segunda-feira, 26 de abril de 2010

Preocupações no trabalho causam hipertensão

A hipertensão arterial é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É tão importante que em 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. Segundo Rui Bocchino Macedo, especialista em Medicina do Trabalho do Exame Medicina Diagnóstica/DASA, um dos fatores causadores dessa doença é o estresse. “O estresse dentro do ambiente de trabalho pode também ocasionar o aumento da pressão arterial, principalmente em níveis de estresse muito altos, como é o caso da Síndrome de Burnout”, revela.

Macedo explica que a Síndrome de Burnout é também conhecida como Estresse Ocupacional ou Síndrome de Esgotamento Profissional. Esta doença é um distúrbio psíquico causado por esgotamento físico e mental intenso associado ao trabalho. O termo "Burnout" vem do Inglês “burn”, de queimar, e “out”, de exterior. A expressão inglesa designa algo que deixou de funcionar por exaustão de energia, como uma combustão intensa.

Segundo pesquisas feitas em 2008 pelo International Stress Management Association, associação que desenvolve pesquisas voltadas para o estresse, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são portadores da doença. Os profissionais mais vulneráveis à síndrome são aqueles extremamente exigentes e perfeccionistas, e que não medem esforços para atingir bons resultados.

O especialista revela que a síndrome causa hipertensão, depressão, irritabilidade exagerada, impaciência, falta de concentração, falhas de memória, perda de qualidade das relações pessoais, queda de produtividade profissional, sintomas físicos de estresse (cansaço e mal-estar em geral), baixa auto-estima, dentre outros. Em um primeiro momento é preciso observar fatores como falta de vontade de ir trabalhar e sintomas físicos como dores nas costas, pescoço e coluna, sem causas específicas.

Em um segundo momento, começa-se a deteriorar o relacionamento com outras pessoas. “Daí surgem doenças psicossomáticas, como alergias e picos de hipertensão. Detectados esses sintomas é bom procurar imediatamente um médico”, diz o médico do trabalho. Macedo afirma que o tratamento mais indicado é o acompanhamento psicológico contínuo. “A pessoa tem que aprender a interpretar suas emoções e seu comportamento de modo adequado, refletir sobre como lidar de uma maneira melhor com sua vida”, ensina.

Mas o especialista em Medicina do Trabalho lembra que as empresas também podem ajudar. “Criar ações para favorecer um bom clima corporativo e aliviar o estresse, propiciar condições adequadas ao desenvolvimento das atividades, investir em treinamento, ter clareza nas avaliações de desempenho e respeitar o cumprimento das férias são algumas medidas que a corporação pode incorporar”, finaliza.

Fonte: ABN

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