segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mercado espera mais inflação e PIB maior em 2010, diz pesquisa do BC

Fonte:LORENNA RODRIGUES, da Folha Online, em Brasília.
Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a estimativa de inflação deste ano para 4,62%. De acordo com a pesquisa Focus, feita na semana passada e divulgada nesta segunda-feira, é a segunda vez consecutiva que a previsão é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), encerre o ano acima da meta estabelecida pelo governo para o ano que é de 4,5%.

Na semana passada, a previsão era que a inflação ficasse em 4,6%. Até a semana anterior, o mercado vinha prevendo que a inflação terminasse o ano exatamente na meta. Para 2011, a estimativa é de IPCA em 4,5%.

O mercado aumentou também sua estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2010 de 5,3% para 5,35%. Para o ano que vem, a estimativa é de crescimento de 4,5%.

Os economistas mantiveram suas previsões para a taxa básica de juros (Selic) para 11,25% no fim do ano. A taxa está atualmente em 8,75% - na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC manteve a taxa nesse patamar pela quarta reunião seguida. Os analistas consultados acreditam que os juros subirão a partir de abril, ou seja, que o Copom manterá essa mesma taxa em mais uma reunião em março.

Mais inflação

O mercado também elevou as estimativas para outros índices de inflação. A previsão do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) para 2010 passou para 4,6%, contra 4,55%, na terceira semana de alta. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), subiu para 4,8%, contra previsão de 4,59% da semana anterior.

Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis. A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi mantida em 4,5%.

Para o ano que vem, a projeção para os três índices é de 4,5%.

O mercado subiu ainda a previsão para o dólar no fim deste ano para R$ 1,76 contra R$ 1,75. Em 2011, a estimativa é que encerre o ano em R$ 1,85. A previsão para o superavit da balança comercial foi mantida em US$ 10 bilhões e para o deficit nas transações correntes subiu para US$ 49,3 bilhões (contra US$ 47,5 bilhões).

A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 38 bilhões. A projeção para a relação dívida/PIB caiu para 42%, contra 42,3% na semana anterior.

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