terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Acordo de Copenhague recebe confirmações no prazo, mas com metas fracas

Fonte:da Reuters, em Oslo

Os países responsáveis pela maioria das emissões mundiais de gases de efeito estufa reafirmaram suas promessas para o combate às mudanças climáticas ao cumprirem o prazo, neste domingo (31), para a adesão ao "Acordo de Copenhague" de dezembro.

Especialistas afirmam que as metas de reduções de emissões prometidas para até 2020 são muito pequenas até agora para atingirem o objetivo fundamental do acordo, de limitar o aquecimento global a menos de 2 ºC.

O Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU planeja publicar uma lista de pedidos nesta segunda-feira (1º). A medida pode exercer pressão sobre todas os países para manterem suas promessas.

Todas as nações que representam ao menos dois terços das emissões --lideradas pela China, os Estados Unidos e a União Europeia-- se comprometeram.

Emissores menores, das Filipinas ao Mali, também enviaram promessas ou pediram para se associar ao acordo. O Secretariado afirmou que o prazo de 31 de janeiro pode ser estendido.

Inadequadas

"A maioria [das promessas] dos países industrializados estão na categoria 'inadequada'", disse Niklas Hoehne, diretor de política energética e climática da consultoria Ecofys, que avalia o quanto compromissos nacionais vão ajudar no combate às mudanças climáticas.

"A dos Estados Unidos não é suficiente, a da União Europeia não é suficiente. Os principais países desenvolvidos ainda estão muito aquém do esperado, exceto o Japão e a Noruega", disse ele.

Alguns países em desenvolvimento, como Brasil e México, estão fazendo um esforço relativamente maior, segundo o especialista.

As promessas não têm linha de base comum. A União Europeia promete cortar 20% das emissões até 2020, em relação a 1990. Os EUA acenam com corte de 17%, em relação a 2005.

O Brasil planeja cortar até 39% do volume que seria estimado para 2020, e a China propõe cortar 45% das emissões em relação ao crescimento do PIB.

Produção industrial recua 7,4% em 2009 e tem pior resultado desde 1990

Fonte:CIRILO JUNIOR, da Folha Online, no Rio

Ainda em recuperação após a crise econômica, a indústria brasileira não teve fôlego suficiente para evitar o pior resultado desde 1990 (-8,9%). No ano passado, registrou queda de 7,4% em sua produção, na comparação com 2008, quando havia subido 3,1%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em dezembro, a indústria teve retração na produção pelo segundo mês consecutivo. A queda chegou a 0,3% em relação ao mês anterior. No mês anterior, havia sido verificada queda de 0,8%, segundo dados revisados.

Na comparação com dezembro de 2008, foi constatado incremento de 18,9% na produção da indústria. Deve-se levar em conta que a indústria teve, no final de 2008, um dos piores desempenhos da história por conta dos efeitos da crise.

No quarto trimestre, a produção industrial registrou avanço de 5,8% em relação ao mesmo período de 2008, o resultado interrompe sequência de quatro trimestres de taxas negativas nesta comparação.

A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve aumento de produção em 18 dos 27 ramos pesquisados em dezembro, na comparação com o mês anterior. O principal destaque ficou por conta da indústria de produtos de metal, com alta de 11,3%.

Por outro lado, os principais resultados negativos foram constatados na produção de material eletrônico, equipamentos de comunicação, com recuo de 12,2%.

Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis tiveram queda de 4,9% frente a novembro, mas em relação a dezembro de 2008, houve alta de 72,1%.

A produção de bens intermediários cresceu 1% frente a novembro e subiu 21% em relação a dezembro do ano passado.

Já a produção de bens de capital teve elevação de 0,3% frente a novembro e apresentou alta de 23% ante dezembro do ano anterior.

Por fim, a produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 0,4% na comparação com novembro. Em relação a igual período em 2008 houve registro de elevação de 6%.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ministros do Trabalho do G-20 debaterão a criação de empregos decentes

Fonte:Assessoria de Imprensa do MTE
Encontro será realizado em Washington (EUA), em abril próximo. Debates têm como temas a geração de empregos, a proteção social dos trabalhadores e a preparação da força de trabalho para a economia pós-crise


Brasília, 29/01/2010 - Representantes da área Internacional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) participaram esta semana de encontro preparatório para a reunião de Ministros do Trabalho do G-20, que será realizada em Washington (EUA), no dias 20 e 21 de abril deste ano.

Na Cúpula do G-20 de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), realizada em setembro do ano passado em resposta à crise econômica e financeira internacional, os chefes de Estado acordaram que o presidente Obama deveria solicitar a secretária do Trabalho Americana, Hilda Solis, uma reunião de ministros do Trabalho e Emprego.

Segundo declaração dos líderes à ocasião, "não podemos descansar até que a economia mundial recupere a saúde e as famílias trabalhadoras em todo o mundo possam encontrar empregos decentes". O grupo convocou a reunião de Ministros do Trabalho e Emprego visando "garantir o foco continuado em matéria de emprego".

Ficou acordado, durante a reunião preparatória, que haverá três sessões plenárias durante a reunião de abril: os ministros farão apresentações, intercâmbio de experiências e debates sobre os temas de "Criação de Emprego, Preservação de Emprego e Proteção Social"; "Promovendo a Qualidade dos Empregos após a Crise" e; "Preparando a Força de Trabalho para a Economia do Pós-Crise", respectivamente.

Ao final da reunião, os ministros aprovarão uma lista de recomendações visando a implementação dos compromissos expressos na Declaração de Pittsburgh. A lista de recomendações será encaminhada aos chefes de Estados e de Governos do G-20 que se reunirão no Canadá em julho de 2010.

Mercado espera mais inflação e PIB maior em 2010, diz pesquisa do BC

Fonte:LORENNA RODRIGUES, da Folha Online, em Brasília.
Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a estimativa de inflação deste ano para 4,62%. De acordo com a pesquisa Focus, feita na semana passada e divulgada nesta segunda-feira, é a segunda vez consecutiva que a previsão é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), encerre o ano acima da meta estabelecida pelo governo para o ano que é de 4,5%.

Na semana passada, a previsão era que a inflação ficasse em 4,6%. Até a semana anterior, o mercado vinha prevendo que a inflação terminasse o ano exatamente na meta. Para 2011, a estimativa é de IPCA em 4,5%.

O mercado aumentou também sua estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2010 de 5,3% para 5,35%. Para o ano que vem, a estimativa é de crescimento de 4,5%.

Os economistas mantiveram suas previsões para a taxa básica de juros (Selic) para 11,25% no fim do ano. A taxa está atualmente em 8,75% - na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC manteve a taxa nesse patamar pela quarta reunião seguida. Os analistas consultados acreditam que os juros subirão a partir de abril, ou seja, que o Copom manterá essa mesma taxa em mais uma reunião em março.

Mais inflação

O mercado também elevou as estimativas para outros índices de inflação. A previsão do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) para 2010 passou para 4,6%, contra 4,55%, na terceira semana de alta. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), subiu para 4,8%, contra previsão de 4,59% da semana anterior.

Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis. A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi mantida em 4,5%.

Para o ano que vem, a projeção para os três índices é de 4,5%.

O mercado subiu ainda a previsão para o dólar no fim deste ano para R$ 1,76 contra R$ 1,75. Em 2011, a estimativa é que encerre o ano em R$ 1,85. A previsão para o superavit da balança comercial foi mantida em US$ 10 bilhões e para o deficit nas transações correntes subiu para US$ 49,3 bilhões (contra US$ 47,5 bilhões).

A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 38 bilhões. A projeção para a relação dívida/PIB caiu para 42%, contra 42,3% na semana anterior.

UE confirma compromisso com ONU para reduzir emissões de CO2

Fonte:da Efe, em Bruxelas
Os países da União Europeia (UE) confirmaram nesta quarta-feira (27) seu compromisso de redução de dióxido de carbono (CO2) que, previsivelmente, será adotado formalmente na quinta para ser comunicado às Nações Unidas.

A decisão de hoje, que confirma o acordo político alcançado pela UE antes da cúpula em Copenhague, implica que ela se compromete a reduzir, até 2020, 20% de suas emissões de CO2 em comparação com as de 1990, e chegar até 30%, se outros países fizerem um esforço similar.

A ministra do Meio Ambiente espanhola, Elena Espinosa, cujo país está na Presidência da UE, anunciou diante da Comissão do Meio Ambiente do Parlamento Europeu que, após aprovado formalmente, amanhã enviará uma carta à ONU para confirmar que a União se associa à Declaração de Copenhague.

Fontes do Conselho da União Europeia confirmaram à Agência Efe que os embaixadores adjuntos dos 27 países-membros da UE alcançaram nesta manhã este pacto político, sobre o qual será consultado hoje com as capitais dos países-membros.

Se nenhum expressar recusa ao acordo, este será adotado formalmente amanhã, às 12h de Brasília.

A UE manifestou várias vezes seu empenho em manter sua promessa de reduzir 20% de suas emissões até 2020 e de chegar a 30% com condições.

No entanto, o acordo teve que esperar, porque alguns Estados-membros, como a Polônia e a Itália, mostraram-se na semana passada partidários de aguardar pelo menos até a conclusão da reunião em Nova Déli, no domingo, na qual Brasil, Índia, China e África do Sul manifestaram sua determinação de combater o aquecimento global.

A UE cumpre, assim, a data limite de 31 de janeiro que as principais nações tinham definido para apoiar o acordo de Copenhague e comunicar à ONU seu compromisso com a redução das emissões.