sexta-feira, 18 de julho de 2008

Novo tipo de caldeira pode tornar fervura de água mais rápida

DAVID BIELLO Do New York Times
G1
.com - 17/07/2008 - 19h17

Técnica envolve minúsculos fios de cobre com apenas 450 nanômetros de altura.
Eles aumentam o número de bolhas e aceleram o processo.


Muitas receitas e procedimentos, como uma simples xícara de chá ou a geração de energia elétrica, pedem o uso de água no estado de ebulição. Mas as bolhas que denotam a rápida transformação da água em vapor na verdade tornam o processo mais lento.

Seja em caldeiras industriais ou panelas e bules caseiros, os buracos, lacunas e vácuos de imperfeições microscópicas criam bolsas onde o ar é aprisionado e a água líquida pode se tornar vapor. Mas o processo em cada vácuo termina depois que uma bolha de vapor se forma e vai até a superfície, porque a água subseqüentemente preenche a lacuna onde a bolha se formou.

Mas, no jornal de engenharia Small, pesquisadores relatam que panelas revestidas com minúsculos fios de cobre com apenas 450 nanômetros de altura e 40 a 50 de largura (um nanômetro equivale a 40 milionésimos de uma polegada) podem acelerar o processo ao criar mais bolsas de ar e, portanto, mais bolhas.

O engenheiro mecânico Nikhil Koratkar do Rensselaer Polytechnic Institute em Troy, estado de Nova York, e seus colegas descobriram isso ao revestir o fundo de uma panela de cobre com uma camada de “nanofios” de cobre. Depositando esses fios em um ângulo oblíquo, os cientistas criaram um filme irregular com várias lacunas. Essas imperfeições em nano escala despertaram bolhas de formação mais rápida, por proverem mais bolsas de ar onde a água líquida poderia ser transformada em gás.

“A densidade das bolhas criadas era 30 vezes maior quando usávamos esses fios,” diz Koratkar. (Tradução: o revestimento produziu 30 vezes mais bolhas que uma panela comum.)

Quanto mais bolhas, mais rápida e eficientemente a água ferve. Koratkar diz que a descoberta pavimenta o caminho para o desenvolvimento de panelas onde a água ferveria num piscar de olhos.

“Depositar os nanofios ao longo de um vasilhame de cinco por cinco polegadas (12,7 por 12,7 centímetros) é algo que podemos fazer agora mesmo,” diz ele. “Se pudermos colocar essas características em um pote que se usa em casa, então o potencial para economizar energia é enorme.”

Entretanto, ele acredita que o primeiro local para utilizar a nova tecnologia seria no resfriamento de chips de computadores, dado que eles já usam conexões de cobre e freqüentemente superaquecem à medida que se tornam cada vez menores.

“As técnicas que usamos para depositar os nanofios são compatíveis com o que você usa para fazer chips”, diz Koratkar. “Quanto menor o aplicativo, maiores as chances de que tenha um bom custo-benefício”, notando que revestir toda a base de uma caldeira industrial usando a tecnologia atual seria caro demais para que valesse a pena.

Outro empecilho: antes que as panelas de nanofios de cobre se tornem comuns em cozinhas, os pesquisadores precisam se certificar de que são seguras. Afinal, o motivo pelo qual o efeito diminui após cada fervura poderia ser os nanofios se soltando do fundo da panela e se misturando à turbulenta água fervendo.

“Se esses fios começarem a subir para a superfície”, diz Koratkar, “teremos que pensar numa maneira de prendê-los mais firmemente”, como nos revestimentos que unem os fios entre si. “Não dá para usar panelas para cozinhar quando há nanofios de cobre se desprendendo e aparecendo na superfície. Isso é um grande problema.”

quinta-feira, 17 de julho de 2008

54% consideram Pressão Psicológica e Física os principais problemas que os trabalhadores enfrentam.

Na Enquete de Junho e Julho de 2008, o Blog do Diesat perguntou aos internautas: "Qual é o principal problema que o(a) trabalhador(a) enfrenta?"

Para 54% dos participantes a Pressão Psicológica e Física foi considerada como o principal problema que os trabalhadores enfrentam. Em segundo lugar ficou o Assédio Moral, com 22% das respostas.

Veja o resultado completo:

Qual é o principal problema que o(a) trabalhador(a) enfrenta?:

  • 54% - Pressão Psicológica e Física;
  • 22% - Assédio Moral;
  • 09% - Más condições do local de trabalho;
  • 09% - Descumprimento do Acordo Coletivo;
  • 06% - Trabalho Extenuante.

Salientamos que este levantamento reflete a visão dos participantes que responderam à nossa enquete, não possuindo caráter científico.

Participe de nossa nova enquete respondendo:

"O que mais contribui para aumentar a Pressão Psicológica no local de trabalho?"

Equipe Diesat

INSS pagará metade do 13º em setembro

O Ministério da Previdência anunciou que antecipará o pagamento de metade do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para setembro. A previsão é que a antecipação da parcela injete R$ 6,9 bilhões na economia. Nos últimos três anos, o governo se comprometeu com aposentados e pensionistas a antecipar parte do abono até 2010.

Dor de cabeça, vista cansada, tendinite, lombalgia...

Fonte: Folha de S.Paulo

GUSTAVO VILLAS BOASDANIELA ARRAIS
Lester Lefkowitz/Corbis


Radiografia mostra usuário de PC trabalhando com teclado

DA REPORTAGEM LOCAL

Ninguém é robô para passar horas em frente à máquina sem que o corpo reclame. Podem ser os olhos, as costas, os dedos da mão. O fato é que, segundo especialistas ouvidos pela Folha, passar mais de uma hora, sem intervalos, em frente ao computador, escutando música com fone de ouvido ou até falando ao celular, pode criar ou agravar problemas físicos.
Esses danos atingem milhões de pessoas. Por exemplo, entre aquelas que utilizam fones de ouvido durante o trabalho -como os operadores de telemarketing, que são 750 mil no país-, de 6% a 12% sofrem com perdas auditivas, diz pesquisa da Poli/USP divulgada em junho.
Há, também, doenças que, se não são causadas diretamente pelas máquinas, podem aparecer por conta do uso excessivo e indiscriminado delas. Por exemplo, a LER (lesão por esforço repetitivo) ou a tendinite.
Outro problema de saúde é o vício -assim como algumas pessoas ficam reféns do cigarro, outras se tornam dependentes psicologicamente do computador e da internet. Um pesquisador norte-americano quer classificar esse vício como doença mental no principal livro de referências de doenças psiquiátricas do país.
Algumas sugestões simples de serem executadas conseguem diminuir ou evitar que o uso do computador, do tocador de MP3, do celular e do videogame, tanto no trabalho quanto nas horas de lazer, seja prejudicial à saúde.Veja, nesta edição, como identificar alguns dos malefícios causados pela interação com a tecnologia e saiba como arrumar o ambiente para que eles sejam evitados.
60% dos estudantes de graduação de engenharia nos EUA relataram dor no pescoço ou nas extremidades superiores segundo pesquisa feita na Universidade da Califórnia
AJUDANTE
A Coréia do Sul planeja que todas as casas do país tenham um robô em uma década. A máquina ajudaria a população idosa e com problemas de locomoção, entre outras tarefas.
EXERCÍCIO
O programa gratuito Work- Rave (http://www.workrave.org/) ensina alguns exercícios para prevenir problemas provocados pelo uso excessivo do computador.

Lixo eletrônico prejudica saúde

Fonte: Folha de S.Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Terra também é afetada pelos produtos de tecnologia. Tanto que o lixo proveniente desse tipo de material tem um nome próprio: e-lixo, ou e-waste em inglês. A mesma letra que faz referência ao universo da internet e dos computadores é usada para apontar materiais como chumbo, mercúrio, cádmio e substâncias cancerígenas e tóxicas ao homem e ao solo.
Pilhas e baterias, por exemplo, não devem ser jogadas no lixo comum. Em geral, as próprias fabricantes têm postos de coleta. No caso dos celulares, a indicação de onde o portátil é coletado está no manual. Normalmente, é possível entregar aparelho e bateria em uma loja, para que seja feito o encaminhamento adequado.
No caso de computadores usados, existem entidades que aceitam doação. Um exemplo é a www.pensamentodigital.org.br. No site da organização Comitê para Democratização da Informática (www.cdi.org.br), existem informações sobre o tema do e-lixo no Brasil.

Bom uso do PC mira dos pés aos olhos

PESSOAL >> Ambiente deve ser planejado para cada usuário; apoio no chão e suporte ajustável para o monitor podem ajudar

DA REPORTAGEM LOCAL

Em casa ou no escritório, todo ambiente em que fica o computador deve considerar o conforto do usuário. "É um conjunto. Não adianta imaginar que só mudar a cadeira, só mudar a bancada, é o suficiente. Tudo influencia", diz Germmanya D'Garcia, professora do núcleo de design da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ergonomista certificada pela Abergo (Associação Brasileira de Ergonomia; www.abergo.org.br).
D'Garcia diz que o usuário deve ficar atento às condições ambientais, como a iluminação, ao esquema físico onde fica o computador, como a distância dos olhos à tela, e também ao conforto. "A percepção corporal é importante. Se a pessoa sente desconforto ou, principalmente, uma região formigar, é preciso rever a estrutura de uso do PC, porque a circulação está obstruída", diz.
O assento de quem usa o computador deve ter sempre um apoio para as costas, que serve para diminuir a pressão sobre os vasos sangüíneos e sobre os discos intravertebrais, que fazem a intercalação entre as vértebras.
"Esse disco pode romper ou se deslocar ao carregar excesso de peso, mas a manutenção da postura sentada por muito tempo também é prejudicial a ele. O corpo deve se movimentar", diz D'Garcia.
Ela diz que não é preciso ficar com as costas inteiras apoiadas no encosto da cadeira, em uma postura rígida. "O adequado é ficar relaxado."
Assim como os outros especialistas consultados pela Folha, ela diz que o ideal é que a pessoa faça uma pausa a cada uma hora em frente ao micro. A professora diz que de três a cinco minutos são suficientes, mas adverte que é preciso se movimentar nesse período, por exemplo, caminhando, alongando os braços e abrindo e fechando os dedos das mãos.
"Eu deixo sempre uma garrafinha de água na minha bancada. Assim, eu hidrato o corpo e ainda sou obrigada a levantar para ir ao banheiro", sugere.
Pés no chão
A cadeira deve ser sempre ajustada para que quem está usando o computador fique com os pés apoiados no chão, diminuindo a pressão sobre as coxas. Por isso, se duas pessoas de tamanhos diferentes usam o mesmo micro, é preciso adaptar as condições para as duas. Um apoio para o pé, que possa ser retirado, é uma solução.
A coxa deve ficar paralela ao chão, com o joelho em um ângulo de 90. "O cotovelo precisa ficar em posição semelhante, com o braço apoiado na bancada", diz D'Garcia. Dessa forma, a bancada onde fica o teclado e o mouse deve ser apenas um pouco mais alta do que a cadeira, ficando entre 5 cm e 10 cm das pernas.
Praticidade
Os objetos usados durante o trabalho com o computador, como o telefone, devem ficar acessíveis sem a necessidade de movimentos que obriguem a esticar e entortar o corpo para pegá-los. "A coluna deve ser mantida na posição vertical, sem fazer movimentos para o lado", diz a professora.Na hora de atender o telefone, a pessoa nunca deve segurar o aparelho entre o ombro e a orelha. Essa posição obstrui a circulação sangüínea. (GVB)

OLHOS EM RISCO
De acordo com diversos especialistas, existe um novo problema ocular relacionado ao uso de micros: a síndrome de visão do computador (CVS, em inglês). O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, que estuda a relação entre homem e computador desde 1991, diz que os sintomas da CVS são dor de cabeça, cansaço visual, olho seco e visão turva.

Faça ajustes na configuração e na altura do seu monitor

Fonte: Folha de S.Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os olhos vidrados no monitor não são apenas um sinônimo de atenção, mas também potencial fonte de problemas. "Nós piscamos, normalmente, 20 vezes por minuto. Na frente do computador, esse ritmo cai para quatro, cinco vezes por minuto", diz o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier.
Ele diz que piscar ajuda na lubrificação do globo ocular, o que colabora para a proteção. Queiroz adverte que os problemas de olho seco podem ser graves para quem usa lentes de contato e está em ambiente com pouca umidade do ar, por exemplo. Uma prevenção é piscar voluntariamente e nunca usar o computador por mais de uma hora sem pausa.
A iluminação precisa ser adequada. O usuário deve evitar a fonte de luz direta na tela, que causa reflexo, e atrás da pessoa, que gera sombras. O ideal é luz difusa no ambiente ou lateral -o micro pode ficar ao lado de uma janela.
Ele também diz que a iluminação do monitor não deve ser maior nem menor do que a do ambiente, pois o diafragma que controla a entrada de luz no olho vai ficar abrindo e fechando, causando fadiga ocular. Ou seja, ainda que seu monitor tenha uma excelente claridade própria, é necessário que o ambiente esteja bem iluminado.Também é importante configurar a tela, que deve ser mantida limpa. O ideal é deixá-la com menos brilho e mais contraste.
Distância
Os olhos do usuário devem ficar, no máximo, a 60 centímetros do monitor.
A altura da tela deve ser calculada. "O ideal é que ela esteja a cerca de 20 abaixo da linha de visão. Olhar para baixo exige menos esforço do olho", diz Queiroz.

Viciados em internet são atendidos em SP

Fonte: Folha de S.Paulo

CONSULTÓRIO >> Tratamento realizado no Hospital das Clínicas dura 18 meses; nova turma deverá começar no mês que vem

DA REPORTAGEM LOCAL

Um professor universitário usa a internet para abastecer sua coleção de fotos de mulheres obesas. Ao longo de um ano, acumula 4 milhões de arquivos. Um adolescente de 17 anos passa 35 horas conectado à internet, sem intervalo.
Os casos são reais e foram tratados pelo Centro de Estudos de Dependência da Internet, ligado ao Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, do Hospital das Clínicas, em São Paulo.Em três anos de funcionamento, o centro já atendeu 30 pessoas. Uma nova turma começará em agosto.Para se submeter ao tratamento, que dura 18 meses, é preciso se encaixar em pelo menos cinco dos oito tópicos apresentados na página do centro (www.dependenciadeinternet.com.br).
Entre eles, necessidade de aumentar o tempo conectado para ter a mesma satisfação de antes, colocar trabalho e relações sociais em risco pelo uso excessivo da rede e mentir para os outros em relação ao tempo que passa conectado.
Uma vez aceito, o paciente é submetido à psicoterapia de grupo. "Funciona para que eles possam reconhecer o que têm. Eles são apresentados ao problema e recebem indicações do que fazer além de usar a internet. Ao contrário do álcool e das drogas, que o paciente tem que prometer que não vai mais usar, os dependentes precisam aprender a dosar o tempo", afirma Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do centro.
Segundo ele, em geral, os pacientes apresentam quadros de depressão, fobia social ou transtorno bipolar do humor. "São pessoas mais fechadas, introspectivas, que preferem a internet porque têm dificuldade de se relacionarem com outras pessoas. Mas também há gente extrovertida que acaba ficando dependente.
"Durante o tratamento, a equipe do centro tenta fazer um "desmame" da internet, para que o paciente tenha experiências na vida real. "Em vez de entrar no MSN, sugerimos que ele pegue o telefone. Em vez de marcar um encontro virtual, indicamos um real. Às vezes entramos com medicação para tratar de depressão", completa.

Doença mental
O vício em internet pode ser uma doença mental, segundo Jerald Block, médico que defende que essa dependência entre no livro de referência da Associação Americana de Psiquiatria, que categoriza e diagnostica doenças mentais.
Em artigo publicado em março, no "American Journal of Psychiatry", o psiquiatra da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, em Portland, diz que os sintomas do vício por uso excessivo de internet são associados à perda da noção do tempo, à negligência de impulsos básicos e aos sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja inacessível.
A necessidade de micros melhores ou mais horas de uso, além de reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga, também são apontados como indicadores de vício. (DA)

Uso exagerado de celular pode indicar problema

Fonte: Folha de S.Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os telefones celulares são convenientes, mas podem gerar problemas de ansiedade e dependência. "Não é só falar muito ao celular. Há a necessidade de estar conectado, de saber o que está acontecendo e de estar disponível para outras pessoas. Esses são alguns sintomas do vício em celular", disse à imprensa Lisa Merlo, professora de psiquiatria da Universidade da Flórida, que pesquisa sobre dependências.
Segundo Merlo, é difícil saber quando o uso é problemático, já que muitas pessoas fazem uso regular do aparelho. Para ela, quem não consegue passar um jantar ou uma reunião sem mandar mensagens, sente ansiedade ao desligar o aparelho ou ao esquecê-lo em casa deve ficar atento aos problemas.

Sinais Do Vício

Fonte: Folha de S.Paulo

SINAIS
O Internet/Computer Addiction Services (Tratamento para Vício em Internet e Computador), dos EUA, lista em seu site sintomas que podem indicar se você passa tempo demais conectado

RELÓGIO
Aumento no tempo de uso do computador e de atividades na internet
ATENÇÃO
Falha na tentativa de controlar o comportamento
ANIMAÇÃO
Agravado sentimento de euforia quando envolvido em atividades no computador e na rede
VONTADE
Expectativa de passar mais tempo se dedicando a atividades na internet
DESLEIXO
Negligência em relação a amigos e famílias
AGONIA
Sensação de inquietude quando está desconectado
MENTIRAS
Atitudes desonestas em relação a outras pessoas (mentindo sobre o tempo de uso, por exemplo)
INTERFERÊNCIA
Uso do computador passa a interferir na performance na escola ou no trabalho
DIFICULDADE
Sentimento de culpa, vergonha, ansiedade ou depressão, como resultado desse comportamento
SONOLÊNCIA
Alterações no sono
MUDANÇAS FÍSICAS
Alterações físicas, como perda ou ganho de peso, dor nas costas e dor de cabeça
DESATENÇÃO
Negligência em relação a outras atividades agradáveis

Evite excessos com tocador de MP3

DA REPORTAGEM LOCAL

Os fones de ouvido são fontes de problemas, não só de diversão. Também por isso, os problemas auditivos, como perda de audição e zumbido, antes tão relacionados às pessoas mais velhas, começam a se tornar mais comuns entre jovens. "Nos últimos três anos, cresceu em 20% a procura de gente com 20 anos ou menos ao nosso grupo", diz Tanit Ganz Sanchez, livre-docente da Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo grupo Zumbido (http://www.zumbido.org.br/).
Ela diz que três fatores relacionados aos fones são potencialmente danosos ao aparelho auditivo. "Os sons vão direto ao tímpano, não há dispersão; há o uso bastante contínuo dos tocadores; e o volume médio de cada marca de tocador, conforme uma pesquisa realizada nos EUA, já é o suficiente para lesar o ouvido, e as pessoas usam acima dessa potência." Para ela, as empresas deveriam se preocupar em fazer aparelhos com o volume médio mais baixo.
PrevençãoA professora ainda cita outra questão. "Os usuários mais ativos dos tocadores pertencem a uma classe da humanidade que não acredita em prevenção: o adolescente.
"Para se prevenir de problemas auditivos, Ganz dá algumas sugestões. Primeiro, é importante que o som não esteja vazando, ou seja, a música não deve ser escutada por quem está próximo ao usuário.
Segundo ela, também não se deve ficar com os fones mais do que uma hora. A professora diz que não há um período de descanso mínimo, mas sugere, pelo menos, meia hora. "Cada um tem sua sensibilidade, não há um estudo que defina isso. Mas todos estão sujeitos a problemas, quanto maior for a exposição. Tem gente que vai na balada uma vez e se sente mal, tem quem vá toda semana e não relata problemas", exemplifica.
Outra coisa que deve ser evitada é tentar abafar o ruído externo em ambientes barulhentos, aumentando o volume do tocador.
Tanit Ganz Sanchez diz que é freqüente, para quem está exposto a ruídos de forma danosa, sintomas como dor de cabeça, insônia e até irritabilidade, durante o uso ou logo após a exposição. "Na hora em que aparecem os sintomas ou o próprio zumbido, qualquer um deve procurar ajuda."
No telefone
A professora diz que o volume no telefone normalmente não é danoso. "E é difícil ficar mais de uma hora no aparelho", lembra.
Mas ela adverte que, nos celulares, a fonte de danos pode ser outra. "Não há pesquisa que comprove, mas ondas eletromagnéticas podem afetar. Uma coisa é fato: há queixas de o aparelho celular esquentar durante o uso. Se isso acontece, eu digo para afastar o telefone da orelha, arrumar uma solução, como o fone de ouvido de telefone."

Ouvindo Bem

Fonte: Folha de S.Paulo

Veja dicas para evitar problemas auditivos cuja origem pode ser o uso de fones de ouvido

PAUSA
Nunca use fone de ouvido por mais de uma hora de forma ininterrupta. Faça pausas para descansar o ouvido. A exposição contínua pode ser tão danosa quanto o volume alto
MODERAÇÃO
1 Deixar o som vazar -ou seja, ser ouvido por terceiros- significa que o nível de exposição é inadequado. Verifique com pessoas próximas se é esse o seu caso
2 Nunca tente abafar o som ambiente, como o barulho do ônibus, aumentando o volume do aparelho tocador
3 Até a altura média do som dos tocadores de MP3 pode estar acima do recomendado. Não ouça música além desse volume
QUENTINHO
Caso perceba que seu telefone celular esquenta quando em uso, busque soluções como fones para esse tipo de aparelho
DORES
Se, durante ou logo após a exposição sonora, você sentir dor de cabeça, procure um especialista. Outros sintomas de problemas são irritabilidade e insônia
ZUMBIDO
É o nome dado ao som que é percebido sem ter sido gerado no ambiente. Veja no site www.zumbido.org alguns tipos de manifestações

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Adicional de insalubridade passa a ser calculado sobre salário contratual

Fonte: Meusalario.org.br/Dieese

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que o adicional por insalubridade deve ser calculado sobre o salário básico do trabalhador e não mais sobre o salário mínimo, como era antes, salvo critério mais vantajoso fixado em acordos coletivos.

A decisão está na Súmula 228 do TST, publicada no Diário da Justiça em 4 de julho e retroativa a 9 de maio de 2008. Segundo o texto do STF, o adicional por insalubridade também passa a fazer parte da base de cálculo da hora extra.

De acordo com a Constituição Federal, Artigo 7º, inciso XXII, todo trabalhador que desenvolve atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas na forma da lei tem o direito de receber o adicional por insalubridade.

São consideradas atividades insalubres aquelas que expõem o trabalhador a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância, fixados conforme a natureza e a intensidade do agente nocivo, além do tempo de exposição (Artigo 189 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT).

Os agentes nocivos podem ser químicos (ex: mercúrio, chumbo, fumos, poeiras minerais etc.), físicos (ex: frio, calor, ruídos, vibrações, umidade etc.) ou biológicos (ex: doenças contagiosas, bactérias, lixo urbano etc.).

O exercício do trabalho em condições insalubres acima dos limites de tolerância assegura o recebimento de adicionais entre 10%, 20% ou 40%, conforme a classificação nos graus mínimo, médio ou máximo estabelecidos pelo Ministério do Trabalho (Artigo 192 da CLT).

Com aproximadamente 20% de seus profissionais trabalhando em condições insalubres, a categoria dos metalúrgicos é uma das largamente atingidas pelo problema.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), os metalúrgicos recebiam, até então, uma média de R$ 80 pelo adicional de insalubridade. Com a mudança, o adicional agora será de R$ 400, em média.