segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Antropólogo vê Raposa como marco político

pró-reserva

Antropólogo vê Raposa como marco político

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fonte: Folha de São Paulo

O antropólogo Paulo Santilli, 50, afirma que o entendimento do STF sobre a Raposa/Serra do Sol consagra a política indigenista desenvolvida pela Funai há décadas. Coordenador de Identificação e Delimitação do órgão, ele diz que essa linha do Supremo "vira" uma página no processo de reconhecimento dos "direitos territoriais indígenas". (LUCAS FERRAZ)

FOLHA - Mesmo com as 18 ressalvas feitas, o indicativo do STF é uma vitória para a política indigenista da Funai?
PAULO SANTILLI
- Consolida um longo processo de regularização fundiária que vem sendo desenvolvida há décadas.

FOLHA - O entendimento vira uma página da história da política indigenista?
SANTILLI
- Vira a página do processo de reconhecimento oficial dos direitos territoriais indígenas, dos povos que vivem nessa área.

FOLHA - O caso da Raposa parece ter se tornado um dos mais emblemáticos da Funai.
SANTILLI
- Se tornou emblemático, passou a simbolizar toda a política indigenista, condensou as várias ações em âmbito administrativo, judicial, político, na mídia.

FOLHA - E deixa alguma lição?
SANTILLI
- Da persistência dos índios em busca do reconhecimento. Eles se esmeraram na interlocução com o Estado e se fizeram compreendidos.

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