quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Brasil e China firmam acordo para monitorar mudanças climáticas

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) assinou anteontem em Pequim quatro acordos de cooperação com a China, visando melhorar o acompanhamento das mudanças climáticas.

Três acordos foram assinados com diferentes institutos da prestigiada Academia Chinesa de Ciências: o Centro para Ciência Espacial e Pesquisa Aplicada, o Instituto de Aplicações do Sensoreamento Remoto e o
Centro para a Observação da Terra e Terra Digital.

O quarto memorando foi firmado com Administração Meteorológica da China.

"É a primeira vez que há uma cooperação científica nesse nível com a Academia Chinesa de Ciências", disse o diretor do Inpe, Gilberto Câmara. Segundo ele, serão identificados projetos em ambos os lados com potencial de cooperação, que será feita principalmente por meio do intercâmbio de alunos e pesquisadores.

O primeiro encontro entre chineses e brasileiros dentro do novo marco será daqui a duas semanas, no Canadá, dentro do projeto para monitoramento do processo de desertificação nos três países e na Austrália.

Câmara afirma que os acordos com a China melhorarão o acompanhamento brasileiro das mudanças climáticas.

Queremos ampliar e conhecer o que acontece aqui na área de água, desertificação, regiões costeiras. Porque a gente terá esses problemas no Brasil, infelizmente, e estamos nos preparando cientificamente para ampliar conhecimentos na área trabalhando com a China", disse o diretor do Inpe, em entrevista por telefone.

Há 22 anos, o Inpe mantém um programa com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, que já resultou no lançamento de três satélites --outros dois estão em construção.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Trabalho infantil ainda atinge 1 milhão de crianças no Brasil

O trabalho infantil segue em queda no país, mas ainda há 908 mil crianças de 5 a 13 anos empregadas no país. A legislação brasileira permite a contratação apenas a partir dos 14 anos.


Em relação a 2008, houve queda de 8,5% no número de trabalhadores dessa faixa etária --eram 993 mil. A maior parte dessa população estava ocupada em pequenos empreendimentos familiares, especialmente em atividades agrícolas, onde estavam 57,5% do total observado.

Dos 908 mil trabalhadores infantis, 70,8% não tinham remuneração previamente acertada --trabalhavam para o próprio consumo, na construção para próprio uso ou não tem qualquer remuneração.


Ao todo, foram identificados 4,3 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade. Na comparação com 2008, houve retração de 4,5% no contingente de empregados menores de idade.

Se comparado a 2004, o recuo chega a 20%. Há cinco anos, havia 5,3 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos.

Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na faixa de 5 a 9 anos, havia 123 mil crianças trabalhando em 2009; 785 mil tinham de 10 a 13 anos. Há ainda outros 3,3 milhões trabalhadores entre 14 a 17 anos.

Emprego com carteira assinada bate recorde e atinge 60%, estima IBGE

Apesar da variação recorde no volume de desempregados em 2009, o emprego com carteira assinada segue em alta no país, segundo informações da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


No ano passado, 483 mil trabalhadores foram formalizados, o que significou alta de 1,5% em relação a 2008. Ao todo, 32,4 milhões de empregados tinham carteira assinada em 2009, 59,6% do total, excluídos os trabalhadores domésticos. O número é recorde.

Outros 28,2% não tinham carteira assinada, e 12,2% eram militares e funcionários públicos.
Se comparado a 2004, o contingente de pessoas empregadas com carteira cresceu 26,6%. No mesmo período, o total de trabalhadores aumentou 16,7%.


A Pnad mostra ainda que 53,5% dos trabalhadores contribuíam para a previdência em 2009. Cinco anos antes, essa proporção era de 46,4%.

O IBGE identificou 7,2 milhões de trabalhadores domésticos no ano passado, acréscimo de 9% frente a 2008. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores da categoria, com carteira assinada, apresentou expansão de 12,4%, ou 221 mil empregados a mais.

De 2004 a 2009, houve aumento de 11,9% no contingente de trabalhadores domésticos. Em igual período, avançou 20% o total de empregados domésticos com carteira.

Fonte: Folha de São Paulo

Custo da cesta básica cai em 16 de 17 capitais pesquisadas, revela Dieese

O custo da cesta básica ficou menor em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em agosto. Somente em Porto Alegre foi registrado aumento dos preços (1,36%).


As maiores quedas foram verificadas nas capitais Natal (-6,4%), Recife (-6,3%), Salvador (-5%) e João Pessoa (-4,1%).

Considerando o período de oito meses, a cesta básica ficou mais barata em quatro capitais (Rio, Belo Horizonte, Vitória e Brasília). E somente em cinco o ajuste ficou maior que 5%: João Pessoa, Salvador, Recife, Natal e Goiânia.

A capital gaúcha detém a cesta mais cara do país (R$ 240,91), enquanto Aracaju, a mais barata (R$ 174,96).

O Dieese também atualizou o seu cálculo sobre qual o salário-mínimo ideal, levando em conta o custo da cesta e das necessidades básicas de higiene e moradia para uma família. Segundo a instituição, o valor deveria ser de R$ 2.023,89, ou quase quatro vezes o salário mínimo atual.

Fonte: Folha de São Paulo