quarta-feira, 31 de março de 2010

SMC realiza Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de Curitiba

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) realizou no último sábado, 27 de março, o Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de Curitiba. O evento foi realizado no MetalClube de Campo, em São José dos Pinhais, e contou com a presença de 60 pessoas entre cipeiros e dirigentes sindicais. Durante o encontro foram discutidas políticas de ação na área de saúde e segurança do trabalhador.

O presidente do Sindicato, Sérgio Butka, abriu o evento e agradeceu a presença de todos. Além disso, reafirmou a importância das bandeiras de luta na área da saúde e segurança do trabalhador e da conscientização das empresas e dos trabalhadores sobre o tema. “Precisamos discutir mais os problemas da saúde e segurança do trabalhado. Nós debatemos, mas precisamos aumentar a implantação de políticas na área da saúde nas grandes empresas”, afirmou.

O segundo a falar foi o presidente da CNTM e diretor licenciado do Sindicato, Clementino Vieira. Segundo ele, é preciso aumentar a atuação dos cipeiros e dos dirigentes sindicais nas fábricas para auxiliar os trabalhadores na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. “Nós temos que ter uma equipe de trabalho para orientar o trabalhador. A nossa principal preocupação é a preventiva, por isso estamos realizando esse encontro”.

Palestras

Após os discursos de abertura, o diretor de Saúde do SMC, Nuncio Mannala fez uma apresentação para mostrar as principais reivindicações da categoria metalúrgica na área de saúde e segurança do trabalho. Ele alertou para o crescente índice de trabalhadores com doenças ocupacionais. “Eu nunca vi tanta gente tentando se suicidar. O índice de trabalhadores com depressão na nossa categoria está cada vez maior. São dados preocupantes”. Segundo Mannala, esse silencioso problema ocorre muitas vezes em decorrência de uma prática excessiva de horas extras. “É preciso realizar campanhas de conscientização dos trabalhadores nesse sentido”, disse.

O professor e médico Ildeberto Muniz, especialista em acidentes de trabalho, falou sobre as causas e conseqüências de acidentes ocupacionais. Segundo o perito, é preciso descobrir as origens dos acidentes, e para isso o Sindicato e os cipeiros devem fazer as devidas “investigações”. “Os trabalhadores e os cipeiros têm que diagnosticar o que está acontecendo na sua empresa e quando houver acidentes é necessário buscar os reais motivos, pois isso pode ajudar a prevenir próximos acidentes”.

Gilberto Almazan, presidente nacional do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde dos Ambientes de Trabalho (DIESAT), também fez uma exposição sobre o assunto. Para ele, a atuação do cipeiro depende muito do seu comprometimento. “Temos que transformar os problemas de saúde do trabalhador em reivindicações e colocá-las nas pautas de discussões com as empresas”.

Fonte: Portal Mundo Sindical

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