quarta-feira, 16 de abril de 2008

Risco de sofrer de câncer de mama é maior em mulheres acima do peso

Fonte: Ter, 15 Abr, 02h25

Berlim, 15 abr (EFE).- O risco de ter câncer de mama é até três vezes maior em mulheres que estão acima do peso devido ao excesso de produção de estrogênio no tecido adiposo, de acordo com o oncologista e chefe médico da clínica ginecológica Helios de Berlim, Michael Untch.

A declaração foi feita por Untch à imprensa durante a Conferência Européia sobre o Câncer de Mama que reúne até quinta-feira, em Berlim, cerca de cinco mil especialistas.

O médico especialista explicou que no tecido adiposo acumulado na região abdominal são geradas substâncias precursoras ao estrogênio que aumentam o risco de formação de um tumor no seio.

Untch afirmou que passear regularmente mais de quatro horas por semana poderia reduzir este risco e acrescentou que a prática de exercícios físicos diários após um tratamento contra o câncer de mama diminui claramente os efeitos posteriores ao tratamento.

Acrescentou que alguns estudos demonstraram que, graças ao exercício, muitos pacientes conseguiram evitar novos ciclos de quimioterapia ou tratamentos com hormônios, assim como possíveis intervenções.

O oncologista ressaltou, além disso, que a lactação protege contra o câncer de mama.

O tumor no seio é o mais freqüente na Alemanha, onde todo ano são diagnosticados 57 mil novos casos e se registram 17.600 mortes por esta doença.

Untch insistiu na necessidade de que as mulheres se submetam regularmente a uma mamografia e lembrou que, até agora, só a metade das alemãs se cadastraram no plano financiado pelo Ministério da Saúde alemão, que contempla este tipo de exames para as mulheres de entre 50 e 69 anos.

"Os médicos de família e ginecologistas deveriam insistir muito mais na necessidade de as pacientes se submeterem aos exames preventivos", destacou.

O médico observou que foi possível constatar uma significativa redução na morte por câncer de mama em países onde as mamografias já são realizadas há vários anos. EFE ira/fb

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