sexta-feira, 25 de abril de 2008

Vazamento de óleo deixa mar laranja na Colômbia

G1.com - 25/04/2008 - 13h39

Moradores disseram que óleo provocou morte de peixes.
Autoridades falaram que óleo que vazou é biodegradável.
Foto: AFP
Pescadores preparam barco na praia de Taganga, em Santa Marta, departamento de Magdalena, na Colômbia. Um derramamento de 10 toneladas de óleo atingiu a região na última quarta-feira (23). Moradores disseram que o vazamento causou a morte de peixes, mas autoridades disseram que o óleo é biodegradável e não prejudica o meio-ambiente (Foto: AFP)
Foto: AFP
Vista mais ampla mostra as diversas cores formadas na praia colombiana (Foto: AFP)

UE faz acordo com a China para desenvolvimento sustentável

da France Presse, em Pequim

O presidente da Comissão Européia --órgão executivo da UE (União Européia)--, José Manuel Durão Barroso, anunciou em Pequim a assinatura de vários projetos científicos com a China, centrados no desenvolvimento de energias limpas e no desenvolvimento sustentável.

A UE deve ajudar a China a desenvolver energias limpas e a reduzir as emissões poluentes, afirmou Barroso, ao fim de um encontro com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Barroso ressaltou a importância de manter uma cooperação com a China sobre os problemas globais, como a mudança climática.

O bloco também pretende formar especialistas chineses em energias limpas e renováveis, além da meta de desenvolver uma tecnologia e uma pesquisa comuns.

Líder

A China já superou os Estados Unidos e é atualmente a maior emissora de gases causadores do efeito estufa, segundo um estudo da Universidade da Califórnia que será oficialmente publicado em maio.

O estudo se baseou em dados de 2004 e estima que a China se tornou o maior emissor de gases causadores do efeito estufa no período entre 2006 e 2007.

Os pesquisadores colheram informações de 30 escritórios regionais dos órgãos de proteção ambiental da China para indicar que as estatísticas oficiais divulgadas por Pequim estão subestimadas.

A conclusão do estudo sugere que a China mude radicalmente sua política energética, que é bastante dependente do carvão.

Com BBC Brasil

Trânsito caótico gera e potencializa o estresse em São Paulo

Fonte: UOL

Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde

Na cidade que já computa mais de 6,06 milhões de veículos em sua frota, os automóveis deixaram de ser um facilitador da vida e passaram a ser mais uma fonte de estresse. "Fechadas", carros colando na traseira, buzinas, agressões verbais, motociclistas circulando entre as faixas são alguns exemplos. Sem falar no medo de assaltos.

Em meio a um cenário tão agressivo, é quase impossível não ser vítima do estresse. "No meu consultório, tenho escutado as pessoas comentarem mais o desgaste causado pelo trânsito", relata Júlio César Fontana-Rosa, psiquiatra membro da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) e professor da USP (Universidade de São Paulo).


"O estresse não é causado apenas pelo trânsito, mas é no trânsito que muita gente extravasa a tensão acumulada", explica Esdras Vasconcellos, professor de psicologia da USP. "Se a pessoa não tem a postura psicológica para controlá-lo, ele aumenta ainda mais", acredita.

João Carlos Alchieri, psicólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que estuda comportamento e trânsito, concorda. Segundo ele, o trânsito faz com que as pessoas tenham menos tolerância e sintam-se mais agredidas.

Presa no congestionamento, a pessoa se sente impotente, o que aumenta a sua ansiedade e gera estresse. "A pessoa fica com raiva diante da impossibilidade de fazer algo para mudar a situação", explica Alchieri.

E essa raiva, muitas vezes, gera atitudes agressivas no trânsito. Para Alchieri, contudo, xingar e buzinar também são maneiras de exteriorizar o descontentamento.

Para ele, a presença de um passageiro no veículo pode aliviar o estresse. "O diálogo facilita a atenuação do processo de raiva", avalia. "Ao compartilhar o carro, você tem uma audiência da sua insatisfação no microcosmos do veículo", acredita.

Reflexos no corpo

O estresse afeta o motorista em três níveis diferentes: afetivo, cognitivo e físico.

"Do ponto de vista afetivo, algumas pessoas ficam angustiadas, têm pânico, medo imaginário, tornam-se mais agressivas e têm ataques de fúria", enumera José Aparecido da Silva, professor do Departamento de Psicologia e Educação da USP de Ribeirão Preto.

"A situação de confinamento contribui para exacerbar um medo que já existe na pessoa, conhecido ou latente", explica Vasconcellos. Outras pessoas têm dificuldades para raciocinar e para fazer cálculos elementares e suas capacidades cognitivas parecem declinar enquanto estão dirigindo.

Além disso, o estresse acelera os batimentos cardíacos, aumenta a pressão sangüínea e o suor, além de contribuir para dores de barriga, de cabeça, no pescoço e nas pernas.

"Todos esses sintomas dependem da capacidade de adaptação e enfrentamento das pessoas", explica Silva. "Quem usa o carro como instrumento de trabalho, por exemplo, é obrigado a desenvolver técnicas para não se estressar tanto", lembra Vasconcellos.

É o caso de Israel Furtado da Roza, 55 anos. Taxista, ele trabalha de 12 a 14 horas diárias ao volante. Em 17 anos de profissão, acompanhou a evolução do caos no trânsito de São Paulo. "Está cada dia pior", reclama.

Mas ele garante que aprendeu a driblar o estresse. Pela necessidade, foi forçado a acostumar-se com os congestionamentos e adaptar-se à realidade do trânsito. "Procuro ouvir uma música, relaxar, esquecer que estou no meio do trânsito", diz.

Mantenha a calma

Para quem não pode evitar o automóvel, nem os horários de pico, deve preparar-se para enfrentar, da melhor maneira possível, os congestionamentos. "O trânsito estressa muito mais quem não se prepara para enfrentá-lo", lembra Esdras Vasconcellos.

Para ele, é fundamental que o motorista se conscientize de que não pode mudar a realidade. Paciência e tolerância são as palavras-chave. "Xingar e reclamar só aumenta o estresse e não muda a realidade do trânsito", pontua.

"Não adianta ficar nervoso", concorda Fontana-Rosa. A percepção do tempo muda quando se está irritado, por exemplo, o que só torna a experiência ainda mais desgastante.

Outra dica é não ver no trânsito um espaço de disputa ou competição. "Tente tirar da cabeça que a pessoa que te fechou está te desafiando", propõe Fontana-Rosa.

Hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas, alimentar-se bem, consumir moderadamente álcool e medicamentos e meditar também podem ser benéficos. "Quanto menos estresse na vida, maior a tolerância no trânsito", resume Vasconcellos.

Ouvir música ou notícias no rádio e realizar exercícios de respiração também contribuem para aliviar a tensão.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Siderúrgica lidera poluição em São Paulo

Fonte: Folha São Paulo - 24/04/2008

Cosipa é a campeã da lista de cem empresas que mais emitem gás carbônico divulgada ontem pelo governo do Estado


Refinarias da Petrobras também estão no topo do ranking; empresas afirmam ter ações de redução das emissões de CO2



AFRA BALAZINA



DA REPORTAGEM LOCAL




A Secretaria Estadual do
Meio Ambiente divulgou ontem na internet (www.cetesb.sp.gov.br/100co2.pdf) a lista
das cem indústrias paulistas
campeãs em emissão de gás
carbônico (CO2), o principal
gás de efeito estufa.

A Cosipa, em Cubatão, é a
primeira do ranking, seguida
por três refinarias da Petrobras
-a Replan, em Paulínia, a Revap, em São José dos Campos, e
a RPBC, também em Cubatão.

No total, as oito indústrias
que mais emitem o poluente
em São Paulo são responsáveis
por 63% das emissões do setor,
ou 18,2 milhões de toneladas ao
ano (veja quadro nesta página).

No total, as cem indústrias
do levantamento emitem 29
milhões de toneladas ao ano.

O setor petroquímico é o que
tem maior potencial de emissão. Na seqüência, está o de aço
e ferro-gusa e, depois, o de minerais não-metálicos.

Para realizar o inventário, foram selecionadas 371 empresas
do Estado a partir da relação
das indústrias com maior potencial de emissão de CO2.

De forma voluntária, 329
empresas enviaram as informações solicitadas.

Das indústrias que compõem
o levantamento, 54,1% declararam ter previsão de ampliação
nos próximos cinco anos que
implicarão aumento das emissões estimadas no inventário.

O secretário estadual Xico
Graziano (Meio Ambiente)
afirma que a avaliação deve ser
feita a cada dois anos, de forma
a acompanhar e "atestar as melhorias" no setor.

Com a lista, afirmou ele, o
Estado demonstra sua preocupação com a questão do aquecimento global e entra, dessa forma, na agenda mundial.

Segundo Marcelo Minelli, diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da
Cetesb (agência ambiental
paulista), as indústrias listadas
não chegam a ser uma surpresa. "São as mesmas suspeitas
de sempre. Mas é importante
ter os dados para acompanhar
e cobrar reduções."

As estimativas de emissão foram baseadas na metodologia
simplificada do IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas), e considerou o consumo de combustível
e a produção industrial informada por cada empresa.

Para José Goldemberg, ex-secretário estadual do Meio
Ambiente e idealizador do inventário, a identificação dos
grandes setores emissores de
CO2 serve como um incentivo à
adoção de metas de redução,
sem que isso seja um instrumento punitivo.

O próximo passo, segundo
Graziano, é fazer inventários
de outros setores que emitem o
gás de efeito estufa, como os de
energia, transporte e comércio.

"O fato de as empresas fornecerem voluntariamente as informações mostra que a indústria não tem nada a temer",
afirmou Nelson Pereira dos
Reis, diretor do departamento
de meio ambiente da Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo).

No entanto, ele disse considerar "extemporânea a divulgação [da lista], pois não vai
ajudar em absolutamente nada". De acordo com Reis, entre
2001 e 2006 a indústria química/petroquímica reduziu suas
emissões em 15%.



Medidas para redução

A Cosipa afirmou que o processo siderúrgico gera emissão de CO2 e que
as siderúrgicas vêm trabalhando mundialmente "para otimizar a sua
matriz energética de forma a reduzir a quantidade de energia para
produção de aço".

"Nos últimos 10 anos, a Cosipa investiu US$ 336 milhões
em gestão e equipamentos de
controle ambiental e tem adquirido sistematicamente
equipamentos com a melhor
tecnologia mundial", afirmou.

A empresa citou ainda ações
como a "substituição do consumo de óleo combustível por gás
natural, que tem um fator de
emissão 20% menor" e "a substituição de caldeiras por outras
de alta eficiência".

De acordo com a Petrobras,
todas as suas refinarias seguem
rigorosamente a legislação dos
Estados onde estão instaladas.
A empresa afirma que tem investido para reduzir as emissões e que, até 2012, gastará
US$ 8,5 bilhões na melhoria
dos combustíveis.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

89,8% enfrentam problemas com a Perícia Médica do INSS!

A enquete de Março de 2008 do Blog do Diesat perguntou:

Você ou seu sindicato têm enfrentado, ou tem conhecimento de problemas com a Perícia Médica do INSS?

Resultado:

89,8% responderam que SIM.
08,7% responderam que NÃO.
01,5% respondeu que Não Sabia.

Ressaltamos que o resultado da enquete reflete o posicionamento dos leitores do Blog do Diesat e não é resultado de uma pesquisa com amostragem científica.

O resultado da enquete reflete uma das principais dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e os sindicatos.

Em todo o Brasil, as queixas e problemas referentes à perícia médica do INSS têm se acumulado de forma assustadora. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras vítimas de acidentes de trabalho têm enfrentado problemas no recebimento dos benefícios do INSS decorrente da negação de incapacidade pela Perícia Médica do INSS. São reclamações de diminuição ou suspensão de benefícios apesar de o trabalhador ter direito de recebê-lo em muitos casos.

Em todo o país são contabilizados por mês mais de 600 mil novos requerimentos de benefícios e um milhão de perícias médicas. São trabalhadores que dependem do benefício para sobreviver e que enfrentam um verdadeiro tormento para provar sua doença e incapacidade, enfrentando desde burocracia até divergências entre laudos de peritos.

Desde agosto do ano passado o INSS já chamou 160 mil beneficiários, e agora mais 21 mil segurados que recebem auxílio-doença há mais de dois anos serão chamados para reavaliação.

O DIESAT está realizaando uma pesquisas junto aos sindicatos, entre em contato conosco, solicite o questionário e nos envie as respostas a fim de que possamos esboçar um quadro mais preciso da situação nos principais sindicatos do Brasil.

JUSTIÇA DETERMINA QUE TIM CONTRATE 4.000 TERCEIRIZADOS EM MINAS

A Justiça do Trabalho em Minas determinou que a TIM contrate 4.000 trabalhadores que prestam serviços a ela em duas empresas de call center até o final de maio. Segundo a procuradora Elaine Nassif, a TIM opera em Minas com cerca de 350 empregados próprios e 4.000 terceirizados, que realizam atividades-fim da empresa. Cabe recurso. Em nota, a TIM disse que "tomará as medidas cabíveis".

Fonte: Folha de São Paulo - 23/04/2008