quinta-feira, 1 de maio de 2008

O que temos para comemorar?

Fonte: Folha de São Paulo

RICARDO ANTUNES

Vivemos uma explosão de denúncias sobre o aviltamento do trabalho. O espetáculo se esparrama por todas as partes

VIVEMOS uma explosão de denúncias sobre o aviltamento do trabalho. A cada dia vemos mais exemplos de trabalho escravo no campo, nos rincões do latifúndio. No agronegócio do açúcar, cortar mais de dez toneladas de cana por dia é a média por baixo, "low profile".
No final do ano passado, esta Folha descreveu a degradação do trabalho imigrante, especialmente boliviano, nas empresas de confecção em São Paulo. Jornadas de até 17 horas diárias em troca de casa e comida. Trabalho imigrante no limite da condição degradante.
Mas o espetáculo é multifacético e se esparrama por todas as partes: "chicanos" nos EUA, decasséguis no Japão, "gastarbeiters" na Alemanha, "lavoro nero" na Itália, "brasiguaios" no Paraguai -a lista não tem fim.
Sem falar nos desempregados do Leste Europeu que invadem o "pequeno canto do mundo" ocidental em busca dos restos do labor.
Se nos inícios do século 20 os povos do Norte migraram em massa para o Sul, encontrando acolhida, agora presenciamos o exato inverso, pois o fluxo migracional mudou de direção. Os deserdados do Sul tentam furar os bloqueios do Norte, cujo exemplo mais abjeto é o muro da vergonha que separa os EUA do México.
Ou, mais sutil, mas também cruel, a barreira das polícias alfandegárias nos aeroportos do chamado "mundo civilizado", obstando a entrada dos "bárbaros" do fim do mundo. O exemplo da Espanha contra brasileiros é a mais recente expressão fenomênica do problema e fala por si só.
Mas há uma autêntica conquista da chamada globalização: enquanto os capitais migram com velocidade mais ágil que a dos foguetes, o trabalho deve mover-se no passo das tartarugas.
Capitais transnacionais livres e trabalhadores nacionais cativos. Num mundo cada vez mais maquinal, informacional e digital, presenciamos também a explosão do "cybertariado" (Ursula Huws), trabalhador qualificado da era da cibernética que vivencia as condições do velho proletariado. A informalização, dada pela perda de liames contratuais de trabalho, vem aumentando em escala global, num contexto de ampliação de todas as formas de terceirização, gerando as mais distintas modalidades de trabalho precário, que se desenvolvem com a chamada polivalência da era flexível.
No Japão, jovens operários migram em busca de trabalho nas cidades e dormem em cápsulas de vidro, do tamanho de um caixão. São os operários encapsulados. Do outro lado do mundo, na nossa América Latina, encontramos trabalhadoras domésticas (mulheres e crianças) que atingem a jornada semanal de 90 horas de trabalho, com um dia de folga ao mês (Mike Davis), numa era em que poderíamos trabalhar dez vezes menos, se a lógica predominante não fosse tão destrutiva para a humanidade que depende de seu trabalho para sobreviver.
São essas algumas cenas do trabalho hoje. E ninguém poderá buscar um emprego, atualmente, se não demonstrar que realiza "trabalhos voluntários". É curioso: para conseguir emprego, são "obrigados" a realizar trabalhos "voluntários".
E isso sem falar na explosão do estagiário, candidato fresquinho a roubar um trabalho efetivo com remuneração de escravo. Ou nas tantas manifestações de desigualdade de gênero, em que as mulheres trabalham mais, com menos direitos e reduzida remuneração. Sem falar das diferenciações étnicas e raciais.
Quero terminar indicando só mais um exemplo de trabalho degradado: a crescente inclusão de crianças no mercado de trabalho global, nos países latino-americanos, asiáticos, africanos, bem como nos países centrais, como EUA, Inglaterra, Itália, Japão, sem falar na China, Índia etc.
Não importa que o trabalho adulto se torne supérfluo e que muitos milhões de homens e mulheres em idade de trabalho vivenciem o desemprego estrutural. Mas os meninos e meninas devem, desde muito cedo, fazer parte do ciclo produtivo: seu corpo brincante transfigura-se muito precocemente em corpo produtivo para o capital (Maurício da Silva).
Na produção de sisal, na indústria de calçados e confecções, no cultivo de algodão e cana, nas pedreiras, carvoarias e olarias, no trabalho doméstico, são inúmeros os espaços em que o trabalho infantil valoriza o capital.
Na indústria de tapeçaria da Índia, lembra Mike Davis, as crianças trabalham de cócoras em jornadas que chegam a 20 horas por dia. E na indústria do vidro, trabalham ao lado dos tanques com temperatura próxima de 1.800 graus centígrados ("The State of the World's Children - 1997", Unicef). Seriam, então, esses exemplos excrescências dentro de uma ordem societal preservadora do trabalho?

RICARDO LUIZ COLTRO ANTUNES, 54, é professor titular de sociologia do trabalho do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor, entre outros livros, de "Os Sentidos do Trabalho".

Dia do Trabalho: uma história de lutas

Fonte: Folha de São Paulo

CARLOS LUPI

O Primeiro de Maio é lembrado sempre como dia de comemoração das novas conquistas dos trabalhadores brasileiros

HÁ EXATAMENTE 122 anos, em Chicago, trabalhadores organizavam manifestações em favor da redução da jornada de trabalho para oito horas. Os protestos ganharam enorme dimensão e, dias depois, terminou em tragédia: em conflito com a polícia, 12 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas. Em conseqüência, oito líderes trabalhistas norte-americanos foram presos, julgados sumariamente e enforcados.
Em 1º de maio de 1891, uma manifestação no Norte da França é dispersa agressivamente pela polícia, resultando na morte de dez participantes. Movida por esse novo drama, a Internacional Socialista proclama o 1º de Maio como Dia Internacional de Reivindicação de Condições Laborais.
Comemorado no Brasil desde 1895 e declarado feriado nacional em setembro de 1925, por decreto do presidente Artur Bernardes, o 1º de Maio é lembrado sempre como dia de comemoração das novas conquistas dos trabalhadores brasileiros e de uma grande reflexão sobre o que isso representa para a sociedade.
Neste 1º de Maio não poderia ser diferente. O país vive momento ímpar de sua história na geração de empregos formais. Só no primeiro trimestre de 2008, 550 mil novas vagas com carteira assinada foram criadas. Isso ultrapassa em 39% o mesmo período de 2007 -quando o país bateu o recorde histórico da geração de empregos, com 1,6 milhão de novos postos.
Além disso, números do IBGE mostram que, nas principais cidades brasileiras, o índice de desemprego está em média em 8,4% -patamar inédito. Os índices demonstram que nossa economia vai pelo caminho certo, com uma política econômica acertada do governo Lula, aumentando o salário mínimo nos últimos cinco anos mais de 30% acima da inflação.
Mas ainda temos muito trabalho pela frente. Temos que preparar nossos trabalhadores para essa nova realidade do mercado de trabalho.
E essa tarefa passa diretamente pela qualificação profissional. Números do Sistema Nacional de Emprego (Sine), do Ministério do Trabalho e Emprego, detectaram que 50% do 1,9 milhão de vagas oferecidas em 2007 pelo sistema não foram preenchidas, em grande parte, por falta de capacitação dos trabalhadores.
A nova realidade do mercado de trabalho fez com que o presidente Lula, atendendo a nossa solicitação, aumentasse o orçamento voltado à qualificação. Ano passado, foram cerca de R$ 200 milhões; em 2008, o orçamento disponível chega a quase R$ 1 bilhão, com uma perspectiva de qualificar mais de 700 mil trabalhadores, principalmente nossos jovens que ingressam no mercado de trabalho.
Outro avanço registrado pelos trabalhadores é a diminuição da informalidade. O IBGE mostrou que a informalidade no Brasil está em queda há pelo menos quatro anos consecutivos. Com expansão de 6% do mercado formal e o crescimento de 5% do PIB, significa dizer que, para cada ponto percentual de crescimento do PIB, cresce a formalidade em 1,2%.
Com o investimento maciço na qualificação profissional, reduziremos em muito a informalidade, já que os trabalhadores estarão mais preparados para essa nova realidade do mercado profissional, que se expande em várias frentes.
Em coerência com todas essas iniciativas, estamos lutando tenazmente contra a prática do trabalho análogo ao escravo. O Grupo Móvel de Fiscalização, formado por auditores fiscais do trabalho, em parceira com a Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho, entre outros órgãos, realiza um trabalho que serve de exemplo para o mundo, segundo afirma a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Só no ano passado foram libertadas 5.877 pessoas que trabalhavam em condições degradantes.
Um mercado de trabalho dinâmico como o brasileiro requer, também, o aperfeiçoamento de suas leis trabalhistas, sempre pensando no avanço, sem retirar os direitos consagrados dos trabalhadores. Nesse campo já evoluímos muito, desde a ascensão de Getúlio Vargas, que legalizou os sindicatos, criou a carteira de trabalho, regulamentou a jornada de oito horas, concedeu férias remuneradas, estabeleceu o salário mínimo e aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho.
Portanto, hoje, mais do que nunca, é um dia de agradecimento aos trabalhadores brasileiros, que, com seu suor, sua alegria e sua alma, ajudam a construir o Brasil que todos nós queremos, mais igualitário, fraterno e justo.

CARLOS LUPI, 51, administrador de empresas, é o ministro do Trabalho e Emprego e presidente nacional (licenciado) do PDT. Foi secretário estadual de Governo do Rio de Janeiro (gestão Garotinho).

domingo, 27 de abril de 2008

Entrevista Ricardo Antunes e Fernando Teixeira da Silva - Espetacularização do 1° de Maio

Fonte: Folha de São Paulo
ENTREVISTAS RICARDO ANTUNES E FERNANDO TEIXEIRA DA SILVA

Para historiador e sociólogo, trabalhador deixou de ser ator e se tornou mero espectador

Espetacularização é evidente no 1º de Maio

Na física, o trabalho é calculado multiplicando-se a força aplicada pelo deslocamento obtido. Nas ciências humanas -como sociologia, história e antropologia-, o conceito envolve muitas outras variáveis.
Globalização, movimento sindical, terceirização da mão-de-obra, instrução, desemprego e salário mínimo são apenas algumas das questões que dizem respeito ao trabalhador, classe lembrada nesta semana no 1º de Maio, o Dia do Trabalho.
Para discuti-las, a Folha entrevistou Ricardo Antunes, professor de sociologia do trabalho, e Fernando Teixeira da Silva, pesquisador em história social do trabalho -ambos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

FOLHA - Comparando o Dia do Trabalho hoje e quando foi implantado oficialmente, em 1924, o que há de novo?
RICARDO ANTUNES - A partir da década de 1990, as centrais começaram a converter o 1º de Maio em um dia de comemorações, e não de luta. Passou a ser mais uma disputa entre a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical.
FERNANDO TEIXEIRA DA SILVA - Assim como no passado, hoje o Dia do Trabalho continua tendo significados diversos. De maneira geral, pode-se observar a transformação cada vez mais nítida da data em espetáculo. É agora uma data oficial do governo e os trabalhadores acabam sendo mais espectadores que propriamente atores.

FOLHA - O movimento sindical está enfraquecido?
ANTUNES - A classe trabalhadora foi terceirizada e o desemprego foi muito acentuado. O próprio neoliberalismo tem embutido dentro dele o princípio de demolir o sindicato combativo. Há uma política anti-sindical por parte do Estado em relação aos sindicatos mais críticos. Ao mesmo tempo, existe uma política de cooptação de alguns sindicatos, que aceitam a nova condição de se tornarem servos do Estado.
TEIXEIRA DA SILVA - Ao longo dos anos 1990, os sindicatos foram enfraquecidos em todo o mundo. Hoje, têm de enfrentar os desafios típicos da globalização. É cada vez mais difícil pensar em atuação dessas entidades somente em fronteiras nacionais, sem levar em consideração que há uma série de direitos desrespeitados que ultrapassam barreiras locais.

FOLHA - Como a terceirização afeta o trabalhador?
ANTUNES - A terceirização fragmenta, divide e diferencia os trabalhadores. São ganhos econômicos e políticos para o empresário, nenhum deles positivo para o trabalhador.
TEIXEIRA DA SILVA - Terceirização é um eufemismo para flexibilização, eliminação de direitos. Você cria uma parafernália de novas práticas de contratação sob um argumento totalmente falso de que haverá aumento no número de vagas.
O resultado é a diminuição de salários e de direitos. É uma forma de pulverizar as relações de trabalho e golpear os sindicatos, já que boa parte dos terceirizados não faz parte das organizações de classe.

FOLHA - A instrução dos trabalhadores vem aumentando?
ANTUNES - Sim. O mercado de trabalho é uma selva e, se você tem qualificação, a sua chance de conseguir emprego é um pouco maior. Mas às vezes se trata de uma qualificação tecnicamente desnecessária -um banco, por exemplo, poderia contratar trabalhadores do ensino médio que supririam as necessidades de algumas funções. No entanto, pedem engenheiros, economistas ou sociólogos. Por quê? Como há excesso de trabalhadores, é possível elevar a exigência, mesmo pagando menos.
TEIXEIRA DA SILVA - O trabalhador hoje não é mais aquele operário vestindo macacão. Há mais preocupação com instrução, mas, ao mesmo tempo, é preciso levar em consideração que há especializações que se tornam obsoletas rapidamente. Assim, o estudo formal acaba se tornando obsoleto.

FOLHA - O que o trabalhador tem para comemorar no próximo 1º de Maio?
ANTUNES - Tem pouco. O admirável mundo do trabalho hoje mais se parece com o abominável mundo do trabalho. Não é preciso celebrar nada, mas pensar, diante desse cenário adverso, quais são os caminhos para lutar pelos seus direitos.
TEIXEIRA DA SILVA - O Dia do Trabalho é um bom momento para revitalizar a memória do trabalhador. É preciso olhar para trás, refletir sobre o passado para pensar o presente.
Mas são só os trabalhadores que precisam decidir o que devem comemorar ou não. Não cabe mais aos intelectuais a definição do que deveria ou não ter sido feito. Não precisam de ninguém para dizer o que deveriam ou não comemorar.

"Pegadas de carbono" obcecam Reino Unido

Fonte: Folha de São Paulo

Medida permite saber quanto CO2 é usado na produção de mercadorias; onda leva até a enterros ecológicos em caixões de bambu

Consumo também é levado em consideração na hora de os britânicos, cada vez mais preocupados com o meio ambiente, fazerem compras



RAFAEL CARIELLO
DE LONDRES

A sala de velório do cemitério Herongate, em Brentwood, meia hora de trem a leste de Londres, é simples: duas velas enfeitam uma mesa logo na entrada, 45 cadeiras de madeira clara oferecem algum conforto para os familiares, e a escassa luz de um típico dia chuvoso pode entrar no ambiente por janelões de vidro. Mas o que realmente a distingue é o caixão, para onde tudo converge.
Feito de um material que parece uma palha entrelaçada, guarda um corpo que não foi embalsamado, enrolado apenas numa manta de algodão grosso. Com esse arranjo, pelo fato de o conjunto ser supostamente mais biodegradável que caixões convencionais, o defunto e a família tornam públicas preocupações ecológicas.
Há uma relação entre essa cerimônia e a garçonete que, quilômetros a oeste dali, serve água com gás a um dos clientes do restaurante "Acorn House", na capital do Reino Unido. Quase nada no cardápio do estabelecimento viajou muito até chegar à mesa do freguês, de modo que menos combustível foi queimado, e menos dióxido de carbono, lançado na atmosfera. A água é inglesa, "sparkling Belu", e traz no rótulo a mensagem: "Todos os lucros são revertidos para projetos de preservação de água natural".
São sinais da preocupação ambiental que virou uma obsessão e um negócio cada vez mais lucrativo para os britânicos. Diferentemente de outros pecados intangíveis, as atitudes ecologicamente incorretas podem ser agora medidas mais exatamente, pesadas. Um índice chamado "pegada de carbono" permite quantificar a contribuição de governos, empresas e pessoas para o efeito estufa e o aquecimento global.
O próprio governo criou no ano passado um medidor oficial do volume de gás carbônico lançado na atmosfera. A tal pegada contabiliza o quanto de CO2 é liberado de forma direta ou indireta na produção, no transporte e na comercialização de um produto ou serviço.

Matemática
Para calcular a pegada de carbono de uma dúzia de maçãs embaladas industrialmente, por exemplo, é preciso saber quanto combustível é consumido em aviões que lançam agrotóxicos nos pomares, no transporte do local de plantio até o supermercado e na fabricação e transporte do saco plástico que as embala, entre outras formas pelas quais o produto contribui para o efeito estufa.
No caso do caixão "ecológico", fabricado pela empresa Ecoffins, a pegada de carbono é de aproximadamente meio quilo por unidade, contabilizado o gasto com combustível no transporte desde a China, onde a peça é fabricada, e o número de esquifes que viaja por vez.
A propósito, cresce o número de britânicos que escolhem uma forma ecologicamente correta para seus funerais. Segundo o Natural Death Centre, organização que orienta o público para a compra de caixões biodegradáveis (feitos de bambu ou cartolina grossa) e a contratação dos serviços de cemitérios ecológicos (sem lápides de pedra ou metal), 12,6 mil pessoas foram enterradas num desses locais no ano passado, bem mais que as 4.800 de 2003.
Cada britânico lança em média cerca de dez toneladas de dióxido de carbono na atmosfera a cada ano, segundo dados da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. É metade da média americana e bem mais do que a quantidade de CO2 produzida por um brasileiro no mesmo período, 1,8 tonelada.
Se o consumidor sabe especificamente quanto contribui em cada compra, ao viajar ou ligar o aquecedor, ele pode se planejar e controlar a sua emissão pessoal de gás carbônico.

Ecologia de massa
É tendo em vista isso que a rede de supermercados Tesco, a maior do Reino Unido, promete fazer uma "revolução em consumo ecológico" a partir do mês que vem, quando passará a registrar a pegada de carbono na embalagem de cada um de seus produtos. Terry Leahy, presidente do grupo, disse que isso significará levar o "movimento verde" ao mercado de consumo massificado.
Dar ao consumidor a possibilidade de comparar as "pegadas" poluidoras deste e daquele iogurte faz sentido, do ponto de vista mercadológico, quando se conhecem os números da preocupação crescente dos britânicos com o meio ambiente.
Pesquisa feita no ano passado pelo departamento de assuntos ambientais, rurais e alimentares mostra que os britânicos apontam como quarto principal problema o meio ambiente (19% das pessoas o incluíram entre as prioridades), só atrás de crime (49%), saúde (47%) e educação (36%).
Em 2007, 58% dos britânicos diziam estar reduzindo o consumo de gás e eletricidade em casa para ajudar a diminuir o impacto no efeito estufa, contra 40% em 2001. A proporção dos que diziam estar diminuindo o consumo de água era de 52%, contra 29% em 2001.