segunda-feira, 16 de novembro de 2009

País supera a marca de 1 milhão de empregos criados em 2009

Fonte: Robson Bonin
Do G1, em Brasília

Em outubro, Brasil criou 230.956 mil postos de trabalho.
Número de vagas geradas é positivo pelo nono mês.

O Brasil gerou 230.956 mil novos empregos formais em outubro, e ultrapassou a marca de 1 milhão de postos de trabalho criados em 2009, informou nesta segunda-feira (16) o Ministério do Trabalho. Com o resultado deste mês, o saldo acumulado de novos empregos já totaliza 1.163.607. O resultado de outubro foi fruto da diferença entre 1.433.915 admissões, contra 1.202.959 demissões.



No levantamento apresentado mês passado, os números referentes a setembro - 252,617 mil novos empregos - representaram um recorde no ano e o maior desde setembro de 2008 (282,841 mil).



Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi o melhor outubro da história no número de vagas criadas. A exemplo do que ocorreu em setembro, o setor da indústria de transformação, com 74.552, foi a principal responsável pelo crescimento de postos de trabalho no mês. Até agosto, o setor que mais vinha gerando emprego no Brasil este ano era o de serviços.


Após o bom desempenho de setembro e outubro, Lupi havia elevado a previsão para a geração de novos empregos formais este ano de 1 milhão, que calculava até agosto, para 1,1 milhão. Os números de outubro já fazem Lupi afirmar que novembro poderá ser outro ano histórico para a geração de postos de trabalho: "Ouso afirmar que vai ser um mês recorde. Vamos ter o melhor novembro da história."


O número atual de postos de trabalho ainda é muito inferior ao de 2008 (1,45 milhão) e ao recorde de 2007 (1,61 milhão). Lupi prevê que o mês de dezembro será negativo em cerca de 200 mil postos, o que vai segurar a média em 1,1 milhão de postos. "Vamos ter um número negativo, mas vai ser menos que nos outros anos", diz Lupi. Em outubro de 2008, a criação de empregos somou 61.401.


O Brasil já superou os cerca de 800 mil postos de trabalho formais perdidos entre novembro do ano passado e janeiro de 2009, em consequência da crise econômica global. Em setores como a indústria, a redução da produtividade levou empresas a demitir funcionários, o que se refletiu no número de empregos a partir de outubro de 2008. Em fevereiro, o país iniciou a trajetória de recuperação.

Meta para 2010

Com os números de outubro, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se mostra empolgado com o crescimento do mercado de trabalho e já prevê que em 2010 o país deva superar a marca de 2 milhões de postos de trabalho, praticamente o dobro do registrado até agora no ano.


"Temos que acabar com o complexo de ser pequeno. Por isso, planejo 2 milhões de empregos para 2010. Viveremos o melhor ano do presidente Lula e da história da geração de empregos. É só continuar acreditando no país", afirmou Lupi.


O ministro não considerou uma surpresa o fato de o país ter superado a meta de 1 milhão de postos de trabalho em outubro. Para Lupi, o bom resultado já estava previsto: "Não me surpreende esse número porque, desde março, nós tínhamos lembrando a solidez da economia e da força do mercado nacional."


Em relação ao mercado internacional, Lupi comemorou os dados lembrando que o país foi o primeiro das nações que integram o G20 a gerar mais de um milhão de postos de trabalho: "Isso mostra que o Brasil foi o único país do G20 que gerou mais de 1 milhão de empregos formais."

Setores

A geração significativa de postos de trabalho para o mês de outubro ocorreu por conta da expansão recorde em cinco dos oitos setores de atividade econômica do país. Depois da indústria de transformação, o segundo melhor desempenho foi do setor de serviços (mais 69.581 postos), com o comércio (68.516) e a construção civil (26.156) na sequência. Aexceção foi a agropecuária, que teve um número negativo (-11.569).

Regiões

As cinco regiões do país elevaram o nível de emprego, apresentando quatro saldos recordes e um segundo maior saldo para o mês. Entre os estados, 14 registraram recordes de geração de postos de trabalho e oito tiveram o segundo maior saldo para o mês.


O Sudeste, com 108.035 postos, foi a região com maior crescimento. Destaque para São Paulo (69.146), Rio de Janeiro (16.705) e Minas Gerais (15.898), todos com desempenho recorde no período.


O Nordeste teve o segundo melhor resultado, com 49.334 postos criados. O Sul veio em terceiro com 49.165 empregos formais. Norte (15.130) e Centro-Oeste (9.292) completam a lista.

Dezembro

O Ministério do Trabalho prevê uma queda na geração de empregos para o mês de dezembro, período em que há um número elevado de demissões. "Temos sempre, no mês de novembro, o começo da diminuição da geração de trabalho. O índice de trabalho em dezembro é negativo em 300 mil por conta dos contratos temporários. Mas nesse ano o número negativo vai ser menor", avalia Lupi.

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