sexta-feira, 18 de abril de 2008

Conselho Nacional de Saúde apóia pesquisa sobre células-tronco

Do G1 - 17/04/2008 - 14h35

CNS vai agora elaborar uma resolução e levar o posicionamento ao STF.
Supremo Tribunal Federal ainda não tem data para voltar a julgar o caso.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) decidiu nesta quinta-feira (17) apoiar as pesquisas sobre células-tronco embrionárias. A decisão foi quase unânime.


Entre os 48 conselheiros, apenas a representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, votou contra o artigo quinto da lei de biosegurança que autoriza a pesquisa com células-tronco embrionárias.

O Conselho Nacional de Saúde vai agora elaborar uma resolução e levar o posicionamento ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O STF julga uma ação do ex-procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, contra essas pesquisas o julgamento foi interrompido no dia 5 de março e não tem data para ser retomado.


Adiamento

O Supremo Tribunal Federal adiou a decisão sobre a liberação ou não das pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil. O adiamento ocorreu devido ao pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que alegou precisar de mais tempo para analisar o caso.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Risco de sofrer de câncer de mama é maior em mulheres acima do peso

Fonte: Ter, 15 Abr, 02h25

Berlim, 15 abr (EFE).- O risco de ter câncer de mama é até três vezes maior em mulheres que estão acima do peso devido ao excesso de produção de estrogênio no tecido adiposo, de acordo com o oncologista e chefe médico da clínica ginecológica Helios de Berlim, Michael Untch.

A declaração foi feita por Untch à imprensa durante a Conferência Européia sobre o Câncer de Mama que reúne até quinta-feira, em Berlim, cerca de cinco mil especialistas.

O médico especialista explicou que no tecido adiposo acumulado na região abdominal são geradas substâncias precursoras ao estrogênio que aumentam o risco de formação de um tumor no seio.

Untch afirmou que passear regularmente mais de quatro horas por semana poderia reduzir este risco e acrescentou que a prática de exercícios físicos diários após um tratamento contra o câncer de mama diminui claramente os efeitos posteriores ao tratamento.

Acrescentou que alguns estudos demonstraram que, graças ao exercício, muitos pacientes conseguiram evitar novos ciclos de quimioterapia ou tratamentos com hormônios, assim como possíveis intervenções.

O oncologista ressaltou, além disso, que a lactação protege contra o câncer de mama.

O tumor no seio é o mais freqüente na Alemanha, onde todo ano são diagnosticados 57 mil novos casos e se registram 17.600 mortes por esta doença.

Untch insistiu na necessidade de que as mulheres se submetam regularmente a uma mamografia e lembrou que, até agora, só a metade das alemãs se cadastraram no plano financiado pelo Ministério da Saúde alemão, que contempla este tipo de exames para as mulheres de entre 50 e 69 anos.

"Os médicos de família e ginecologistas deveriam insistir muito mais na necessidade de as pacientes se submeterem aos exames preventivos", destacou.

O médico observou que foi possível constatar uma significativa redução na morte por câncer de mama em países onde as mamografias já são realizadas há vários anos. EFE ira/fb

Maioria sobrevive ao acidente de avião no Congo

Fonte:16/04/2008 - 09h57 - G1, em São Paulo

O acidente ocorreu nesta terça-feira (15), em um bairro popular da cidade de Goma. A nova contagem de vítimas aponta para pelo menos 37 mortos.

Foto: AFP
Acidente aéreo na República Democrática do Congo (Foto: AFP)

A maioria dos passageiros e tripulantes do avião da empresa Hewa Bora, que caiu nesta terça-feira (15) em Goma, na República Democrática do Congo, sobreviveu ao acidente, informaram nesta quarta-feira fontes médicas e funcionários da companhia aérea. O avião teria caído logo depois de decolar do aeroporto e a primeira contagem de mortos, divulgada por agências de notícias e pela rede CNN, apontava para cerca de 70 vítimas fatais.

Segundo a agência de notícias Reuters, Dirk Cramers, diretor de marketing da empresa, afirmou a a maior parte dos passageiros e todos os tripulantes sobreviveram.

"Com ajuda da ONU, pudemos retirar quase todos os passageiros antes que [o avião] pegasse fogo", disse Cramers à Reuters.

A contagem do número de mortos ainda não é exata e mesmo as marcações oficiais não precisaram ainda quantos passageiros morreram e quantas pessoas envolvidas no acidente fora do avião sobreviveram.

Cramers disse que o avião chegou ao final da pista sem velocidade suficiente para decolar, por causa do excesso de água no asfalto, e que o piloto tentou abortar a operação, mas o avião deslizou.

Foto: Arte/G1
Mapa localiza local do acidente, na República Democrática do Congo (Foto: Arte/G1)

"Foi uma decolagem abortada e o avião bateu no muro. Bem atrás do muro havia algumas lojas. E a maioria das vítimas é de lá", disse ele.

Frederic Katemo, de 51 anos, contou que estava sentado, com o cinto de segurança apertado, quando ocorreu a batida. "Saltamos e conseguimos sair. Dava para sentir o fogo atrás da gente", contou ele.

O nariz do avião ficou praticamente intacto, mas o acidente espalhou pedaços de barracas de comércio e entulho de casas por uma rua do bairro de Birere. Pelo menos um prédio foi destruído, e vários estão em chamas. Uma enorme coluna de fumaça se ergue do local.

Acidentes constantes

O Congo (antigo Zaire), gigantesca ex-colônia belga que ainda se recupera de uma longa guerra civil, tem um dos maiores índices de acidentes aéreos do mundo, inclusive em Goma, cujo aeroporto fica ao pé de um vulcão.

"Já esperávamos algo assim. Houve muitos acidentes bem atrás do aeroporto", disse à Reuters o ambientalista Serge Ukundji, que vive em Goma.

Na semana passada, a União Européia colocou a Hewa Bora Airways na lista de empresas proibidas de voar para os 27 países do bloco por razões de segurança.

Houve oito acidente aéreos no ano passado na República Democrática do Congo, segundo o Acro, órgão de Genebra que registra esses incidentes.

A Iata (Associação Internacional do Transporte Aéreo) diz que a taxa de acidentes na África é seis vezes maior do que no resto do mundo, algo que a entidade considera "constrangedor."

Especialistas citam o Congo, com sua frota de velhos aviões, muitos deles soviéticos, como um dos piores entre os países africanos.