segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Investir em capacitação pede planejamento

Fonte: Folha de São Paulo - 25/01/09

Cursos de qualificação ou formação podem ser uma alternativa para o trabalhador que perdeu o emprego ou teve seu contrato suspenso.
Empresas, federações e sindicatos, além de escolas, são pontos de partida para procurar salas de aula.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) anunciou no início do mês que irá disponibilizar 100 mil vagas de cursos gratuitos do Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para funcionários em suspensão ou redução de jornada.
Entretanto, é preciso cautela na hora de escolher o curso, diz Wilson Campos, coordenador técnico do Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho).
"Não se devem fazer vários cursos sem ter objetivos claros. Deve-se analisar onde é possível aprimorar e se essa qualificação será necessária", diz.
Natália Nobre, 22, recém-demitida do setor bancário, planeja agora iniciar uma pós-graduação. "Retomei minha rede de contatos, mas todos dizem que é momento de demissão."

Qualidades
Jorge Reis, coordenador de treinamento e seleção da Plus Advance, ressalta que mesmo o trabalhador menos qualificado tem características que podem "vender a imagem".
"Quem trabalha em linha de produção, por exemplo, tem mais concentração. Pontualidade e seriedade também devem ser valorizadas", sugere.
Ele acrescenta que, mesmo no período do seguro-desemprego, o profissional deve se atualizar. "Quando voltar, já estará há mais de quatro meses fora do mercado de trabalho."
Para valorizar o currículo, Pedro Scigliano, gerente da Gelre, diz que, se o ex-empregador é pouco conhecido, pode-se identificar o concorrente, "que também é um referencial".

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