de casa do que ter de chamar um terceiro distante do assunto. “Às vezes a decisão da Justiça não agrada nem o empregador, nem o trabalhador. Ninguém melhor do que as próprias partes para saber o que lhes interessa”, diz.

Para Orlando Almeida, do Homero Costa Advogados, o que existe é uma especialização nas discussões. “O costume em negociar está ensinando negociação”, afirma. Segundo ele, o hábito pode abrir caminho para derrubar a resistência contra a arbitragem na área trabalhista. O meio é muito usado na área civil e comercial por ser mais rápido, mas ainda não é bem visto principalmente pela Justiça, que entende que essa é uma forma de transacionar direitos, o que é ilegal. “Quando as partes começam a verificar que negociar é evitar litígios, a tendência é que formas alternativas de solução ganhem espaço”, diz ele.

A Justiça também é responsável por esse resultado, segundo o juiz Rogério Neiva Pinheiro, da 20ª Vara do Trabalho de Brasília. Ele explica que a Emenda Constitucional 45/04 introduziu o parágradfo 2º ao artigo 114 da Constituição Federal, determinando que, para o prosseguimento dos julgamentos de dissídios coletivos na Justiça, é necessária a concordância entre as partes. “A intenção do legislador foi de que houvesse acordo, caso contrário, não existiria solução”, diz. O próprio Tribunal Superior do Trabalho, segundo ele, também vem flexibilizando antigas determinações, o que tem ajudado nas negociações. “A corte já admite que o adicional de periculosidade seja pago em valor abaixo do legal, e que o intervalo entre as jornadas sejam fracionados, por exemplo”.

O Perfil do Trabalho Decente no Brasil, relatório divulgado nesta quarta, foi construído pela OIT com base em dados apurados até 2007 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. O estudo analisou oportunidades de emprego, jornada de trabalho, combinação entre trabalho e vida familiar, trabalho infantil e forçado e ambiente de trabalho seguro. O relatório é um dos projetos-piloto para avaliar os programas de Trabalho Decente. O Brasil participa como voluntário juntamente com Áustria, Ucrânia, Malásia e Tanzânia. O projeto foi financiado pela União Europeia.

O estudo foi apresentado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada pelo especialista da OIT José Ribeiro, coordenador nacional do projeto Monitorando e Avaliando o Progresso do Trabalho Decente, e teve a participação do diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro.

Entre as boas notícias estão a diminuição do trabalho infantil, o maior número de trabalhadores registrados e a maior quantidade de idosos que recebem benefícios como aposentadoria ou pensão, o que contribui para a aceleração da economia. De 2003 e 2007, a queda na taxa de desemprego foi constante. Entre as ruins, a persistência de trabalho forçado, a constante diferença no salário pago a homens e mulheres e a negros e brancos na mesma função, e o alto número de jovens e adolescentes que não estudam nem trabalham.

Embora tenha registrado uma queda na quantidade de horas trabalhadas acima do permitido semanalmente, o levantamento ainda aponta números expressivos. Até 2007, a jornada semanal de trabalho era maior que 44 horas para 35% dos empregados com carteira assinada, e estava acima de 48 horas para 20% deles. De acordo com Pinheiro, no entanto, essa realidade tem mudado visivelmente nos últimos dois anos. “A quantidade de processos sobre horas extras caiu bastante, principalmente em relação a bancos e supermercados”, diz. “As Casas Bahia são a única exceção no segmento, já que esse comportamento hoje é mais comum em médias e pequenas empresas. Não são raras médias de quatro horas extras diárias nesses casos”.

Fonte: Consultor Jurídico

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mulheres ganham menos e trabalham até 12 horas a mais que homens, diz OIT

Relatório da Organização Internacional do Trabalho divulgado nesta quarta-feira (16) indica que em 2007 as mulheres tiveram salários menores, ocuparam menos cargos de chefia e ainda cuidaram mais dos afazeres domésticos do que os homens, acumulando jornada semanal dupla de trabalho média de 12,7 horas a mais que a masculina.

De acordo com levantamento “O perfil do trabalho decente”, elaborado pela Escritório da Organização Mundial do Trabalho no Brasil, enquanto as mulheres gastam cerca de 22,3 horas semanais em afazeres domésticos, os homens dedicam cerca de 9,7 horas por semana à mesma atividade, uma média de 12,7 horas a menos.

No total, a jornada dupla das mulheres foi de 57,1 horas semanais, contra 52,3 horas dos homens.

Além disso, as mulheres receberam em média 29,7% a menos do que os homens em 2007.

O levantamento aponta que, apesar da inserção feminina no mercado de trabalho, ainda é desigual a dedicação de homens e mulheres aos afazeres domésticos, o que resulta em uma jornada dupla semanal feminina pesada.

"A sociedade ainda não entrou em um consenso de quem assume essa responsabilidade pela vida familiar. Muitas mulheres que assumem dupla jornada e isso pode ter seqüelas graves, como problemas de saúde e estresse", diz José Ribeiro, um dos autores da pesquisa e coordenador de projetos da OIT.

Cargos menores

O levantamento considerou a situação do mercado de trabalho entre 1992 e 2007 e dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).
Em 2007, as trabalhadoras representaram apenas 29% dos cargos de dirigentes e chefia.

Para José Ribeiro, os dados da pesquisa mostram que a discrepância de oportunidades de trabalho e ascensão profissional para homens e mulheres está diminuindo no Brasil, mas em ritmo lento.

"Ao longo dos anos há uma redução, relativamente lenta. Há evolução em alguns setores e desafios em outros, como é o caso da proporção de mulheres dirigentes, por exemplo", diz o pesquisador.

Fonte: G1

Na crise, trabalhador perde R$ 13 bi

massa salarial na indústria brasileira de transformação diminuiu R$ 13 bilhões em um ano de crise financeira internacional. A soma dos salários pagos pelas empresas do setor caiu de R$ 190 bilhões para R$ 177 bilhões entre outubro de 2008 e setembro de 2009. A diferença entre os dois valores supera em R$ 900 milhões os R$ 12,1 bilhões que serão pagos de 13º salário aos trabalhadores da indústria em geral neste ano.

As informações são de um levantamento inédito feito por José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O trabalho confirma que o estrago da crise global no mercado de trabalho na indústria foi além do corte no emprego.

No período analisado, a massa de salários caiu 5,3%, relativamente menos do que a produção industrial, cuja retração chegou a 8%, porém mais que o emprego, que recuou 4,1%.
"Na crise, as empresas cortaram horas extras, além de demitirem, o que em muitas empresas foi feito de uma forma seletiva, mandando embora funcionários de maiores salários", explica Roriz Coelho.

O executivo ressalta que empresas e trabalhadores, em sua grande maioria paulistas, chegaram a acordos para redução temporária de jornada e de salários na fase mais aguda da crise.
Apesar da retomada da atividade econômica observada desde o início deste ano, tanto a produção quanto a massa salarial e o emprego continuam abaixo dos níveis do período anterior à crise.

Fonte: Estadão

Em cinco anos, 11 morrem em obras de expansão do Metrô de São Paulo

15/12/2009 - 21h06

Em cinco anos, 11 morrem em obras de expansão do Metrô de São Paulo

Guilherme Balza
Fonte: Do UOL Notícias
Em São Paulo

A morte do operário Raimundo Maria de Almeida, 49, atingido nessa segunda-feira (14) por um trilho de aço de 700 kg enquanto trabalhava na construção da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, elevou para onze o número de mortos nas obras de expansão do metrô paulista nos últimos cinco anos. O acidente de ontem ocorreu entre as estações Tamanduateí e Vila Prudente, na zona leste da capital.

Entre março de 2005 e dezembro deste ano, ocorreram ao menos 13 incidentes graves nas obras de expansão da malha metroviária de São Paulo, segundo levantamento do Sindicato dos Metroviários. O caso mais marcante ocorreu em 12 de janeiro de 2007, quando sete pessoas morreram em um desabamento no canteiro de obras da futura estação Pinheiros, da Linha 4-Amarela.

Antes, em 16 de março de 2005, três trabalhadores ficaram feridos após explosão no canteiro de obras da estação Butantã, provocada pela detonação de uma espoleta para implosão de rochas. Em 21 de novembro do mesmo ano, um vazamento de gás, causado por uma escavadeira que danificou a tubulação, paralisou as obras da estação Fradique Coutinho.

Em 2 de dezembro de 2005, um acidente semelhante ao ocorrido na última segunda, porém com um final menos triste: um funcionário que trabalhava na estação Vila Sônia foi atingido por uma barra de ferro e caiu em um poço de 27 metros, mas apenas teve a perna quebrada.

Um dia depois, uma casa afundou e a edícula de outra desabou em razão de uma infiltração de água nas escavações do metrô entre as estações Faria Lima e Pinheiros. Outras três residências foram interditadas por medida de segurança. Na mesma semana, a parede de uma loja na avenida Cásper Líbero, no centro, desabou durante a demolição de um prédio que dará lugar a uma estação.

Em janeiro de 2006, 4.000 casas ficaram sem conexão telefônica por três dias após os cabos telefônicos serem atingidos no momento em que técnicos do Metrô faziam a medição do nível de água no subsolo próximo a estação Oscar Freire. Em abril, na mesma estação, uma fissura encontrada na parede de um túnel do Metrô provocou a interdição de oito casas na rua João Elias Saad.

Menos de um mês depois, um carro atingido por uma picape quase caiu em um buraco com 35 metros de profundidade, aberto nas obras da estação Oscar Freire, em um local com sinalização precária. Em 27 de junho, um operário que trabalhava nas obras da estação Fradique Coutinho foi soterrado após um deslizamento de terra. Ele foi encaminhado ao Hospital das Clínicas com ferimentos leves.

Em 3 de outubro de 2006, a primeira morte nas obras da Linha 4: o operário José Alves de Souza morreu soterrado depois de um desmoronamento em um túnel de 25 metros de profundidade na estação Oscar Freire. Outro operário sofreu apenas escoriações.

O operário José Alves de Souza morreu soterrado depois de um desmoronamento em um túnel de 25 metros de profundidade na estação Oscar Freire. Outro operário sofreu escoriações e foi levado ao Hospital das Clínicas. Já em outubro de 2008, um carpinteiro morreu após cair em um buraco de 30 metros, aberto nas obras da estação Paulista.

"Obras em ritmo acelerado"
Na avaliação de Manoel Xavier Lemos Filho, técnico do Metrô em projetos de expansão, uma possível aceleração no ritmo das obras pode ter causado tantos acidentes nos últimos anos, inclusive o ocorrido na última segunda-feira. "As obras estão em um ritmo muito acelerado, principalmente na linha 2", diz.

Para Lemos Filho, considerando o atual estágio das obras, "não há condições de concluir a obra até março", prazo prometido pelo governo do Estado de São Paulo para a conclusão do trecho em que Raimundo trabalhava. Março é ainda o prazo limite para a desincompatibilização do governador José Serra, caso dispute o Planalto pelo PSDB.

"As empreiteiras estão sendo pressionadas pelo governo para que consigam concluir a obra até março, e isso prejudica o trabalho e a segurança dos operários", afirma.

Segundo Lemos Filho, a morte de Raimundo foi causada por falhas na segurança e na execução da obra. "Em algum momento a segurança falou. Enquanto está se transportando uma carga pesada, não pode acontecer de um trabalhador estar embaixo, executando outra atividade", diz.

Ontem (14), em comunicado à imprensa, a Galvão Engenharia, construtora contratada para a obra, informou que está apurando as causas do acidente e disse que o içamento de materiais e equipamentos faz parte da rotina diária dos serviços na obra. A empreiteira disse que prestará toda a assistência à família do operário morto.

A reportagem do UOL Notícias perguntou à empresa se as obras estão ocorrendo em ritmo acelerado, mas até o momento não obteve resposta. A Secretaria do Estado de Transportes disse que só poderá responder sobre o assunto nesta quarta-feira (16).

A Delegacia de Investigações sobre Infração contra a Organização Sindical e Acidentes do Trabalho (Dosat) assumiu as investigações da morte do operário e intimou operários e técnicos que trabalham na obra a prestar esclarecimentos sobre as condições de trabalho no local e as circunstâncias da morte de Raimundo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sudeste concentra quase metade de todos os atendimentos do SUS no país

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta terça-feira (15) mostra que a região Sudeste é que a concentra o maior número de atendimentos ambulatoriais realizados pelo do SUS (Sistema Único de Saúde) no país. São 1,3 bilhão de atendimentos na região ou quase a metade dos 2,7 bilhões de procedimentos realizados em todo o Brasil - o que representa 49,14% dos atendimentos do SUS no país.

Atendimento do SUS
Sudeste1.371.337.168
Nordeste690.720.964
Sul372.355.491
Norte185.388.640
Centro-Oeste171.149.442
TOTAL2.790.951.705
A pesquisa "Presença do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades", que traça um panorama da atuação das três esferas de governo pelo Brasil, revelou ainda que o Estado de São Paulo, sozinho, concentra quase o mesmo número de funcionários do SUS de toda a região Nordeste. O Estado tem cerca de 465 mil funcionários contra pouco mais de 491 mil trabalhadores para os nove Estados do Nordeste.

Somando apenas os médicos, São Paulo tem mais de 54 mil no SUS enquanto todos os Estados nordestinos têm 36.284. O número é quase o mesmo da região Sul: 32.046 médicos. O Centro-Oeste (12.685) e Norte (7.535) são as regiões com menos médicos do SUS no país.

O documento revela, entretanto, que praticamente todos os municípios do país possuem pelo menos uma unidade ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS). A exceção ficou por conta das localidades de Paraíso (SP) e Mimoso de Goiás (GO), únicas cidades no país onde não há qualquer unidade do SUS para atender a população.

Saiba se você está trabalhando demais e o que fazer para reverter o quadro

Reorganizar a rotina e ter uma conversa com a chefia podem ajudar.Qualidade de vida envolve equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Você costuma ficar horas além da jornada na empresa, fala sobre o seu trabalho o tempo todo, mesmo nos dias de folga e em momentos de lazer, tem sintomas como dor de cabeça, insônia, perda de memória, ansiedade, depressão, irritabilidade e sensação de falta de energia? Esses podem ser indícios de que você está trabalhando demais.

E especialistas alertam: somente se dedicar ao trabalho e não cuidar dos relacionamentos com a família e amigos e com o desenvolvimento pessoal pode levar à baixa produtividade no trabalho, exaustão e ao adoecimento. E a solução, segundo eles, não é necessariamente mudar de emprego, mas reavaliar prioridades e estabelecer metas diárias que possam ser cumpridas dentro do horário de expediente. Além disso, ter uma conversa franca com a chefia também pode ajudar a reverter o quadro.

De acordo com o médico Alberto Ogata, presidente Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), muitas vezes o funcionário percebe que tem que trabalhar muitas horas, com prazos curtos e tem a percepção de que está sempre com tensão e sob pressão. “Não tem tempo para se encontrar com os amigos, praticar atividade física, ter refeições nos horários corretos ou mesmo ir ao médico para uma avaliação anual”, diz.

O médico diz que os sintomas mais comuns do excesso de trabalho são dores de cabeça, cansaço, dor nas costas e na nuca, insônia, perda de memória, hipertensão, ansiedade, depressão, irritabilidade e sensação de falta de energia.

Para Cleo Wolff, consultora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o primeiro sintoma do excesso de trabalho é o cansaço do ponto de vista físico e a desmotivação do ponto de vista psicológico. “O foco que antes tínhamos em relação às nossas metas se torna mais difuso, e as decisões passam a ser mais difíceis”, explica.

Cleo diz que o funcionário deve ter consciência de que não suportar a carga horária não é sinônimo de incompetência profissional. Por isso, não deve pensar que precisa mudar de emprego, e sim refazer seu cronograma de trabalho.

“Naturalmente, há momentos em que se exige maior dedicação, inclusive de tempo, por exemplo, para a conclusão de projetos especiais, mas isso não deve se transformar em uma rotina. Muitas vezes, a solução está no planejamento e organização do trabalho e o estabelecimento de prioridades”, diz Ogata.

O médico, autor do livro “Guia Prático de Qualidade de Vida”, diz que a busca da qualidade de vida envolve o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “As pessoas devem ter tempo para si mesmas e isso deve ocupar um espaço na agenda e não ser relegado a um horário livre”, afirma.

Se na década de 90 houve um aumento na ocorrência das chamadas lesões por esforços repetitivos, segundo Ogata, o fortalecimento da área de serviços, a disseminação do “teletrabalho” (trabalho à distância) e do horário flexível e o uso intensivo da tecnologia da informação criaram uma nova realidade no mundo do trabalho.

“O excesso de demanda, a falta de autonomia e de controle, as novas exigências e sensação de insegurança no emprego fizeram com que os aspectos emocionais, como estresse, depressão e ansiedade se tornassem os principais fatores relacionados ao adoecimento dos trabalhadores”, diz o médico.

Questionado se o excesso de trabalho pode matar, ele afirma que, a longo prazo, o estresse crônico pode ser um dos fatores que levam a doenças cardiovasculares (infarto e derrame cerebral), diabete, problemas gastrointestinais e alguns tipos de câncer. “Frequentemente, as pessoas com nível elevado de estresse estão mais sujeitas a acidentes, casos de violência, depressão grave, síndrome do pânico e até suicídio”, afirma.

Segundo ele, houve casos de suicídio entre trabalhadores associados ao estresse de produzir mais, com mais qualidade e custos mais baixos.

'Síndrome de Burnout'

Há ainda a chamada “Síndrome de Burnout”, estágio avançado de estresse e estafa por conta do excesso de trabalho. Segundo Ogata, o termo "burnout" pode ser traduzido como "queimar até o fim".

“Trata-se de uma reação prolongada aos fatores de estresse que geram uma sensação muito forte de exaustão, ineficácia e falta de realização que culmina em desligamento do trabalho. A pessoa sente estar além dos limites e sem mais recursos físicos ou emocionais. Geralmente está associado a problemas de relacionamento e conflitos no trabalho e sobrecarga de atividades e exigências”, explica Ogata.

Segundo ele, a solução nesse caso é encarar a questão não como algo individual, mas que envolve busca de mudanças no ambiente, na estrutura e no funcionamento do local de trabalho. “Deve ser uma preocupação dos gestores e administradores, pois muitos estudos demonstraram o forte impacto do estresse e, particularmente, do 'burnout' na produtividade dos trabalhadores, no aumento dos custos de assistência médica e no nível de adoecimento e de acidentes no trabalho”, diz.

Mas, de acordo com Ogata, há empresas que buscam mudanças para valorizar a saúde, a qualidade de vida e a satisfação dos colaboradores, além de melhoria das instalações físicas, sistemas de apoio social e planos de carreira.

Fonte: G1

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Operário morre após ser atingido por trilho de aço de 700 kg em obra do Metrô de SP


Do UOL Notícias

Em São Paulo

Um operário que trabalhava na Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo morreu na tarde desta segunda-feira (14), após ser atingido por um trilho de aço de 700 kg que se desprendeu de um guindaste da obra.

Raimundo Maria de Almeida, de 49 anos, morreu instantanemanete, segundo nota da Galvão Engenharia, empresa que realiza as obras e da qual ele era funcionário.

A ocorrência se deu no trecho entre as futuras estações Tamanduateí e Vila Prudente, de acordo com a assessoria de imprensa do Metrô.

Em comunicado a imprensa, a Galvão Engenharia informou que está apurando as prováveis causas do acidente e afirmou que o içamento de materiais e equipamentos faz parte da rotina diária dos serviços na obra.

Em nota, o Metrô de São Paulo lamentou a ocorrência e exigiu as providências da construtora Galvão Engenharia para o atendimento imediato aos familiares da vítima.

Em janeiro de 2007, sete pessoas morreram após o desabamento de um canteiro de obras da futura estação Pinheiros do Metrô, na zona oeste de São Paulo, de responsabilidade do Consórcio Via Amarela.

Educação entra na agenda dos candidatos

Fonte:Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz.

A pesquisa CNI/Ibope mostra que a educação entrou no topo da agenda do brasileiro --o que é uma notícia extraordinária sobre a mudança de mentalidade.

De acordo com os entrevistados, a principal preocupação nacional é a segurança. E, em segundo lugar, aparece educação. Até pouco tempo atrás, segundo o Ibope, educação chegava a, no máximo, sétimo lugar.

Isso se deve à percepção popular de que a abertura do mercado de trabalho está condicionada à escolaridade.

A tradução é a seguinte: os candidatos terão de falar mais em como formar as pessoas do que gerar empregos. Até porque, como se sabe, quanto mais e melhor escola, menos violência.

Brasil vai crescer de forma sustentável em 2010, diz Lula

Fonte: da Agência Brasil
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que em 2010 a economia brasileira vai crescer de forma sustentável. Ele afirmou que setores como agricultura, indústria e comércio terão crescimento devido a facilidades de financiamento e ao aumento do crédito.

"A gente vai continuar crescendo porque o Brasil vai se transformar em uma grande economia", disse o presidente, no programa semanal de rádio "Café com o Presidente" transmitido nesta segunda-feira. "Ao invés de deixar para anunciar em 2010, anunciamos em 2009, aproveitando o final de ano e que as coisas estão bem para mostrar que o Brasil não tem retorno.

Lula lembrou que o governo vai expandir a linha de crédito para máquinas e equipamentos e também para caminhões e ônibus. Outros destaques, segundo ele, são a decisão de destinar R$ 15 bilhões a mais, para financiar a indústria naval, e a desoneração do setor petroquímico para facilitar a construção de refinarias.

Na pesquisa Focus feita na semana passada e divulgada hoje pelo Banco Central, a previsão do mercado para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deste ano passou a ser de queda de 0,26% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano. Na semana anterior, a previsão era de crescimento de 0,21%.

O dado reflete o desempenho da economia brasileira apresentado pelo IBGE na semana passada, que mostrou um crescimento de 1,3% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo, e queda de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O governo atribuiu o valor abaixo do esperado --o ministro Guido Mantega (Fazenda) projetava crescimento de 2% em relação ao segundo trimestre-- às mudanças metodológicas feitas pelo IBGE.

Já a previsão para o próximo ano subiu levemente, de 5% para 5,3%.

O mercado vinha prevendo PIB negativo durante todo este ano até o início de outubro, quando pela primeira vez projetou crescimento positivo da economia em 2009 --na ocasião, de 0,01%. Os economistas chegaram a prever crescimento de 0,21%, mas voltaram a apostar no encolhimento da economia após os números da semana passada.

Com o resultado, para que o PIB fique estável neste ano o crescimento no quarto trimestre terá que ser de pelo menos 5%.